quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Akira Vol. 1


Katsuhiro Otomo (2018). Akira Vol. 1. Lisboa: JBC Portugal.

Ofereci-me este livro como prenda de natal, mas resisti a lê-lo na consoada. Achei que deveria esperar por dia 1 de janeiro de 2019 para iniciar a leitura. Afinal, é nessa data que arranca a ação de Akira. É lamentável, bem sei, como fã de FC e cada vez mais apreciador de mangá, nem nunca ter ainda lido o livro o livro ou sequer visto o filme (a segunda explica-se com a minha pouca paciência para ver cinema em ecrãs que não o das salas de cinema). Esta edição portuguesa da JBC, se bem que um bocadinho puxada no preço, veio colmatar essa lacuna no meu espírito de fandom. Esperava iniciar a leitura no primeiro dia do ano, o que não esperava era ler tudo de uma assentada. A culpa é do ritmo alucinante da narrativa escrita e desenhada por Katsuhiro Otomo.

Akira faz jus à fama que tem. É cyberpunk clássico, com o inconfundível estilo futurista do mangá dos anos 80 e 90 a olhar para um hiperurbanizado futuro próximo. Agentes governamentais que ocultam experiências secretas, gangues de motoqueiros e rebeldes que procuram descobrir que segredos o governo oculta cruzam-se de forma explosiva nas ruas de Neo-Tokyo, a cidade que ressurgiu das cinzas da metrópole original, arrasada num conflito atómico mundial. No centro de tudo está o mistério do que poderá ser Akira, para já algo encerrado numa câmara estanque no terreno zero da explosão nuclear, mas que também terá a ver com mutações e drogas indutoras de poderes extraordinários nalguns seres. Este primeiro volume é explosivo, pura ação num brilhante registo gráfico. Agora resta-me aguardar pelos próximos lançamentos da JBC para continuar a história, prometo que me vou manter spoiler free e continuar a ignorar aquele ficheiro mkv intitulado Akira que está a apanhar pó no meu disco rígido.