Jean Van Hamme, Peter van Dongen (2021). The Last Swordfish. Canterbury: Cinebook.
Uma nova aventura para personagens clássicos, uma forma de continuação do clássico Segredo do Espadão. Desta feita, uma conspiração que reúne nazis encapotados e o IRA, que irá roubar uma das míticas aeronaves para desferir um ataque no coração de Londres. A travá-los, terá a sempre eterna parceria do Coronel Blake e Professor Mortimer, que entre peripécias e obscuros jogos de espionagem, conseguirão travar o atentado. Contanto também, como não poderia deixar de ser, com a presença do eterno vilão Olrik, aqui relegado a um papel de mercenário.
A história é divertida e muito bem estruturada, replicando na perfeição os maneirismos estilísticos de E. P. Jacobs. E é por isso que, como leitor, me deixa de pé atrás. Há personagens que foram criadas para serem revistas e reaproveitadas (é, em essência, todo o mundo dos comics). Outras, estão intimamente ligadas a um autor específico. Recriá-las com outros autores, que se esforçam ao máximo por imitar o estilo do criador original, é algo que confesso, deixa-me desconcertado. Sem cair em excessivos purismos, estes aproveitamentos que se explicam por estratégias de mercados, têm um sabor algo amargo. Não trazem nada de novo aos personagens, e vivem de uma nostalgia por tempos que não voltam.
