domingo, 14 de setembro de 2025

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Johnny Bruck, for Perry Rhodan: Bizarrias cósmicas. 

A Trend? New Horror Movies Depict The Rich As Monsters: O cinema de terror é exímio em captar o espírito dos tempos. As oligarquias que nos sugam a riqueza parecem viver numa realidade aparte, e na verdade, o seu dia a dia de exploradores e os efeitos da sua rapacidade são o verdadeiro filme de terror. 

Notable Nonfiction Books of Mid-2025, recommended by Sophie Roell: Sem grande surpresa, são livros pensados para ajudar a compreender a geopolítica contemporânea. 

Near Future Science Fiction: Tal como Ballard no que toca aos efeitos do modernismo no século XX, Gibson é o cronista da forma como a tecnologia modelou a sociedade nos primórdios do século XXI. 

A Palace Near the Wind: Um mergulho na literatura fantástica de sabor global. 

The case for memes as a new form of comics: Bem, suspeito que equiparar memes à banda desenhada é esticar um bocadinho (um grande bocadinho) as definições, mas é um argumento que até faz sentido, dada a forma como os memes são apropriáveis como forma de criar pequenas narrativas com impacto. 

The Best Hades and Persephone Books, recommended by Melinda Salisbury: O poder dos mitos gregos, com as suas constantes reinterpretações. 

Guillermo del Toro’s ‘Frankenstein’ Looks Absolutely Stunning: E isso não surpreende, dado o minucioso cuidado estético que este realizador coloca nos seus filmes. 

"No pienso venderlos": los planes de George Lucas para su impresionante colección personal de 40.000 comics: Uma fundação aberta ao público. 

Science Fiction Novels Recommended by Scientists: Recordar que a FC é, acima de tudo, uma literatura de especulação informada onde a ciência têm um papel fundamental. 


Science Fiction Adventures, No. 17, November 1960: Planetas gelados. 

Your mileage may vary: Sim, podemos usar redes sociais sem ter de levar com os trolls, a desinformação e os algoritmos capitalistas. 

Hertz' AI System That Scans for "Damage" on Rental Cars Is Turning Into an Epic Disaster: Há aqui vários problemas, um deles sendo o óbvio esquema de tentar extorquir dinheiro aos clientes apresentando-lhes falsos indícios de danos nos veículos. Mas o problema principal é mesmo este, o desleixo institucionalizado e a desesresponsabilização por via da justificação do algoritmo: " it's a perfect example of how algorithms have been deployed to the detriment of regular people since long before ChatGPT. In theory, the idea is that everybody is treated fairly under the same rules, but in reality, governments and corporations end up offloading decisionmaking onto automated systems and dodging accountability when those judgments are flawed". 

Skin Deep – Evolving InMoov’s Facial Expressions With AI: Este fantástico projeto open source está a ganhar novas capacidades. 

Google adds Video Overviews to NotebookLM: Aquela que é para mim uma das mais interessantes ferramentas de IA ganha novas funções. 

Academia: The Questions Are Big! It's the Curricula That Got Small: O artigo é sobre o impacto da IA generativa no ensino superior, mas aplica-se muito bem a outros níveis. Na verdade, a capacidade dos chatbots em gerar trabalhos para os alunos veio apenas colocar a nu a enorme incongruência dos sistemas de ensino. Apregoa-se a importância do desenvolvimento de pensamento crítico, da busca do saber, da capacitação do indivíduo, mas na prática é tudo metrificado, rotineiro e sujeito a um sistema de avaliação onde vale a forma e não a capacidade. Perante isto, qualquer um com dois dedos de testa automatiza o que pode, porque, fundamentalmente, sabe que não vale a pena o esforço: "That process of falling back on a constrictive systematization produced universities that absolutely did not encourage exploration, creativity or synthesis, but instead relied on surface level memorization and performance in service of external validation. “What students ‘remember’ in such systems is either context-bound or quickly forgotten” ". 

Luma and Runway expect robotics to eventually be a big revenue driver for them: Confesso que li e fiquei sem perceber estas lógicas. A Luma ainda percebo, as Nerfs como tecnologia têm aplicabilidade na visão computacional e simulação com base em dados reais. Agora a Runway gera vídeo. Estarão a pensar em vídeo sintético para treino de robots? 

Alguien ha impreso en 3D su propio cerebro para convertirlo en una lámpara. Lo mejor es que tú también lo puedes hacer: Por acaso, também já fiz algo como isto. Preferi imprimir a minha caveira, embora incompleta, porque o TAC de onde retirei os dados não incluiu toda a cabeça. Foi um processo giro, onde aprendi o que são ficheiros dicom (jpgs com informação médica) e que há software open source que permite analisar os resultados das TACs, e até fazer a extração de modelos 3D de partes selecionadas. No meu caso, usei o Invesalius. 

Developer survey shows trust in AI coding tools is falling as usage rises: Ou, em bom rigor - quanto mais se usa as ferramentas de IA, mais se desvanece o deslumbre com capacidades que são apregoadas com fabulosas, mas que na realidade ficam muito aquém do prometido. 

Student Made A Wearable Computer To Bypass The Law: Bem, se a escola proíbe os alunos de usar telemóveis... há que ser criativo. O vídeo é um mimo, vê-se tudo aquilo que os professores almejam mas raramente vêem acontecer na modorra das aulas, o entusiasmo da exploração cognitiva. E, claro, desatei a rir-me quando o rapaz qualifica os computadores da escola de "montes de m... icrosoft". Ai rapaz, é que por cá a coisa é bem pior. A Insys redefine para baixo, muito profundamente, o conceito de "montes de m... icrosoft". 

12.000 personas intentaron adivinar qué imágenes estaban generadas por IA y cuáles no. No tenemos muy buenas noticias: Um ensaio sobre a dificuldade de perceber a diferença entre imagens reais e as geradas por IA. Experimentei, e acertei 70% das respostas, porque sei que as imagens geradas por IA têm tendência para ter cores demasiado saturadas e composição rígida. Mas mesmo assim, fui enganado por muitas. 

China ha reunido más de 150 robots humanoides en Shanghái. Su mensaje es claro: esto ya no va de ideas, va de indústria: Enquanto por cá nos maravilhamos com provas de conceito e protótipos, na Ásia a robótica humanoide já é uma indústria. 

Zuckerberg’s ‘personal superintelligence’ plan: fill your free time with more AI: Também notei este pormenor nas ideias do dono da Meta sobre os desenvolvimentos da IA. Parece-me uma epítome do capitalismo mais ganancioso, isolar as pessoas, quebrar os laços sociais e colonizar a individualidade, tudo para assegurar mais lucros. 

Estados Unidos y China parecen competir en IA. La realidad es que juegan deportes completamente distintos: Uma boa análise das corridas pelo desenvolvimento da IA, que mostra que os chineses não estão interessados em ter tecnologias que só poderão eventualmente ser rentáveis num horizonte de anos, mas sim ferramentas que podem implementar já hoje. E fazem-no contornando as restrições tecnológicas a que estão sujeitos, tornando mais eficientes os algoritmos que desenvolvem a partir da pesquisa base que teve origem nos estados unidos.

CEOs Are Publicly Boasting About Reducing Their Workforces With AI: Se os administradores conseguem ver-se livres dessa coisa chata que é ter empregados e usar IA para fornecer serviços de pior qualidade, transferindo para os clientes o ónus de lidar com as chatices e problemas, sabendo que os clientes estão em muitas indústrias em lock-in por falta de concorrência, fazem-no. É enshitification pura.

This Is the News From TikTok: Não, o TikTok não é de todo um local confiável para notícias. Em grande parte pela desinformação institucional de canais propagandistas, ou dos aspirantes a influencers que inventam tudo o que dizem. E, no entanto, há informação válida nesta rede. Há canais e criadores que se dedicam a mostrar informações que não são do interesse dos media tradicionais, que analisam com cuidado os temas da geopolítica, e até jornais e canais de televisão a usar a rede para passar a sua informação. O problema acaba por ser o algoritmo e a forma como reforça as bolhas de informação - suspeito que para uma grande maioria dos utilizadores, a análise dos seus interesses garanta que estes canais e criadores jamais lhe atravessem os feeds: “The default position is: Algorithm, let the information flow over me,” he said. “Load me up. I’ll interrupt it when I see something interesting.”


The Bag Buster: Frémitos antigos. 

One Photographer’s 50 Year Quest to Capture the Chrysler Building: Mais interessante do que o retrato arquitetônico, é o poder da fotografia em captar a passagem do tempo. 

Is starvation in Gaza really Israel’s fault? The facts are clear: Sim, obviamente que sim. E choca, neste século XXI, em que afirmamos ter aprendido as lições da violência do século XX, esta complacência com o brutal genocídio que o estado de israel está a perpretar sobre o povo palestiniano. 

Europa se ha dado cuenta de que el rearme debe empezar en las carreteras: una invasión rusa desataría una congestión fatal: Os desafios de preparar a infraestrutura europeia para as necessidades da defesa. 

Ser moderador de porno le generó un trauma psicológico. Es sólo la punta del iceberg de un problema enorme: São mal pagos, e têm de levar com o pior da humanidade. Sem eles, as redes sociais seriam locais ainda mais sujos. 

Hamas Wants Gaza to Starve: Certíssimo. É uma aliança diabólica. Quanto mais Israel oprime e excerce genocídio sobre os palestinianos, mais revolta gera, e isso reforça e alimenta estes terroristas. Nisto, está tudo errado. 

Ucrania se ha dado cuenta de algo: los que hablaban español en sus tropas no eran soldados, eran sicarios de la droga: A guerra na Ucrânia tem-se distinguido pela forma como evoluiu para campo de batalha de drones. Muitos estados estão interessados na forma como esta tecnologia se está a desenvolver no calor da batalha, mas há mais do que estados interessados nisso. Os cartéis criminosos também querem aprender como se faz, para usar contra os seus rivais. 

Archaeologists Discover a 2,400-Year-Old Skeleton Mosaic That Urges People to “Be Cheerful: Eat, pray, love versão antiguidade clássica. Porque há verdades que nunca deixaram de o ser há milénios. 

sábado, 13 de setembro de 2025

Lost+Found

 
















British Museum, Victoria & Albert, National Gallery: nunca me cansa revisitá-los.

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Nether Station


Kevin Anderson (2024). Nether Station. Ashland: Blackstone Publishing.

Devo avisar-vos. Este é um daqueles livros que vos provocará insónias. Não estou a escrever isto como comentário sobre o seu conteúdo, que quem o ler depressa descobrirá ser um belíssimo voo literário de horror cósmico lovecraftiano. As insónias são provocadas pelo ritmo de leitura, este é um daqueles livros que se quer sempre continuar a ler, a virar a página, mesmo que a noite já vá adiantada. Sim, é assim tão empolgante e de leitura tão escorrida, mas outra coisa não seria de esperar deste autor, veterano do lado mais pop da FC, com vários livros da série Star Wars no seu currículo. Nota-se, na clareza da sua prosa e no ritmo que impõe à história.

Boa capacidade de escrita não serve de muito se a história a contar não for interessante, e aí afianço-vos que este livro brilha. É um cruzamento perfeito entre Hard SF e horror lovecraftiano, que traz o terror cósmico, bem, não consigo colocar de outra forma, ao cosmos. A história segue as desventuras de uma investigadora no espectro autista, especializada em buracos negros, e fascinada por una anomalia detetada na orla do sistema solar - um possível wormhole. As sondas para lá enviadas desaparecem sem deixar rasto, o que faz perder o interesse das agências espaciais, mas a situação muda quando anos depois se detetam os sinais emitidos pelas sondas a partir de Alfa Centauro, mostrando que a anomalia espacial permite atravessar o espaço-tempo e interligar diferentes sistemas solares. E nesse momento, a investigadora recebe um convite irrecusável.

Houve alguém que sempre manteve o interesse na anomalia, um magnata da indústria espacial (retratado, a bem da nossa sanidade de leitor, como um megalómano explorador e não como um sucedâneo muskiano). Líder na exploração de minérios no sistema solar, tem a base tecnológica e financeira para poder montar uma expedição aos limites do sistema, para investigar in situ o buraco de verme. A sua principal motivação é o orgulho pessoal de ser um explorador, de ficar com o nome registado na história por ser o primeiro a pisar um solo desconhecido, mas também não lhe escapa a possibilidade de se o buraco interliga sistema solares, se abrir todo um novo horizonte de exploração lucrativa. A sua nave de exploração é mais do que uma nave, está pensada para ficar no local e tornar-se uma estação permanente.

Ao fim de cinco anos de viagem (eu disse-vos, o livro combina terror com hard SF), e sucedem-se as descobertas mirabolantes. Cadáveres mumificados de seres alienígenas, asteróides que albergam instalações técnicas e militares de tecnologia anciã mas avançada, um misterioso tempo de gelo espacial, de arquitectura não-euclidiana com estátuas que retratam criaturas que ao ser contempladas, o cérebro se mostra incapaz de compreender.  Começam também as peripécias, com os primeiros testes de envio de cobaias vivas para lá do horizonte do buraco a cavar mais fundo o fosso do horror. É um crescendo que se desenvolve de forma inevitável, com imensos sustos, mortes misteriosas, criaturas possuídas pela loucura, zombies alienígenas e males que corrompem a vegetação e animais. 

Anderson acelera o avanço da história com alguns elementos deus ex machina, que permitem perceber a lógica dos mistérios. E assim ficamos a saber da guerra cataclísmica que opôs seres alienígenas ao jugo tirânico de monstruosos seres capazes de escravizar civilizações, criaturas de horror cósmico que após sacrifícios titânicos foram banidas da realidade e escorraçada para os espaços intersticiais. Criaturas que dormem, aprisionadas no não-espaço entre o tecido do universo. Criaturas que aguardam o momento de despertar na sua senda destrutiva, e o ato de seres conscientes atravessarem os buracos de verme é o despertador que necessitam.

É, de facto, uma mistura perfeita entre terror e ficção científica. Anderson pega no mythos lovecraftiano e cruza-o com a FC clássica, exploratória e procurando base científica. A inspiração óbvia é At The Mountains of Madness, diretamente referenciada na narrativa, mas também inclui uns polvilhos de The Colour Out of Space. A leitura é excelente, o ritmo imparável, e a satisfação para os conhecedores e amantes lovecraftianos, imensa.

terça-feira, 9 de setembro de 2025

Europeana: Uma Breve História do Século XX


Patrik Ouředník (2017). Europeana: Uma Breve História do Século XX. Lisboa: Antígona.

Torrente avassaladora é talvez a melhor qualificação que posso dar a este livro surpreendente, que nos abala durante a leitura. É uma história do século XX, mas estruturada de uma forma profundamente não linear. Não é uma sucessão cronológica de factos e acontecimentos, antes, uma deriva quasi-dadaísta pelas ideias que marcaram o século. O tom é de diálogo interior livre, um longo monólogo onde as ideias se associam segundo as suas lógicas internas. É, de certa forma, absurdista, na forma como coloca a nu os paradoxos do imenso torvelinho de ideias, comportamentos, acontecimentos e tecnologias que formaram o século XX.

Reside aí a maior força deste ensaio. Ao abandonar a mera sequenciação lógica a favor de uma associação de ideias (chega, por vezes, a repetir-se), torna-se talvez a melhor forma de retrarar o intenso e violento turbilhão que foi o século XX. O tempo em que se abandonou a placidez do velho mundo, levámos as ideologias aos pináculos destrutivos, passámos a valorizar o indivíduo comum, morremos em guerras globais, demos saltos científicos e tecnológicos incríveis, revolucionámos os usos e costumes sociais. O século XX não foi para os fracos do coração, e este livro espelha esse sentimento de forma impressionante.

domingo, 7 de setembro de 2025

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Cover artist unknown: Prazeres old school. 

I Love That ‘Superman’ Loves Journalism: Como dog person, sabia que tinha de ir ver o novo filme do Super-Homem. Não esperava nada de especial, só de me divertir com as cenas com o super-cão, mas saiu-me uma bela parábola sobre desinformação, extrema direita, discurso de ódio, manipulação dos media e opinião pública via redes sociais, imigração e a fé no brilhantismo dos bilionários oligarcas. O pormenor dos macacos treinados para debitar desinformação e extremismo online é particularmente bem conseguida. Não é uma parábola de metáforas subtis, e isso assenta-lhe bem. É um filme pop, e nos tempos que correm, não podemos ser subtis neste tipo de criticas aos maus odores que contaminam o espírito do tempo. O filme em si é divertido e refrescante, trata bem a personagem (quem vos diz isto leu os comics), tem momentos épicos, hilariantes e tocantes. E, claro, qualquer cena com o Krypto é uma absoluta delícia! Não esperava muito do filme, pensava que seria mero entretenimento, mas é uma daquelas obras que revela como a cultura pop pode ser interessante. Porque quem for ao cinema para ver o Super a dar e apanhar porrada, vai sair de lá a pensar em coisas incómodas como "o herói é um imigrante" ou "porque é que o lex luthor se parece tanto com um cruzamento entre elon musk e jeff bezos, será que isto quer dizer alguma coisa?". Há ainda este pormenor, esta quase ingénua fé no jornalismo como força capaz de repor a verdade de num mundo avassalado por desinformação. Não é só a história de Kent como jornalista, uma parte muito significativa do filme lida com a forma como os jornalistas do Daily Planet vão atrás de uma história que contraria as narrativas mediáticas, e se atrevem a enfrentar o poder de um bilionário. É tocante, especialmente sabendo que na realidade não seria assim. 

Firefly Star Morena Baccarin Discusses Revival Chances, Joss Whedon: De volta e meia, volta à baila a discussão sobre o potencial regresso desta série de culto. Mas... na verdade, não faz sentido. Parte da mística deste western in space é o ter sido curta, e com isso cheia de possibilidades. Regressar aqui seria esvaziar de conteúdo um dos excelentes momentos da cultura pop.

Five Timeless Books Rooted in Oral Storytelling, recommended by Tuva Kahrs: Da profundeza dos tempos trazida pela tradição oral, ao texto escrito. 

The 25 best fictional robots – according to New Scientist: Os suspeitos do costume, e não só. 

14 more SF/F books to check out this July: Novidades literárias, e não só. Confesso que uma reedição do clássico que Bradbury, o livro que me fez apaixonar pela FC, é sempre tentadora. 

Somnium 127: Uma excelente iniciativa. A Somnium, revista digital do clube de leitores de ficção científica brasileiro, dedicou toda uma edição ao fantástico em Portugal. 


Battle of Squads: Ah, tempos inocentes. 

The Hater's Guide To The AI Bubble: Ed Zittron faz críticas válidas ao deslumbre com a IA generativa. Demonstra as fraquezas do modelo de negócio de uma tecnologia que requer investimentos massivos, mas não mostra ser rentável ou sequer ter um modelo de negócio sólido. 

Seer: O lado panopticon da tecnologia, ou os traços eletromagnéticos deixados pelo comportamento humano. 

Remembering Chiptunes, the Demoscene and the Illegal Music of Keygens: Ah, recordar os bons velhos tempos dos keygens, programas que para além de crackar software nos regalavam com música e animação. 

Why the Latest AI Model Isn’t Always Best for Edge AI: No dia a dia, faz mais sentido ter modelos que funcionam dentro das limitações do hardware disponível, do que as versões mais avançadas que não estão otimizadas para o uso normal. 

8 Bit Mechanical Computer Built from Knex: Computação mecânica com Knex. Um projeto incrível. 

Ethereum Is Quietly Soaring. What Comes Next?: O interessante nesta tendência é que não parece ser uma bolha especulativa daquelas que alimenta as típicas oscilações das criptomoedas. A Ethereum sobe, mas as restantes cripto não. 

Huge Botnet That Uses AI to Praise MAGA Is Completely Broken by Jeffrey Epstein Scandal: O que se retira daqui é quanto o discurso em redes sociais é condicionado por botnets, mesmo que sejam ineficazes. 

A Robot That Analyzes Paintings And Paints: Formas diferentes de compreender arte, e de a fazer chegar a outros públicos. 

Here Comes the World-Wide Web of Everything: Novos protocolos, distribuídos, para a Internet das Coisas. 

How to Play Your Retro Games as Authentically as Possible: Das consolas de legalidade duvidosa que nos deixam jogar milhares de jogos antigos, ao purismo de recriar o hardware clássico. 

Cada vez más gente usa ChatGPT para que lea libros por ella. Tiene ventajas y un enorme inconveniente: À primeira vista, esta noção de "pós-alfabetização" em que a leitura tradicional é substituída por resumos via chatbots de IA pode parecer uma catastrófica consequência dos sistemas de ensino que valorizam a forma e não o conteúdo, a nota e não a construção de conhecimento (bem sei que acabei de descrever a visão que se tem o ensino dos últimos trinta anos, onde o que conta é a metrificação, o valor da nota e o ranking). Por outro lado, esta é uma das formas mais interessantes de usar a IA para ajudar a construir conhecimento, alimentando-a com textos específicos e interagindo com o poder conversacional da IA aplicado à obra. Claro, tenho a exata noção que boa parte dos que usam a IA  desta forma, fazem-no para despachar trabalho e não como forma de procurar novas dimensões de aprendizagem. No fundo, a IA generativa está a por a nu uma verdade incómoda: a esmagadora maioria das pessoas não quer realmente aprender ou fazer esforços intelectuais, quer apenas aceder a validações, diplomas e certificados, ficando-se pelo básico desde que dê para desenrascar no dia a dia. 

7 Classroom Activities to Build Critical AI Literacy: Técnicas para trabalhar a IA  com literacia crítica. 

Google is bringing its AI-powered photo-to-video capability to more apps: Por um lado, penso, ó bolas, mais uma forma de falsear realidades. Por outro, estou curioso com as possibilidades criativas disto. 

AI Slop Might Finally Cure Our Internet Addiction: Bem, podemos ter esperança que o crescimento exponencial dos conteúdos "para quem é. bacalhau basta" gerados por IA a metro segundo o menor denominador comum nos causem reações alérgicas sociais. Confesso que não partilho desta visão otimista, suspeito que a esmagadora maioria dos consumidores de conteúdos digitais se estão nas tintas para autenticidade (basta ver a cultura dos influencers) e serão muito felizes a chafurdar no lixo gerado por IA. 

A vibe coding horror story: What started as 'a pure dopamine hit' ended in a nightmare: Quem diria. Olha se a cena pega. Imagina um vibe mechanic: "não sei bem qual é o problema mas vamos mexer nas peças até dar", ou vibe doctor: "ah, tem uma dor de cabeça, disse? Então vamos começar a tomar medicamentos aleatórios até ver qual é o que resulta". 

Encounters with Reality: A nossa obsessão com "experiências" digitais e virtuais conduz-nos cada vez mais a uma noção de falsa autenticidade. 

The FDA Is Using an AI to "Speed Up" Drug Approvals and Insiders Say It's Making Horrible Mistakes: Mais um exemplo de doctorowismo puro, de o problema não ser a IA que vai roubar empregos, mas patrões (ou, no caso, responsáveis governamentais) que acham que passar a usar uma IA que funciona mal vai fazer o trabalho dos trabalhadores de que se livram. 

Robots That Learn to Fear Like Humans Survive Better: O medo é uma estratégia de autopreservação, simular o medo em robótica pode tornar os robots mais capazes de interagir nos ambientes reais.

The Black Bat’s Justice: Sou só eu a achar esta capa um bocadinho homoerótica? 

Generative Art’s Deep Roots Come to Light in a New Museum Show: Retrospetivas da arte digital são sempre interessantes. Será que chegará cá? Duvido, a programação do MAAT anda muito afastada da tecnologia. 

Why Does Elon Musk Have Such a Straight View of Antiquity?: A respostas direta é "incultura". Quando a visão do mundo se forma com memes e vinhetas, a real realidade, e complexidade, do passado fica esquecida. Aliás, suspeito que muita desta bandalha de extrema direita fosse conhecer a sério o tal passado glorioso greco-romano cujos valores dizem ser os superiores, teria um treco com tanta homossexualidade, miscigenação e tons de pele bem mais escuros do que o alvor das estátuas de mármore. É a diferença entre inspirar-se na história, e realmente ter lido livros de história. 

Lo que SpaceX ha conseguido con Starship es increíble. El único problema es que lo ha hecho a costa de la salud de sus empleados: E o que convém reter, é que não pode valer tudo. Se desenvolver a tecnologia da Space X queima os engenheiros que a desenvolvem, algo está muito errado.

La "jornada 996" siempre fue un símbolo de los excesos de China en el trabajo. Ahora Silicon Valley la está abrazando: Recordam-se das 8 horas de trabalho, ou do equilíbrio entre emprego e vida pessoal? As forças do neoliberalismo são exímias em encontrar formas de erodir os direitos mais elementares. 

Tech Billionaires Accused of Quietly Working to Implement "Corporate Dictatorship": Já reparámos nisto. 

"El que quiera venir, que invierta": Ouigo quería entrar en el AVE Madrid-Galicia pero ya lo ve imposible antes de 2030: Confesso que me divertem, de forma deprimente, ler estes artigos sobre a interligação em alta velocidade ferroviária do lado de lá da fronteira. Especialmente sabendo que do lado de cá o nosso comboio mais rápido demora mais de três horas a fazer a viagem Lisboa-Porto (de carro chega-se mais depressa, e nem é preciso ultrapassar o limite de velocidade), e os nosso únicos comboios internacionais são decrépitas automotoras que ligam Porto a Vigo ou Entroncamento a Badajoz, duas vezes por dia. Ridículo, não é? 

Why Is Everything Around Us So Ugly?: A baixa qualidade estética dos espaços urbanos onde vivemos. Note-se que isto não é uma diatribe contra modernismos, a evocar a beleza classicista, é mesmo constatar que a beleza não é habitual na arquitetura urbana. 

Are You Laughing Yet?: Não, já há bastante tempo que não. O crescimento da extrema direita, do novo fascismo, fez-se também neste campo, com os fachos e grunhos a reclamar estarem a ser amordaçados e impedidos de excercer a sua liberdade de expressão, embora se comprazam em limitar e amordaçar os pontos de vista que não lhes agradam. 

A esquina do Loreto, um lugar do caraças: Um dos lugares onde Lisboa pára, porque tem de o fazer. Em todo o sentido da palavra, é a rua que liga o Chiado ao Camões, talvez o cruzamento mais movimentando da cidade. 

Paramount’s Big “South Park” Problem After The Trump Penis Episode: Sim, foi uma sátira brutal, rude e violenta. Mas não estamos em tempos de paninhos quentes. 

Ambigrammia, un libro de Douglas Hofstadter sobre el arte y la ciencia de los ambigramas: Da mente que escreveu o clássico ensaio sobre Gödel, Escher e Bach, sai agora uma obra sobre a colisão entre arte e lógica nos ambigramas.

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Cartas da Península 1808-1812


William Warre (2009). Cartas da Península 1808-1812. Lisboa: Aletheia.

Uma visão íntima das Guerras Peninsulares. William Warre, filho de proprietários de casas vinhateiras do Douro, integrou as forças inglesas que lutaram em Portugal no tempo das invasões francesas. Warre acompanha as operações militares desde os primeiros momentos, como oficial que integrará o estado maior de Beresford, comandante dos exércitos portugueses integrados na coligação luso-britânica. Na sua correspondência, faz a narração da sua experiência da guerra, detalhado operações e observações, analisado estratégias, bem como os sucessos e insucessos nos campos de batalha.

Esta correspondência traça um documento que nos ajuda a mergulhar a fundo na história violenta das Guerras Peninsulares. Não só das Invasões Francesas por cá, mas também das violentas operações em território espanhol. Warre, como elemento do estado maior de Beresford, acompanha a guerra até 1812 quando o marechal é gravemente ferido na batalha de Salamanca, terminando aí o seu relato de uma guerra que continuará até Wellington levar as suas forças anglo-lusas, coligas com tropas espanholas, até ao interior francês.

Para lá da descrição das operações militares, as cartas também traçam um retrato das duras condições da guerra. Quanto ao nosso país, não é muito lisonjeiro, embora seja visível a admiração que sente. Elogia muito a coragem e capacidade das forças portuguesas, após serem treinadas e comandadas por oficiais britânicos, mas como soldado integrado nessas mesmas forças só tem críticas a fazer aos governantes, quer à corte exilada no Rio de Janeiro, quer aos responsáveis governamentais portugueses, que acusa de serem incompetentes e mesquinhos, péssimos gestores das necessidades de um país, mais interessados em salvaguardar as suas posições do que em administrar o que lhes compete. Temo que duzentos anos depois, isso ainda seja uma característica das gestões da administração pública.

Há também um lado humano nestas cartas, entre os constantes negócios que Warre se envolve (da compra de cavalos à salvaguarda de pipas de vinho do porto, o métier familiar) e os cosntantes temores sobre o bem estar de uma das irmãs que, vivendo num convento português, está em risco constante até a ameaça francesa ser sustida. No conjunto, um olhar muito interessante, que nos leva a descobrir mais sobre esta época violenta e determinante, para o nosso futuro e o da Europa mas algo esquecida da nossa história. Foi na península que as aparentemente invencíveis forças napoleónicas começaram a sofrer derrotas, entre a violência da população revoltosa, as táticas de terra queimada e as manobras militares regulares. E é de recordar que será Wellington, o vitorioso das guerras peninsulares, que por cá tantas vezes combateu com peso desfavorável de forças mas sempre a saber aproveitar muito bem a geografia a seu favor - as linhas de Torres são o melhor exemplo disso, o general que infligirá a derrota final a Napoleão em Waterloo. O suposto passeio que seria a anexação de Portugal acabou por se revelar um espinho doloroso.

terça-feira, 2 de setembro de 2025

O Crescente Submerso


Emilio Garro (sem data). O Mediterrâneo em Chamas: O Crescente Submerso. Estoril: Editorial Salesianas.

Confesso, são estas surpresas que me fazem gostar do vasculhar alfarrabistas em busca de obras surpreendentes. Não que este livro seja excecional, bem pelo contrário. É uma ficção histórica de pendor didático e moralista escrita para jovens leitores. O interessante é o momento histórico que retrata, a batalha de Lepanto, onde o poder naval otomano foi travado por uma armada de coligação italiana (ao tempo, os vários estados que vieram a formar a Itália) e espanhola.

Não podemos esperar uma forte e profunda abordagem a este momento histórico, estamos perante um livro para jovens de pendor cristão. Como tal, os otomanos são representados como bárbaros decadentes sedentos de sangue e poder, sempre prontos a sujeitar os cristãos às piores sevícias. Por outro lado, os nobres espanhóis e italianos que comandam as várias flotilhas que compuseram a armada católica são exemplos de piedade religiosa, coragem e sabedoria militar. 

O livro culmina numa empolgante descrição da batalha, embora se alicerçe numa história de aventuras onde dois rapazes e as suas famílias vivem peripécias ao ser capturados pelos otomanos. A sua libertação e luta contra o inimigo são o artifiício narrativo que quebra o lado didático e descritivo do livro. 

Este é um livro do seu tempo, obra para jovens onde a principal preocupação estava na abordage histórica sob um ponto de vista religioso. Uma pesquisa mostrou-me que o autor foi escritor italiano de romances didáticos para a juventude de meados do século XX, e é nessa perspetiva que fiz a leitura. Como curiosidade, ao abrir o livro deparei com o carimbo da biblioteca do Seminário de Santarém. Numa outra vida, este pequeno tomo certamente empolgou jovens seminaristas com a sua mistura de piedade e aventura.

 

domingo, 31 de agosto de 2025

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Jon Davis’s original artwork
: Mistério espacial. 

A Serpente no Sótão – Pedro Medina Ribeiro: Uma leitura que já comecei, e me parece ser deliciosamente gótica. 

10 livros para te dar que pensar neste verão: Vindo da Shifter, podem crer que são sugestões de leitura que obrigam mesmo a pensar. 

The Kinds Of Books You Want To Read Over And Over: Todos nós temos aqueles autores e livros favoritos, que relemos com gosto e sempre a encontrar algo de novo na obra. 

La Agencia Espacial Europea y Playmobil sacan un set con un astronauta y un rover que lo mola todo: O puto de nove anos dentro de mim está aos pulos, quer um destes. O puto de cinquenta anos que escreve aqui também quer! 

Woody Allen to publish his first novel: Confesso que o que me surpreende aqui é Woody Allen ainda estar vivo (hey, apesar da piada foleira, sou fã dele). Quanto ao livro, é descrito como "a portrait of an intellectual crippled by neurotic concerns about the futility and emptiness of life". Essencialmente, o tema de todos dos filmes do cineasta. 

These are our favorite cyber books on hacking, espionage, crypto, surveillance, and more: Leituras sobre o lado mais obscuro e fascinante do mundo digital.


YELLOW SUBMARINE (1968): Onde todos vivemos. 

As You Might Have Suspected, A Small Percentage Of People Are Ruining Social Media For Everyone: Os dados de investigação comprovam o que sentimos. O discurso online é monopolizado por uma minoria aguerrida, irritada com o mundo e mal resolvida, que transformou o discurso público saudável e moderado numa fossa séptica de extremismos. O problema, é que os ecos dos resmungos destes trolls se transmitem ao resto da sociedade. 

Study warns of ‘significant risks’ in using AI therapy chatbots: A questão de fundo é saber se queremos ser desumanos ao ponto de confiar a terapia dos males mentais e psicológicos, talvez do mais fragilizante que há, em algoritmos. 

Stellantis abandons hydrogen fuel cell development: Apesar do hype, esta tecnologia está a ficar em segundo plano face à eletrificação rodoviária. 

UE testa app de verificação de idade: Uma mostra que a UE não está apenas a legislar, mas também a desenvolver estruturas que permitam o controle e cumprimento das leis. Isto já vem tarde, dada a violência sexualizante e desinformação que grassam online, e a que as crianças estão a ser expostas sem quaisquer filtros. 

Finding value with AI automation: Aplicações industriais de IA, com um especial foco no processamento de linguagem. 

The Hyperpersonalized AI Slop Silo Machine Is Here: A exploração de michos culturais reduzidos através do lixo generativo. 

MacPaint art from the mid-80s still looks great today: Redescobrir as estéticas propiciadas pelas primeiras aplicações de edição de imagem. 

Sexting With Gemini: Apesar de terem implementado barreiras protetoras dos utilizadores mais jovens, é relativamente simples levar os chatbots a ter conversas muito pouco apropriadas com crianças e jovens. 

Google adds featured notebooks on selected topics to NotebookLM: Esta é uma das melhores, mas também mais discretas, ferramentas de IA que conheço. Esta estratégia da google ajuda a perceber como trabalha, e para que serve. 

YouTuber faces jail time for showing off Android-based gaming handhelds: Os italianos levam muito a sério os direitos de autor, e neste caso, o alvo é um influencer que mostra no seu canal aquelas consolas baratas chinesas que vêem carregadas de jogos clássicos. 

Delta Air Lines is using AI to set the maximum price you’re willing to pay: Inteligência Artificial, essa tecnologia ao serviço da humanidade… ou melhor, ao serviço do enriquecimento desmesurado dos capitalistas. 

Back from Shenzhen, China, where I’m manufacturing Poem/1: Uma visão muito pessoal do clima da indústria tecnológica chinesa. 

How to run an LLM on your laptop: Técnicas e aplicações para usar os LLMs em modo local sem depender dos interfaces das empresas.


Top-Notch, January 15th 1922: Aventuras navais. 

Death of a Fantastic Machine: A banalização da câmara trouxe consigo uma forte diminuição intelectual do discurso audiovisual. 

The enshittification of American hegemony: A lição económica aplicada à diplomacia, com os aliados ocidentais a ter de lidar com um governo americano que os destrata, sem que no entanto consigam sair da aliança. 

How Was the Wheel Invented?: Inventada não é o conceito correto, antes, uma evolução advinda das necessidades, que levou ao desenvolvimento da roda. 

Trump Kept Gold Club World Cup Trophy for Himself So FIFA Had to Give the Winners a Replica: Ok, isto é inesperado, em tantos anos de blog de certeza que esta é a primeira nota que deixo sobre futebol, um desporto cuja cultura me desagrada. Mas esta história do presidente que gosta tanto do brilho dourado do troféu original que fica com ele, enquanto os vencedores do torneio ficam com réplicas, é demasiado idiota e sintomática do estranho momento que vivemos para não a registar. 

Airbus está a punto de cerrar un nuevo pedido masivo en China, según SCMP. El momento no puede ser peor para Boeing: Duas notas curiosas - em primeiro lugar, o abalo global que isto provoca à Boeing. Mas é merecido, culpa do seu laxismo que se traduziu em indesculpáveis problemas e acidentes. A outra nota tem a ver com o muito badalado Comac, o avião chinês, que embora prometedor tem uma base industrial ainda em desenvolvimento. 

Desalinhamento: Há formas simplistas de interpretar dados, e as incómodas. 

The School Teacher Who Was Selling “Creepy” Art Made By His Students: Diga-se que o errado aqui não é as crianças e jovens a fazer ilustrações assustadoras, é o professor aproveitar-se financeiramente disso. 

A Nasty, Cynical, and Eerily Accurate Look at All-Too-Recent History: O preço da vida extremamente online, das bolhas de desinformação à explosão dos extremismos. 

Famed Antikythera Shipwreck Yields More Astonishing Discoveries: O clássico local arqueológico ainda nos reserva muitas boas surpresas. 

After a partly successful test flight, European firm eyes space station mission: Um dinamismo que precisamos, aqui na Europa. 

Colbert’s cancellation is a dark warning: Já chegámos ao ponto em que um apresentador de TV que critica o sicofantismo da empresa onde trabalha perante um poder notoriamente corrupto se vê despedido, num país ostensivamente democrático. Caros, o fascismo não começa com botas cardadas a marchar nas avenidas, começa com a capitulação das instituições. 

Pluralistic: Conspiratorialism and neoliberalism (19 Jul 2025): Vale sempre a pena ler Cory Doctorow, e neste artigo demonstra a desumanidade dos ideais que sustentam o neoliberalismo em que vivemos - o egoísmo como leitmotiv da vida social, a crença no homem forte e na elite, o descartar de todos os problemas sistémicos que na realidade determinam a vida das pessoas, tudo em nome de maximizar os lucros individuais (que geralmente só vão para um punhado de indivíduos) passado os custos desastrosos para a sociedade.