domingo, 28 de julho de 2019

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Apollo Training: When Arizona Stood In for the Moon: Parece a superfície lunar... mas não é, são crateras artificialmente criadas (ah, cientistas a divertirem-se com explosivos) para treino dos astronautas das missões Apollo.

THEY WELCOMED A ROBOT INTO THEIR FAMILY, NOW THEY’RE MOURNING ITS DEATH: O intrigante nestas histórias é a forma como atribuímos uma sensação de vida a objetos inanimados. Relacionamo-nos com os nossos robots tal como o fazemos com os animais de estimação. Mesmo sabendo que as máquinas executam ações programadas, atribuímo-lhes sentimentos, e criamos relações de empatia. Algo que tem sido estudado, e está por detrás do Jibo, um robot criado pela equipa de Cinthia Brezeal no MIT, e que se tornou tristemente famoso por, após a empresa que o comercializava ter sido adquirida por outra empresa, ter um desligamento programado que corresponde a uma espécie de morte anunciada.

This TRS-80: Este foi o primeiro sucesso no domínio da computação portátil. Essencialmente uma máquina de escrever com memória e capacidade de executar programas, permitia a jornalistas escrever as suas notícias e enviar para a redação por linha telefónica. A história sabe melhor quando contada por um jornalista que ainda hoje gosta de usa o seu TRS-80.

Machine learning is about to revolutionize the study of ancient games: Intrigante, para quem se interessa por estas coisas. Usar aprendizagem automatizada para redescobrir as regras de jogo esquecidas dos jogos do passado.


tokyo in the 1970s, a pre-blade runner city, amazing unseen photos by greg girard: Japão, anos 70, no limiar da estética cyberpunk. As fotos são assombrosas, e curiosamente, mesmo sabendo que retratam um tempo que já passou, transmitem uma sensação de futurismo.

The Sunsetting Of DC Vertigo: Para quem lê comics, este fim anunciado da Vertigo não é nenhuma novidade, já se percebia há alguns anos que a DC Comics tinha decidido desinvestir naquela que, no seu auge, foi a chancela mais influente do mundo da banda desenhada. Diria até que se hoje os comics são respeitados e levados a sério, isso deveu-se ao trabalho dos argumentistas e ilustradores que desenvolveram livros e séries para a Vertigo. Inovaram em termos estilísticos, arriscaram comics mais adultos, atiraram-se a temáticas impensáveis nos comics tradicionais. Vieram de lá títulos como The Sandman, John Constantine Hellblazer, Transmetropolitan, V for Vendetta, Army@Love, iZombie, The Unwritten, The Invisibles, Daytripper, e tantos outros que afirmaram os comics como um género de abordagens profundas.

The Other Windows: Uma história do GeoWorx, um sistema operativo gráfico que poderia ter sido concorrência série ao Windows... mas não o foi, porque não havia aplicações para usar. Nestas coisas da computação, não é a excelência do SO que conta, mas sim a base de programas que se podem usar.

So, Gutenberg Didn’t Actually Invent the Printing Press: Não é novidade nenhuma que na China e Coreia já se conhecia a tecnologia da prensa e dos carateres móveis séculos antes da revolução de Gutenberg. Se lhe podemos retirar o título de criador da imprensa, no entanto há algo muito mais importante a observar: a verdadeira revolução cultural que o livro impresso veio trazer ao mundo europeu. Que eu saiba, os verdadeiros inventores da imprensa não passaram por nada comparável.


Space artist Chesley Bonestell: É sempre bom rever a obra de Chesley Bonestell, talvez um dos ilustradores que mais marcaram as iconografias do futuro no espaço.

The Fall and Rise of VR: The Struggle to Make Virtual Reality Get Real: O eterno paradoxo da realidade virtual. Aquela tecnologia que, desde os anos 60, explode regularmente como o grande futuro da computação, mas nunca se consegue afirmar como tecnologia de massas. Talvez porque aquilo que a torna interessante, o possibilitar imersão completa em mundos virtuais, seja também o que a prejudique. Imersos em RV, perdemos o contacto com o mundo real, e isso desmotiva. Não é uma profunda reflexão filosófica, apenas uma observação que talvez não nos queiramos isolar assim tanto do mundo real.

Hacker Used Raspberry Pi to Steal Sensitive NASA Docs: O que é que é preciso para hackear a NASA? Talvez um supercomputador? Ou basta um humilde Raspberry Pi? Cai-me o queixo ao descobrir que o microcomputador de baixo custo e baixa potência consiga ser usado para ataques informáticos à NASA.

The Resurgence of 3D Printers in Modern Learning Environments: O importante, aqui, é perceber que chegou ao fim o efeito novidade. O que interessa é integrar, colocar a impressão 3D como ferramenta educativa.

Plants talk to each other using an internet of fungus: Bem vindos à rede micelial. Uma superestrutura biológica composta por fungos, que se unem às raízes das plantas e árvores, permitindo que comuniquem entre si e troquem recursos. Uma verdadeira internet natural, que sublinha a visão da natureza como um superorganismo colaborativo e simbiótico. Numa nota geek: fiquei muito surpreendido quando descobri que um dos cientistas que estuda estas redes se chama Paul Stamets. Tive de ir verificar a coincidência: este também é o nome de um personagens-charneira da série Star Trek Discovery. É o cientista responsável pelo desenvolvimento e uso do motor experimental da nave, que é capaz de se mover... através de uma rede micelial à escala galáctica. Uma curiosa homenagem da série à verdadeira ciência.

Identifying a fake picture online is harder than you might think: E eu, que até nem sou muito inocente, caí que nem um patinho nestas imagens falsas. Notem, não foram criadas recorrendo aos  mais recentes ou potentes algoritmos de deepfake. São simples manipulações básicas, algumas quase saltam à vista. O que estes estudos confirmam é que o problema das fake news não está só na falta de sentido crítico. Tempos muito curtos de leitura em fluxos de informação rápidos, ou confirmação de viés cognitivo, ideológico ou de conhecimento, são dos fatores mais importantes para o sucesso das notícias falsas. Como sempre o foram, aliás. Chamavam-se era boato e propaganda.

“Franz Kafka” the Brand, Alive and Well in Prague: Sim, mas terão os magotes de turistas que vão tirar selfies frente às estátuas a Kafka ou dormem nos hostels e airbnbs de mais apartamentos do que aqueles em que o autor viveu, alguma vez lido a sua obra? Há algo de absurdo, de certa forma, kafkaesco, nesta exploração da imagem de autores para fins turísticos.

Algunos colegios de EEUU están instalando micrófonos de 1000 dólares con inteligencia artificial para "detectar voces agresivas": Querem habituar as pessoas a regimes totalitários? Usem o argumento da segurança. Noutras circunstâncias, este tipo de aplicações tecnológicas despertaria a ira dos cidadãos. Mas com a desculpa da segurança, aceitamos sem pestanejar medidas invasivas e condicionantes do comportamento humano.

Racing Toward Yottabyte Information: Se acham que gigabytes é muito, e petabytes excessivos, notem que já começamos a medir a informação global à escala dos exabytes. Falta pouco para chegar ao Yotta. Porquê? Quanto maior a qualidade dos nossos artefatos digitais (com o vídeo à cabeça), maior a quantidade de bits que requerem.

Tinta nos Nervos: Um novo espaço literário em Lisboa, misto de livraria com galeria e café. O que é que o distingue? A atenção especial à banda desenhada de qualidade. Suspeito que valerá a pena visitar.

The history of video: Como é que passámos do filme ao vídeo, analógico e digital? O Veritasium explica. A enorme complexidade do vídeo digital nunca cessa de surpreender.


Looker and the Imagined Omnipotence of the 1980s Computer – Part 1: Wanderings 26/52: Formas do imaginário da cultura pop antever a computação nos idos dos anos 80, onde estes dispositivos ainda eram raros e primitivos, pelos nossos padrões.

The Beauty in Numbers, and the Numbers in Beauty: Esta questão dos padrões matemáticos da beleza, entre números de fibonacci e regras douradas, não é nova. E revela mais sobre a nossa necessidade de ver padrões em tudo o que nos rodeia, do que realmente propriedades estéticas intrísecas à matemática.


Europe says SpaceX “dominating” launch, vows to develop Falcon 9-like rocket: Foguetões reutilizáveis já não são nenhuma novidade, embora ainda não sejam 100% fiáveis. É bom ver a Europa a reagir à SpaceX e Blue Origin, embora algo tardiamente. É o problema da solidez industrial europeia neste domínio, alguma falta de flexibilidade perante outras inovações.