Artist is Rich Shenfield: Ecrãs futuristas.
The Best Short Sci Fi Books, recommended by Karin Tidbeck: Tidbeck tem razão, ao recordar os bons velhos tempos de uma FC mais concisa, cujas histórias e conceitos não se espraiavam ao longo de vários volumes com números de páginas acima dos 500 ou 600.
Local Grifters Discover Superman Is From Another Planet: Bem, mas a história de Kal El/Clark Kent sempre foi uma metáfora da imigração. Claro que no clima aguerrido e inquinado da discussão pública sobre imigração, contaminada pela propaganda violenta de extrema direita, esta metáfora clássica dos comics vai despertar ruídos.
First Look At David Colton As The Post 9/11 Captain America (Spoilers): Um novo Capitão América, pensado para um novo milénio… ou apenas uma jogada da editora, que sabe que o clássico Steve Rogers está prestes a cair no domínio público.
What Designers Can Learn from Magic Realism: As lições da literatura especulativa aplicadas ao design (com uma boa surpresa para os amantes de Saramago).
Si no sabes qué leer este verano, la redacción de Xataka tiene unas cuantas ideas para pasar un verano entre páginas: Mas desenganem-se, não são leituras leves de praia.
Dylan Dog & Martin Mystère + Tex Willer e Zagor: Este artigo recorda-me as saudades que tenho de ler Dylan Dog. Será que estas edições brasileiras estarão disponíveis por cá?
The Hackaday Summer Reading List: No AI Involvement, Guaranteed: E preparem-se, parte desta lista são grandes clássicos da literatura dedicada à tecnologia.
Classic Fantasy Books, recommended by Matthew Sangster: Não encontram aqui novidades, mas é mesmo por isso que são considerados clássicos - tornaram-se intemporais.
What’s Brilliant About the New Superman Movie: Ainda não vi, mas irei ver, porque Krypto, ora pois claro! Mas as críticas estão a ser positivas, com um refrescar do universo cinematográfico da DC, que sempre se caracterizou pelo seu pomposo pendor grimdark.
Gasp! Researchers Say There’s an Inaccuracy in Popular Teen Movies: Sabemos que a cultura pop não reflete a realidade adolescente, mas este estudo mostra o absurdo destas clivagens entre fantasia e realidade.
The French Half Of Humanoids Has Been Placed Into Liquidation: Dias complicados para uma editora clássica.
For Control Panel Saturday: Alienígenas surreais.
La gente odia las reuniones. Así que están enviando a sus secretarios de IA para que tomen notas: Bem, há uma razão social para isto. A maior parte das reuniões que temos não são, realmente, reuniões. São encontros onde nos são fornecidas instruções, momentos que poderiam perfeitamente ter sido um email, e não de troca de experiências. Não admira que perante tanta reunião que se sente como inútil, cada vez mais haja a tendência de enviar um assistente de IA para tirar notas e resumir a reunião. Faz todo o sentido, e digo isto sem ironia.
How a Canadian's AI hoax duped the media and propelled a 'band' to streaming success: Um intrigante desenvolvimento na história da banda virtual que ganhou fama no Spotify, aparentemente foi uma partida elaborada e não uma espécie de lança em áfrica por parte da indústria musical. Mas não deixa de mostrar as fragilidades da criação musical na era em que se conjugam o estrangulamento das plataformas com a possibilidade de automatizar todo o processo de criação musical com IA.
Against "Brain Damage": O uso e abuso dos chatbots de IA causa danos ao cérebro? Bem, não é bem assim. O que os estudos que são interpretados pelos media como indicador de danos cerebrais realmente mostram é que quem depende muito destas ferramentas para produzir textos tem uma capacidade menor de se recordar do que produziu, o que faz sentido, dado que descarregou parte do trabalho intelectual no algoritmo.
I’m not ignoring your message – I’m overwhelmed by the tyranny of being reachable: Compreendo muito bem isto. Há momentos dos meus dias em que uma nova notificação, email ou mensagem já faz exceder a minha carga cognitiva. E admito, abandonei a postura de disponibilidade e resposta imediata a mensagens. O que quer que esteja a fazer não tem de ser interrompido para dar vazão ao sentimento psicológico de ser capaz de respostas rápidas. Respondo quando é possível, quando me dá para isso. E se não responder, é porque no fundo, o assunto não merece desperdício da minha atenção.
Grok is being antisemitic again and also the sky is blue: Isto é um case study sobre o pior que a IA generativa nos trás, sublinhando que o lixo que produz resulta das escolhas conscientes de quem controla este sistema.
Architectural Dressage: Requalificação urbana auxiliada por enxames de robots, ou, como mover um bairro inteiro sem o demolir.
3000-Year-Old Babylon Hymn Deciphered By AI: Confesso que perscrutar estes textos há muito esquecidos é para mim um dos usos mais fabulosos da IA. A tecnologia do futuro a redescobrir o nosso passado longínquo.
Emerson, AI, and The Force: Este texto sobre IA e educação foi das primeiras coisas que li, esta manhã, e esbarrei logo com esta visão - "I was influenced by a strain of techno-utopian thinking that was widespread in the mid-1990s, when the Internet was first becoming available to a mass audience. In those days, a lot of people, myself included, assumed that making all the world’s knowledge available to everyone would unlock vast stores of pent-up human potential. That promise actually did come true to some degree. It’s unquestionably the case that anyone with an Internet connection can now learn things that they could not have had access to before. But as we now know, many people would rather watch TikTok videos eight hours a day. And many who do use the Internet to “do research” and “educate” themselves are “learning” how Ivermectin cures COVID, the sky is full of chemtrails spewed out by specially equipped planes, and vaccinations plant microchips in your body". É uma visão de que partilho, como também veterano de um tempo em que se achava que a capacidade da internet em dar voz a todos, quer na web 2.0 (ainda se lembram desse conceito?) quer nos primórdios das redes sociais, iriam gerar o desabrochar cultural, ético e político. Agora percebemos o erro, a elite tecno-cognoscente que éramos assentava numa cultura positivista que não é de todo partilhada pelo resto da humanidade. É algo que sinto intensamente hoje, ao atravessar os pantanais online pejados de desinformação, discurso do ódio, acintosidade e banalidade elevada a ruído permanente. Os trolls, afinal, não eram uma minoria que rosnava debaixo das pontes. Bem pelo contrário. No que toca aos correntes deslumbramentos sobre IA (generativa) e educação, outra área tecnológica onde o excessivo otimismo se cruza com a preguiça mental da generalidade das pessoas e o desastre cultural daí advindo começa a tornar-se demasiado evidente, isto é das coisas mais sãs que li e me fizeram refletir, recentemente: "if AI-driven education does nothing more than make students even more reliant on AI, then it’s not education at all. It’s just a vocational education program teaching them how to be of service to AIs. The euphemism for this role is “prompt engineer” which seems to be a way of suggesting that people who feed inputs to AIs are achieving something that should be valorized to the same degree as designing airplanes and building bridges." Note-se que Stephenson não é educador ou expert em IA, é um escritor (excelente, apesar de achar que aos seus últimos livros lhes fazia bem um emagrecimento) de Ficção Científica, muito cerebral e analítico no que toca aos sistemas que regem o mundo. Sistemas de ideias, de economia, de ciência e tecnologia. Só vos posso recomentar ler Cryptonomicon, que consegue transformar em aventuras a colisão de temas como criptografia, II guerra mundial e a noção de finanças descentralizadas (bem antes de se falar de bitcoins ou outras moedas virtuais). Ou, para os mais mainstream entre vós, o lendário Snowcrash, o romance clássico sobre realidade virtual que nos legou o conceito de metaverso. Vale a pena ler Neal Stephenson a falar de educação e IA? Um pormenor cativante deste texto, que sintetiza uma palestra, é que não está cheio de certezas, prognósticos e receitas. Só por isso, merece a leitura. Note-se, também, que não sou negacionista da IA. Não tenho problemas em usar as ferramentas sempre que tal se justifique.
Scientists Are Sneaking Passages Into Research Papers Designed to Trick AI Reviewers: E estamos nisto. Os investigadores automatizam a produção de artigos a metro para revistas científicas (porque as métricas da sua carreira dependem muito da cadência com que produzem artigos), os meios de publicação automatizam a revisão dos artigos. É um erro pensar que este é um problema da IA. Na verdade, este problema da ciência a metro e martelo para encher revistas e amplificar currículos (o chamado publish or perish) já é antigo, advém das inconsistências da academia enquanto sistema económico, gera má ciência, e estas patetices com IA apenas vêm mostrar o quão nu já ia o rei.
Andy Cohen on How He Uses AI: ‘It’s an Incredible Tool. But It’s Going to Make Idiots’: Já com alguns anos de IA Generativa a invadir a nossa sociedade, já se percebeu isto, são ferramentas fantásticas mas a maioria dos seus utilizadores está apenas a querer desenrascar-se de tarefas com um mínimo de esforço possível. A ironia desta entrevista é que quem manifesta este ponto de vista, da IA como meio de acentuar estupidificação de massas, ganha a vida a produzir reality shows para televisão. Ou seja, alguém que enriquece explorando o mercado da estupidificação das massas.
AI Will Never Be Your Kid’s ‘Friend’: Ou, as consequências emocionais de não aprender a lidar com os outros, porque se está habituado à invariabilidade positiva de interações com chatbots especialmente concebidos para nos cativar. Podemos olhar para as consequências destas implementações da IA da forma como o António Rodrigues (CCEMS) aponta como amplificadoras de características do carácter humano, como a tendência para evitar esforços (especialmente intelectuais, neste caso, emocionais). Há aqui outra dimensão, a da rapacidade capitalista que visa maximizar o lucro individual, socializando o lidar com as consequências desastrosas de aplicações de tecnologia. Uns beneficiam, a sociedade paga os custos de resolver os problemas causados pelos que lucraram.
Long Live RSS!: Não é uma tecnologia amada pelos media, porque quem lê em rss, não visita o site, e não gera métricas para publicidade. Mas para quem quer gerir múltiplas fontes de informação, é a melhor tecnologia que existe. Já o disse, e volto a dizer, usar agregador de rss é a melhor ferramenta de que disponho para me manter informado, atualizado e a refletir.
Reports indicate a massive uptick in AI-generated CSAM throughout the internet: Há aqui dois elementos preocupantes. Gerar pornografia infantil não é inócuo, o argumento por vezes utilizado que pode ajudar pedófilos a lidar com a sua doença é falso, porque a exposição ao tipo de material que os estimula vai agravar a sua condição. E, também, a questão da origem dos dados que treinam os modelos geradores. Se um dado modelo gera pornografia infantil virtual, significa que no seu treino foram usadas imagens reais. É abuso, em toda a linha.
The AI Industry Is Radicalizing: É capitalismo elementar, o explorar qualquer nicho que prometa lucro, mesmo que as consequências sociais disso sejam devastadoras.
Everything tech giants will hate about the EU’s new AI rules: Claro que este regulamento europeu é considerado um empecilho, ao procurar implementar proteção dos cidadãos, e proteção da propriedade intelectual. Tudo coisas que não interessam às plataformas de IA.
How Journalism Is Using AI: A visão dos jornalistas sobre usos da IA, de forma clara, crítica, sem deslumbres nem receios infundados.
Attention is All You Need: Há aqui muito que refletir nesta nota. Primeiro, o papel da literacia, do ler e escrever, como pilar essencial da nossa sociedade democrática liberal. Saber ler e escrever, implica também saber estruturar argumentos e procurar meios de reflexão. Algo que está em contradição com a corrente popularidade da cultura online baseada em vídeo, um regresso à oralidade, ao imediatismo e às reações emocionais irrefletidas. Ajuda, e muito, a perceber porque é que sentimos que a realidade e o tecido social se tornaram tão acintosos, com tanta prevalência de desinformação, discurso do ódio e banalidade, um discurso acentuado por uma cultura que se transmite em vídeos curtos nas redes. E agora, o segundo elemento, a adoção dos chatbots, tantas vezes visto como um atalho para criar a ilusão de profundidade, esvaziando a cultura de literacia confundindo o produto com o processo e conteúdos.
Peter Mullen: Mistérios do antigo Egipto.
The Nuclear Club Might Soon Double: Entre os resquícios da guerra fria e a nova desordem mundial em que parecemos estar a cair. Este segundo quartil do século XXI parece ser a era das regressões, da perda de direitos, dos retrocessos nos progressos sociais. E o espectro da proliferação nuclear num mundo em desordem, onde o que vale é a ameaça do pau mais rijo e comprido, está de volta. Os riscos disto são bem conhecidos, as consequências de deslizes, apocalípticas.
Mais barcos no rio Tejo, menos camiões nas estradas: está a nascer o Terminal Fluvial da Castanheira do Ribatejo: Uma proposta intrigante, que volta a tirar partido do Tejo enquanto via de transporte fluvial.
La "portugalización" de Ciudad de México ha encendido las calles: los nómadas digitales ya no son bienvenidos: Portugalização? Sim, leram bem. Lisboa tornou-se um exemplo global do que não fazer para assegurar uma economia urbana sustentável. A política neoliberal de atrair expats com vistos gold, incentivar a airbnbização e turistificação, ou dar benefícios fiscais à especulação imobiliária tem as consequências à vista: uma crise impensável na habitação, com a impossibilidade dos lisboetas viverem na sua cidade. Lá fora, apontam o nosso desastre como exemplo do que está errado em políticas urbanas.
In historic feat, Ukraine's 3rd Brigade captures Russian troops using only drones and robots, military says - "For the first time in history: Russian soldiers surrendered to the 3rd Assault Brigade's ground drones," the statement read.: Sinais de modernidade na guerra.
Damn You All to Hell!: Como criança dos anos 80, percebo este ponto de vista. Vemos a displicência com que a proliferação nuclear começa a alastrar, e ficamos incrédulos, como é possível abordar tão levianamente uma tecnologia militar cujo uso pode levar à nossa extinção. Em parte, o alheamento contemporâneo deve-se à falta de cultura mediática, com a iconografia pop que explorou as consequências das bombas atómicas a ter saído de cena.
What a Nuclear Explosion Looks Like: A terrível beleza dos cogumelos atómicos.
A Teoria dos Jogos e o jogo da guerra no quotidiano: Um olhar para a teoria dos jogos, e a forma como define as decisões geopolíticas.