J.M. DeMatteis, Mark Badger (1986). Greenberg the Vampire. Nova Iorque: Marvel.
Um vampiro diferente. Quando um escritor de livros de terror baratos é mordido por uma vampira, ganha acesso a todo um novo mundo. A vampira torna-se a sua companheira, e o escritor, agora vampiro, descobre-se como uma das criaturas que alimenta o terror. A comunidade vampírica é benigna, e este peripatético personagem é uma curiosa incursão no cosy horror. Há ameaças, entre possessões demoníacas e caçadores de vampiros, mas os vampiros apenas querem viver as suas discretas vidas, sem fazer mal a ninguém. E, no caso do vampiro escritor, evitar as máquinas fotográficas dos fãs. Uma derivação intrigante sobre a iconografia do género.
Alex de Campi, et al (2020). True War Stories. Nova Iorque: Z2 Comics.
As memórias de soldados, entre o humorístico e o traumático. Pequenas vivências e detalhes que humanizam momentos da história do século XX, através das recordações vivas dos combatentes, não as dos famosos, mas as dos anónimos, aqueles de que raramente se fala. Algumas histórias são tocantes, outras assustam. Há um pouco de tudo, entre as recordações das injustiças da guerra, da morte aleatória de amigos, do impacto nas populações civis, ou os traumas de ex-combatentes.
Gerard Way, Chris Weston (2025). Paranoid Gardens. Milwaukie: Dark Horse Comics.
O elevado realismo do traço de Chris Weston cria uma brilhante dissonância nesta história profundamente surreal de Gerard Way. Num lar de terceira idade frequentado por estranhos pacientes, numa casa que parece estar viva, entra uma cuidadora amnésica cujo trabalho a levará a enfrentar os seus traumas. Mas o médico de serviço procura a imortalidade, e estabelece um acordo com uma seita capitalista que se disfarça com máscaras de macacos de desenho animado. Uma brincadeira muito surreal com as tropes dos comics, entre super-heróis adoentados, alienígenas caridosos e cabalas secretas.