Para além de consumado cineasta, António de Macedo é um contador de histórias nato cujas experiências como realizador dariam certamente para encher vários livros interessantes. Nesta entrevista para o canal web Bairrada TV, Macedo fala-nos da rodagem do filme A Promessa, numa conversa que depressa quer nos leva ao passado esquecido do Portugal do século XX quer a intrigantes considerações estéticas. Conversa de uma profunda riqueza, que nos recorda que o peso da idade variou ao longo das eras, que as populações se definem pelos seus intricados códigos locais (delicioso, o pormenor de a rapariga não é daqui porque aui não se usam saias plissadas), que nos leva a reflectir sobre o papel da cor na fotografia cinematográfica. Um documentário riquíssimo que explora a vasta experiência deste realizador visto como maldito por se atrever a explorar outros caminhos desconsiderados pelos agentes culturais. Vale a pena ver, como registo historiográfico, pela divertida partilha de experiências através do humor descontraído de Macedo, por nos levar a reflectir sobre o que é o cinema.
sexta-feira, 3 de abril de 2015
António de Macedo, o Cineasta Inconformado
Para além de consumado cineasta, António de Macedo é um contador de histórias nato cujas experiências como realizador dariam certamente para encher vários livros interessantes. Nesta entrevista para o canal web Bairrada TV, Macedo fala-nos da rodagem do filme A Promessa, numa conversa que depressa quer nos leva ao passado esquecido do Portugal do século XX quer a intrigantes considerações estéticas. Conversa de uma profunda riqueza, que nos recorda que o peso da idade variou ao longo das eras, que as populações se definem pelos seus intricados códigos locais (delicioso, o pormenor de a rapariga não é daqui porque aui não se usam saias plissadas), que nos leva a reflectir sobre o papel da cor na fotografia cinematográfica. Um documentário riquíssimo que explora a vasta experiência deste realizador visto como maldito por se atrever a explorar outros caminhos desconsiderados pelos agentes culturais. Vale a pena ver, como registo historiográfico, pela divertida partilha de experiências através do humor descontraído de Macedo, por nos levar a reflectir sobre o que é o cinema.
