Um olhar arcaico para lendas sobre criaturas misteriosas, bruxarias, demónios, profecias e muita inquisição. Um olhar sobre tradições e história com quase dois séculos, refletindo uma sensibilidade que hoje já não existe. Este livro constrói-se como um conjunto de notas, apontamentos mais ou menos longos, onde o autor nos fala de lendas e factos bizarros. E, também, dos costumes licenciosos nos conventos. Há um enorme foco crítico no papel da inquisição, que o autor claramente vê como negativa, de um dogmatismo criminoso e cruel na forma como perseguiam, torturavam e queimavam as suas vítimas. De acordo com este livro, quando um condenado era sentenciado à fogueira, não o era diretamente pelo tribunal eclesiástico. Este recomendava os hereges (cujas confissões eram invariavelmente obtidas sob tortura) à justiça civil, recomendando clemência e não derramamento de sangue - o que implicava uma morte ainda mais atroz nas fogueiras. Diabruras, Santidades E Prophecias leva-nos a um outro tempo, à sensibilidade de um passado que começa a ficar distante.
