domingo, 21 de abril de 2019

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Alma Heikkilä opens up our eyes to the invisible worlds we depend upon: Tecnologia e ciência combinadas com a sensibilidade artística. Neste projeto de uma artista finlandesa, está patente o fascínio com as intricacias da vida não humana que vive em simbiose com os nossos corpos. Biologia como abstração, o espaço interior dos microorganismos como uma parte fundamental do que nos torna nós próprios.

Brincando com a mente, Claude Shannon: Nelson Zagalo recorda um dos grandes nomes da ciência e tecnologia, muito justamente a par com Einstein e Turing. Se um é o pai da física moderna e o outro da computação, Shannon pode-se dizer que é o pai da informática. É a sua teoria da informação que  nos deu o enquadramento que sustenta toda a explosão tecnológica da sociedade da informação.

Want more Love, Death + Robots? Read these 17 short stories online: A série risquè  de FC da Netflix anda a fazer ondas, e o pessoal do The Verge recorda-nos de outras histórias de FC com potencial BYM (blow your mind, para os mais incautos).

Supernatural will end with its 15th season: Finalmente! Recordo que esta série me causou arrepios genuínos nas suas primeiras temporadas. Estava assim tão bem escrita e filmada. Mas como a premissa não dava para esticar, e o sucesso da série pedia-o, a coisa alastrou para grandes guerras entre céus e infernos, lutas de poder nos domínios luciferianos, e a convoluta história familiar dos irmãos Winchester (nessas fases, a minha favorita foi aquela em que anjos e demónios andavam às turras na Terra enquato deus se tinha pirado, indo para partes incertas, tornando toda aquelas lutas e dualidades sem significado). De vez em quando vejo algum episódio das temporadas mais recentes e a coisa é deprimente, o esvaziamento criativo é total, a técnica narrativa inexistente, e os atores desempenham os papéis com aquele ar de desleixo que demonstra o quão fartos estão daquilo.

A Secret Database of Child Abuse: Aquele outro escândalo sexual de pedofilia cometida por pessoas de moral acima de toda a suspeita. E com um contorno ainda mais maquiavélico: o registo de todos os casos conhecidos, mantendo a impunidade através de acordos extra-judiciais secretos.

Debunking AI Myths: The Importance of Creativity in AI: Não da IA como artificialmente criativa, mas nas formas como a usamos complementando e aumentado as capacidades humanas. Como refere o artigo, "creativity plays a huge factor in developing AI. While humans may need artificial intelligence to carry out tasks at rates and in ways we couldn’t, AI is dependent upon the human mind’s ability to craft use cases and applications the technology isn’t capable of envisioning. When we demonize AI, we downplay the importance of human creativity".

Um Mundo Sem Empregos?: A RTP colocou no RTPplay este documentário francês sobre o impacto da robótica e automação no mundo laboral. Mas é de sublinhar que o tom não é o de os robots vê roubar os empregos. O documentário é bem explícito em apontar o dedo ao capitalismo neoliberal. O problema não está na automação, que é inevitável e um inegável progresso. Está nas ideologias do capitalismo termina, que descartam o ser humano, que o vêem como uma variável de custos. É isso que temos de combater.


A Map of the Internet from May 1973: Ah, olhem, uma foto da internet quando era bebé! Tão pequenina, tão gira, e quem diria que viria a crescer tanto! Awww!

Mystery solved: why has a beach in France been blighted by washed-up parts for toy Garfield phones for more than 30 years?: Traços do antropocénico. Durante décadas, uma praia francesa parecia amaldiçoada por uma praga de telefones brinquedos. Recentemente, percebeu-se porquê. Um contentor afundado, que ao longo destes anos todos ia libertando a carga, ao sabor das marés.

Máquina do Tempo: Mandrake: Já não faço parte da geração que apreciou verdadeiramente este herói dos comics clássicos, mas não lhe retiro a importância.

Estive a Ler: O Periférico: O Notícias de Zallar atira-se à recente tradução portuguesa de uma das mais recentes obras de William Gibson. Que, refira-se, só existe porque há rumores de uma adaptação pela Netflix e a SdE é muito atenta a jogos de marketing.


El esclarecedor vídeo que busca demostrar que todos estamos tomando las mismas fotos en Instagram: Confesso, também sou culpado de tirar algumas fotos com a estética que este vídeo desmonta de forma brilhante. Pessoalmente, não pretendo ser influencer ou instagrammer de sucesso, apenas registo com a lente do telemóvel pequenos momentos, com a memória digital a complementar a cerebral. Mas dou razão a este vídeo. Os fluxos da partilha de imagens espartilham-nos em estéticas muito específicas, mais não seja porque ficamos condicionados a achar interessante apenas aquilo que vamos vendo nos feeds, que não nos expõem a outros tipos de estéticas precisamente porque são menos populares. É um ciclo de retroalimentação.

The big business of ruins: Porque é que a arquitetura envelhecida e decaída é fascinante?

The Cult of Homework: Pessoalmente, o que me irrita na eterna discussão dos trabalhos de casa é a carga de trabalho que impomos aos nossos alunos. Exigimos que passem oito a dez horas seguidas nas escolas, na maior parte com aulas expositivas, e em seguida ainda achamos normal que tenham de passar mais uma ou duas horas por dia a rever matérias. Melhor, fins de semana, férias e pausas são uma oportunidade para fazer ainda mais trabalhos. Se adotássemos horários de trabalho similares nos nossos empregos, com a obrigatoriedade de continuar a trabalhar no nosso tempo livre, reclamaríamos, e com razão. No entanto, é essa a gestão de tempo que exigimos dos nossos alunos, que são crianças, estão a crescer. E onde fica o tempo para socializar, auto-descoberta, leitura livre ou consumo de outros media, enfim, crescer e desenvolver uma individualidade? Já para não falar do efeito que isto tem de esmagar a curiosidade e tornar o aprender um fardo. Pessoalmente, acho que se me tivesse limitado a aprender apenas o que os meus professores achavam pertinente e importante, lido apenas os livros considerados educativos, e me limitado aos trabalhos de casa, hoje teria uma cultura vastamente inferior à que tenho, seria uma pessoa de horizontes muito limitados. Reparem, escrevo isto, e sou professor...

Face off – Cyclists not human enough for drivers: study: Vá, pronto, bem sei que é uma estafa ter de aguentar o carro a 20 km/h atrás de um ciclista, porque não se quer colocá-lo em risco numa ultrapassagem, e atrás de nós temos os típicos condutores irritados por causa do empecilho na estrada. Mas daí a achar que não são tão pessoas quanto nós... ok, algo me diz que na natureza humana, haja mesmo quem pense assim. Provavelmente os mesmos que acham que parar nas passadeiras quando estão a ser atravessadas por peões é opcional.