domingo, 20 de outubro de 2019

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Ficção Científica


Big orange planets: Apenas isso, como tema para mais uma recolha de ilustração clássica de FC pelo 70s SciFi Art.

"Mar de Aral" totalista dos Galardões BD Comic Con: Na semana passada apostei nos possíveis vencedores dos Galardões BD da Comic Con (uma das raras contribuições deste evento tipo plantio de eucalipto para o panorama cultural nacional). Só me enganei numa, o de melhor desenho também foi para Mar de Aral. O livro que limpou os prémios, algo que não é tão positivo quanto parece. Sem querer desmerecer o sempre excelente trabalho de José Carlos Fernandes e a surpresa que foi o trabalho de ilustração Roberto Gomes, esta falta de diversidade apoquenta um pouco. Por outro lado, é a Comic Con, que cada vez mais me parece ser um fenómeno financeiro a explorar o nicho de mercado geek, do que um evento com vontade de ganhar peso cultural.

This Video Primer Is a Perfect Introduction to Stephen King's Horror Fantasy Multiverse: Não tão complexo quando os Cthulhu Mythos desse outro escritor da Nova Inglaterra, mas a obra de Stephen King também contém locais, personagens e objetos que aparecem em histórias diferentes, criando uma ligação metaficcional.


Science Fiction Inspires the Future of Science | National Geographic: As ligações de inspiração entre Ficção Científica e a inovação em ciência e tecnologia, exploradas neste vídeo da National Geographic que olha para Inteligência Artificial, automóveis autónomos ou robótica, entre outros pontos onde as ideias da ficção alimentaram a inspiração dos cientistas.


WHO IS THE MASTER WHO MAKES THE GRASS GREEN? (ROBERT ANTON WILSON): No que toca ao cinema português, dificilmente haverá cineasta mais futurista e experimental do que Edgar Pêra. Vai colocando no YouTube alguns dos seus trabalhos clássicos, pérolas de uma cinematografia sem compromissos, que se atreve a ver o mundo de formas realmente diferentes. Nesta curta, as palavras do guru da contra-cultura Robert Anton Wilson ganham vida de formas inquietas.

Comics


The Lost Issue of Grant Morrison and Chas Truog’s Animal Man From 1988 – “Dominion”: Vestígios de uma história da temporada de Grant Morrison à frente de Animal Man, nunca publicada por confusões relativas à finalização de Invasion, um dos primeiros mega-eventos da DC, em que a Terra é cilindrada por uma força combinada de alienígenas. Pelos vestígios partilhados pelo então ilustrador de Animal Man, a história deveria valer a pena.

Brazilian Court Backs Rio Mayor’s Ban on LGBTQ Comics; YouTuber Felipe Neto Buys Them All, Gives Them Away: O nível de absurdismo desta história de um presidente de câmara ligado à IURD e da edição brasileira de uma aventura dos Vingadores editada originalmente em 2010 mostra bem o absurdo quando os extremismos ideológicos chegam ao poder. A ordem presidencial é um excelente exemplo de homofobia pura, e analfabetismo funcional na escrita de textos.


BD portuguesa na Fête de la BD: É sempre uma boa notícia saber que os artistas portugueses de banda desenhada são destacados no exterior. Desta vez, na festa da BD em Bruxelas.

Biomechanical Landscape II, by H.R. Giger: As visões proto-dark cyberpunk de um estranho artista suíço, que se tornou global graças à iconografia que criou para o clássico filme Alien.

Lost in the Time Vortex: The American Cult of ‘Doctor Who’: Uma série atípica e esquisita, mesmo nos domínios da ficção científica. Doctor Who é daqueles universos que, citando a frase batida, primeiro estranha-se e depois entranha-se.


James R Bingham - The Beast From 20,000 Fathoms, by Ray Bradbury, illustration for Saturday Evening Post, June 1951: Uma das histórias mais arrepiantes de Bradbury, ilustrada com um major spoiler.

It Chapter Two's Queer Subplot Is Too Subtextual to Be Scary Good: Eu iria mais longe. Toda a vertente narrativa queer de It parece-me uma atabalhoada tentativa de captar espetadores nesse segmento de mercado. O arranque do filme é fortíssimo nesse aspeto, com o (spoiler alert) ataque violento a um casal gay que motiva o reaparecimento de Pennywise. E ao longo do filme apercebem-nos de uma tensão não resolvida entre dois personagens masculinos, mas que se resolve de forma sacarina com a morte de um. Os elementos estão lá, mas parecem mais decorativos do que nucleares no filme. Que, diga-se, é bastante medíocre na generalidade.

Star Wars Wings, Ranked: Não me considero exatamente ignorante no universo Star Wars, mas não imaginava que existiam tantas alphabet wings. Mas, no fundo, não há wing como o mítico X-Wing.

[OP-ED] “It Chapter Two” and the Rise of the Money Driven Sequels: Já tive a oportunidade de ver este filme, e o melhor dele é o cameo de Stephen King. Se o primeiro capítulo foi interessante, este só tem alguns momentos de verdadeiro suspense, e usa demasiado a estratégia in your face com monstros de CGI questionável para arrancar reações à audiência. Pennywise, o monstro, tem tanto screen time que se torna mais fácil empatizar com ele do que com os heróis do filme. É, de facto, um daqueles filmes em que passamos o tempo a olhar para o relógio a ver quando é que aquilo acaba. Dividir It em dois filmes até faz sentido, afinal são dois livros, mas este é mais um sintoma do mal clássico de Hollywood, as vistas curtas do lucro a curto prazo.


Some Bunnies To Love: The 2019 Dragon Con Bunny Hutch!: A culpa do fetiche das meninas vestidas como coelhinhas em trajes menores vem dos tempos em que o sexismo era cool, da Playboy de Hugh Heffner. Felizmente, a sociedade evoluiu. De tal forma que esta iconografia foi apropriada por cosplayers, de formas… inesperadas, e divertidas.

Dédalo – A Short Film Tribute to Space Horror: Um tributo muito bem feito a Alien, e à cinematografia de terror, criado por portugueses. Os modelos usados são fabulosos, estiveram em exposição num dos SciFi Lx.

Tecnologia



Leonardoesque Robot Brains, the Harvard Mark I, and a Peek into the Future of Computing (1944): Num artigo de 1944 sobre o potencial de cálculo dos computadores, surge esta ilustração decididamente cyberpunk.

AI Is Coming for Your Favorite Menial Tasks: Uma análise do impacto, que já está a acontecer, dos sistemas de Inteligência Artificial no apoio a tarefas cognitivas avançadas. Intrigante, este insight: "What’s less understood is that artificial intelligence will transform higher-skill positions, too—in ways that demand more human judgment rather than less. And that could be a problem. As AI gets better at performing the routine tasks traditionally done by humans, only the hardest ones will be left for us to do. But wrestling with only difficult decisions all day long is stressful and unpleasant". Um dos grandes argumentos a favor da automação é precisamente o libertar o humano das tarefas repetitivas, permitindo foco no complexo. Mas nós não somos máquinas, e não estamos constantemente em alta rotação. Ao contrário das IAs e robots, precisamos de downtime.

7 documentales sobre inteligencia artificial y robótica que puedes ver en Internet: Excelentes sugestões para compreender melhor quer a inteligência artificial, quer a evolução da tecnologia.

STEM Is Overrated: Confesso que nunca tinha visto as STEM sobre este ponto de vista. Até porque, nos núcleos de professores inovadores em que participo, as STEM (e o ensino prático), são vistas como um dos muitos elementos integradores de uma educação para a vida, não como um espartilhar de aprendizagens limitativas. Não agimos assim, e falamos abertamente de STEAM, a integração das artes com ciências, tecnologia e matemática (é o significado do acrónimo STEM, para os eventuais não-professores entre quem estiver a ler isto). Mas, de facto, há o risco do foco nas STEM ser limitativo, e tornar-se um meio de incentivar treinos vocacionais a largos espectros da população, enquanto as dimensões de aprendizagem mais profundas ficam reservadas a elites.

Things get weird when a neural net is trained on text adventure games: Tenho de inventar tempo para experimentar isto. Algoritmos de IA que geram jogos de texto a puxar para o surreal é uma ideia irresistível.

Will Artificial Intelligence Change Our Relationship With Religion?: Soa a cenário de ficção científica, e inquieta o nosso substrato cultural vindo da mitologia judaico-cristã. Mas para culturas mais animistas, mecanizar a devoção é algo natural. No entanto, até um ateu percebe o carácter profundamente humano da religião, e artificializar com tecnologia sente-se como o ultrapassar de uma barreira milenar. Isto sem entrar em eventuais cultos à máquina inteligente. Isso será todo um outro nível.

Uber argues its drivers aren’t core to its business, won’t reclassify them as employees: Se perguntarem qual é o grande problema trazido pelas plataformas da sharing economy (uma designação enganadora, porque quem participa nela tem nesta atividade o seu trabalho principal), é este. A forma como assumem a hiper precarização laboral, é recusam o óbvio. Não é uma questão de semântica para a Uber dizer que os seus motoristas trabalham com ela e não para ela. Na prática, é a segunda hipótese. Mas insistir na primeira retira-lhes as responsabilidades sociais.

Modernidade



Masataka Nakano Has Been Photographing a Deserted Tokyo for Almost 30 Years: Não é só um trabalho de olhar fotográfico, é um de enorme paciência, de esperar pelo momento certo - e mágico, em que a cidade se parece esvaziar de pessoas.

Joi Ito resigns as MIT Media Lab head in wake of Jeffrey Epstein reporting: O que me está a deixar estarrecido nos escândalos relacionados com o caso Epstein é a extensão das pessoas deduzidas pelos lustres do um percentismo, mesmo sabendo dos crimes de pedofilia de quem os introduzia nesta espécie de Jet set intelectual. Como alguém que sempre admirou o trabalho de Jonh Brockman, Nick Negroponte ou Joi Ito, é uma desilusão vê-los associados a isto.

Someone made a version of ‘Civilization’ that runs in Microsoft Excel: Hey, finalmente um uso útil para o Excel! Devo dizer que conseguir programar um clone de um jogo clássico de estratégia para correr no Excel é um toque de génio. E, também, a desculpa perfeita para combater o tédio no escritório.

The Problem(s) with Goodreads: Sou um utilizador compulsivo do Goodreads, uso-o como forma de listar as minhas leituras. Mas tenho de concordar, quer o site quer a app parecem estar presas ao tipo de usabilidade que era de ponta no ano 2000.


B-2 Spirit Stealth Bomber Performs Hot-Pit Refueling At Lajes Field, Azores: Aposto que neste momento, todos os sofredores do mal de ser fanático de aviação estão a pensar no mesmo: bolas, adoraria ver isto ao vivo!


How “Ulysses” Became A Scandal And Changed The Definition Of Obscenity In America: Se nunca leram este romance fundamental do modernismo literário, é de facto algo maroto nalguns momentos (indeciso entre os devaneios húmidos do Senhor Bloom na praia ou o fantástico monólogo interior de Molly). Mas, na primeira metade do século XX, foi uma obra escândalo que motivou longas batalhas legais entre editores contra leis anti-obscenidade.


*Is Barbie dead enough?: Coisas not sure if… Um bom exemplo de interculturalidade, ou apropriação capitalista descarada de iconografias culturais?

The Shocking Costs Of Doing Art History Research: De facto, ser investigador não é barato. Se não se tiver acesso via instituição, ler artigos de investigação fica bem caro. E de acordo com este relato, a coisa é pior para quem investiga história de arte. Porque museus, arquivos e instituições gostam de cobrar pelo acesso e registo fotográfico que os investigadores têm de fazer para melhor estudar o seu acervo. Pior, e esta surpreendeu-me. Editoras universitárias que cobram pela edição (um modelo curiosamente similar ao das vanity press).

Hidden London: New Book Explores the City’s Forgotten Underground: Há pessoas que têm empregos de meter inveja aos restantes míseros humanos. Como, por exemplo, ser responsável pelos mundos subterrâneos que sustentam os nossos espaços urbanos. Infraestruturas fascinantes, de que não nos apercebemos quando passamos por elas nos metros, e das quais só temos alguns vislumbres graças às aventuras dos fotógrafos exploradores urbanos.

A Vision of the Future: 1911 Takes a Look at 1950: É sempre interessante olhar para o retrofuturismo. Percebemos muito sobre a forma como evoluímos a partir das visões sobre o futuro vindas do passado. Nestas, há uma que me surpreende, a visão daquilo a que hoje chamamos tecnologias verdes. Infelizmente para o ambiente, ainda hoje não são o nosso principal meio de produção energética, e muito menos em 1950, como pensado em 1911.