Hiroshi Nagai: Japão retro.
Christopher Nolan’s Next Film Is an Adaptation of Homer’s The Odyssey: Não sei se deva temer ou ficar preocupado. O texto atribuído a Homero é um pilar civilizacional, e recordo a forma como Oliver Stone o destratou na sua versão da Ilíada (já agora, malta da iO9, "Homero" é uma figura talvez mítica, apontado como autor de textos que sintetizam a vastidão da tradição oral dos muitos povos da antiga Grécia).
Las ediciones limitadas no bastan: lo último en libros para coleccionistas son las Ediciones Enriquecidas: Não sigo este fenómeno literário em si, apenas anoto a tendência, do trabalho de marketing do livro enquanto objeto decorativo.
The Darkest Movie of the Year: Confesso a minha curiosidade com esta nova versão do filme que ao plagiar mal disfarçadamente o clássico de Stoker, se tornou um dos mais marcantes filmes de terror de sempre. Pelas análises, esta revisão faz jus ao original.
I Forgot How Bad Those Final 2 Christopher Reeve Superman Films Are: É natural. Todos querem esquecer esses filmes, em particular aquele totalmente ridículo onde o super-homem mau (porque fumou umas cenas) combate o super-homem bom dentro de si próprio).
5137) "The Last Dangerous Visions" (27.12.2024): Há obras que parecem condenadas ao limbo da eterna promessa, até chegarem a ver a luz do dia. Um olhar para algumas destas obras malditas.
Atlas of video games: Saudades da estética dos jogos arcade? Mergulhem nesta coleção de mapas e cenários retirados desses jogos clássicos.
Victor Frankenstein’s Technoscientific Dream of Reason: O clássico de Mary Shelley faz a ligação entre um imaginário medievalista proto-científico e o emergente pensamento científico. Um ideário que ainda hoje subsiste, na forma como olhamos para a Ciência.
Classic Historical Fiction Set in Ancient Rome: Confesso, a imagem visual que tenho dos romanos formou-se a ler Quo Vadis, o romance clássico de Henri Sienkiewicz. A abordagem literária ao passado tem esse condão, o de dar vida e cor aos vestígios históricos.
The science behind Mary Shelley’s Frankenstein: É por isto que o romance de Shelley é considerado o primeiro verdadeiro romance de ficção científica.
Pulp sci-fi illustration by Italian artist, Aldo Di Gennaro: A FC, sempre a promover a diversidade em todos os seus aspetos.
Encyclopedia Britannica Is Now an AI Company: Faz sentido. Nos tempos da IA generativa que todos querem ver como oracular, o que é que podemos fazer quando detemos acesso a grandes fontes de informação e dados fidedignos? Torná-los a base de ferramentas de IA faz sentido.
Nothing Is Sacred: AI Generated Slop Has Come for Christmas Music: A sério, que é surpreendente que os chico-espertos usem o lixo generativo como forma fácil de criar conteúdo clickbait e gerar uns trocos fáceis com isso? E isto nem é novidade. Formas repetitivas e muito básicas de produção cultural sem qualidade sempre existiram (grande parte das indústrias culturais, desde a musical ao audiovisual - vide telenovelas, concursos, reality shows e músicos pop a metro, vivem disso). O que mudou foi a facilidade de geração automatizada de conteúdo.
The humans behind the robots: Uma visão curiosa, o emparelhar de robótica com trabalho remoto na criação de robots domésticos.
AI Fight Club and what it hides: Discutir IA Generativa não tem de ser na ótica da dualidade deslumbre/catástrofe. Aliás, cair nessa armadilha é perder a capacidade crítica de perceber as valências, potenciais e problemas destas tecnologias.
In 1928, Eric the Robot promised the robo-butler of the future: Quase cem anos depois, ainda continuamos longe destes sonhos. Mas, pelo menos, já deixámos de parte a ideia de escravos mecânicos. Ou, pelo menos, assim o espero.
AI-Generated Book Grifters Threaten The Future of Lace-Making: Nem um nicho tão tranquilo com o do tricot está livre da predação dos chico-espertos que usam IA para gerar lixo editorial, e enganar os incautos.
Will we ever trust robots?: Confiança, não só nos sistemas em si mas em quem os desenvolve e opera.
"Será el estándar mundial": en 1996 General Motors tenía el coche eléctrico del futuro hasta que decidió hacerlo desaparecer: Um artigo que nos recorda os EV1, os primeiros veículos elétricos a chegar ao mercado, que tiveram um fim rápido. Não porque não houvesse necessidade social ou alinhamento de mercado, mas porque a GM estava mais interessada em vender veículos tradicionais e aproveitou um relaxamento legal para abandonar este projeto. Trinta anos depois, tudo mudou, e os veículos elétricos são a principal aposta da indústria automóvel global.
Never Forgive Them: A mais furiosa denúncia de tudo o que está mal na nossa economia digital. A tirania sufocante das plataformas, os dark patterns, o incentivo a comportamentos aditivos, o resvalar para conteúdos sem qualquer valor, a constante exigência de atenção, o dilúvio de lixo generativo, e os lucros obscenos que estão a ser obtidos com o empobrecimento cultural e económico da nossa sociedade. É um texto furioso, brilhante, imparável e impecável.
The Most Important Breakthroughs of 2024: O ano que passou não foi tanto o ano de inovações extraordinárias, mas da rapidez do avanço e impacto de novas tecnologias.
Scientist’s ‘ruthlessly imaginative’ 1925 predictions for the future come true – mostly: Nestas análises futuristas, o interessante não é tanto o eventual lado oracular, mas sim a forma como percebemos que as tendências que vivemos hoje já nos moldavam no passado.
Mark Maxwell, 1989: A recordar a façanha da SpaceX quando meteu um Tesla em órbita, quase quarenta anos depois.
American Politics Has an Age Problem: Nalguns aspetos, a política nos Estados Unidos faz recordar a União Soviética nos anos 80, com o poder nas mãos de uma gerontocracia anquilosada. Não quero soar idadista, mas há um tempo para tudo, e queremos mesmo deixar decisões que impactam o futuro nas mãos de pessoas em franco declínio cognitivo?
La tecnología ha minado una de las mejores herramientas para la productividad y la creatividad: dejar tiempo para aburrirse: Será mesmo assim? O que vou escrever a seguir vai soar fortemente elitista. Aqueles de nós que são realmente criativos, que gostam de refletir, analisar, ponderar, não são minimamente afetados. Os restantes (que são uma maioria), cedem facilmente perante este canto de sereia da incessante distração mediatizada, tal como sempre o fizeram. Francamente, tenho a sensação que há na forma como gerimos a nossa atenção no digital uma espécie de teste evolutivo darwinista, que visa separar aqueles que procuram ter impacto real dos que apenas querem viver a sua vidinha (e nada contra estes últimos, sejam felizes e divirtam-se entre feeds e reels).
What Would A Woman Do To An Unconscious Man If She Thought No-One Would Find Out?: Um dos aspetos mais arrepiantes do caso Pelicot, para além da sordidez, está na banalidade e quantidade dos violadores. Pessoas ditas normais, com os quais nos cruzaríamos na rua, interagiríamos no nosso dia a dia, não hesitaram em violar repetidamente uma mulher inconsciente, durante anos. Pessoas que abertamente afirmariam o seu horror perante a violência sobre as mulheres, que acarinharam as suas esposas e filhas, mas não hesitaram perante a oportunidade de abusar de uma mulher inconsciente. Nem sequer há aqui o argumento de serem incapazes de resistir a impulsos, esta vítima não tem os atributos físicos de elevada desejabilidade masculina (perdoem a frieza, mas, mesmo sendo totalmente indesculpável, é um argumento possível). Foi mesmo a vontade de abusar, o gozo de exercer poder. Gostava de dizer que nem todos somos assim. Apenas posso falar por mim. Temo que este caso, e tantos outros, tantas violações, tantos casos de violência doméstica, tantas mortes de mulheres às mãos de homens que "ah, mas sempre foi boa pessoa, não se percebe porque é que fez isto", diz-nos que a capacidade humana para o mal está em constante ebulição debaixo da pele civilizacional.
Getting the Essay Back: Two Memories: Um ensaio brutal sobre o que é que realmente significa aprender. É particularmente pertinente nesta era em que muitos acham que a aprendizagem pode ser baseada no consumo de conteúdos enlatados mediados por IA generativa, em nome de uma suposta eficácia pedagógica: "“The highest aspiration of most undergraduates is to regurgitate accurately whatever the instructor has said. So they scribble furiously, hoping not to miss anything. This makes it impossible to spend any time thinking. When the time comes to regurgitate, some do it accurately, some less so. And that’s all there is to it.” He shrugs and takes a sip of tea. “Good students don’t regurgitate. They see that they have been asked a question and that the question precedes the material in the lectures, causes the lectures in fact. If they have the capacity to find the question independently interesting, they spend their effort and attention on trying to join the conversation by saying something interesting in turn.”" Aprender não é meramente memorizar factos; é manter uma sede constante de saber mais, ir mais além. Algo que os sistemas educativos falham redondamente, em parte porque foram criados para responder à necessidade social de dotar as pessoas com uma base educacional massificada.
These stunning images trace ships’ routes as they move: Os padrões formados pelas rotas das redes globais de transporte, enquanto imagens abstratas.
Panavia Tornado: Recordar a história de uma clássica aeronave europeia.
Ale-Hop, la cadena alicantina que ha conquistado media España con una vaca y una norma inquebrantable: Como ficar rico a vender tralha, e criar uma rede de lojas pan-europeia. Um vislumbres das estratégias desta marca, entre a escolha de produtos à forma como localiza as suas lojas.
Resistir à instrumentalização da luta contra o antissemitismo: Não se nega ao estado israelita o direito de se defender contra os ataques do Hamas, e, sendo franco, não se perde muito este tipo de organizações são encostadas às cordas. Mas não se pode negar que a forma como Israel está a conduzir a guerra em Gaza tem muito pouco de operações de defesa, e muito de ação genocida contra um povo. Como é que podemos achar justificável a hecatombe de civis, todas as manobras de terror, e de estrangulamento de uma sociedade de rastos? Apontar isso não é ser anti-semita, anti-israelita ou denegrir o povo judeu. Diria até que as correntes ações do estado israelita, essas sim, são uma ofensa para o povo judaico.
Second New Chinese Stealth Jet Emerges in the Same Day: Os chineses não estão a esforçar-se por esconder estas aeronaves, claramente estão a enviar um sinal.
Analysis of China’s new double-delta stealth warplane: A curiosidade com estas novas aeronaves é enorme.
Hawk Tuah Wasn’t What It Seemed: A partir de uma piada foleira apanhada em vídeo, esta rapariga americana deu os passos lógicos da sociedade mediática digital, aproveitando-se da fama fugaz para ganhar dinheiro. Talvez se tenha tramado com a iniciativa mais recente, o lançamento de uma memecoin própria que gerou interesse especulativo nos primeiros momentos, garantido que alguns lucrassem rapidamente, mas depressa se tornou uma criptomoeda de lixo, ou seja, a maioria dos que a comprou perdeu dinheiro. Talvez o mais surpreendente aqui não seja a história da rapariga do meme, nem a sua ascensão e queda, mas a rapidez com que a criptomoeda foi lançada, gerou lucros e depois caiu a pique no espaço de poucas horas.
Moon: Um belíssimo trabalho de design interativo, que nos ensina tudo sobre a Lua e a sua mecânica orbital.