Didier Platteau (2023). Tintin C'est l'Aventure: Un Monde Sans Frontières. Genevilliers: GEO/Moulinsart.
Um mergulho divertido, mas superficial, nas relações entre Tintim e a etnogeografia. O livro, profusamente ilustrado, divide-se entre povos, meios de transporte, paisagens e geografias, e o mundo natural, mostrando o cuidado que Hergé punha no fiel retrato dos espaços e gentes dos mundos das aventuras do repórter. Mesmo que esses espaços sejam totalmente ficcionais, Hergé ia buscar elementos do real, recriados com cuidado. O livro revela um pouco da estrutura que sustenta o sucesso das aventuras de Tintim, que são mais do que meras histórias de aventura, transportam-nos a outros mundos, tempos e terras, trazidos com cuidado para as vinhetas, respeitando as suas bases, mesmo dentro dos limites estéticos de uma banda desenhada acessível. Torna-se evidente que o trabalho de Hergé não é tanto o mundo sem fronteiras do sub-título, mas um constante alargar de fronteiras estéticas e narrativas ao longo da evolução do seu personagem mais querido.