Massimo Osanna (2021). Pompeia - O Tempo Reencontrado: As Novas Descobertas. Lisboa: Quetzal.
A tragédia que se abateu sobre os habitantes de Pompeia, foi uma fortuna para o património cultural mundial. As cinzas do vulcão travaram no tempo toda uma vibrante cidade, preservando-a para um futuro que foi capaz de a redescobrir. As ruínas preservaram a cidade, os seus vestígios, guardando para o futuro a imagem mais completa do que era a vida numa cidade romana. Da arquitetura à vida quotidiana, e, naquilo que mais me fascina, preservando para o futuro as cores fugazes da pintura romana. Reduzir Pompeia às artes pictóricas é, passe o pleonasmo, redutor, mas é, pessoalmente, o que mais me fascina nas suas descobertas arqueológicas, este vislumbre sobre a pintura romana, que nos ensina que não só viviam num mundo cheio de cor, como os seus pintores conheciam bem as regras da perspetiva, eram exímios no traço e na cor.
Este livro dá-nos uma perspetiva dos mais recentes trabalhos arqueológicos, que têm expandido quer a área a descoberto, quer os riquíssimos vestígios da cidade. Mais do que uma análise científica, este livro é um trabalho de paixão, Osanna mostra o fascínio que sente pela cidade, pela antiguidade romana, pelas maravilhas que cada nova escavação recupera. Como observa, concluindo, "um lugar extraordinário onde é concedido ao passado uma oportunidade de ressurreição".
