terça-feira, 22 de março de 2022

Comics: Sun Bakery: Fresh Collection; On Basilisk Station; Chronophage


Corey Lewis (2017). Sun Bakery: Fresh Collection. Image Comics.

Uma intrigante mistura de influências estéticas, entre a banda desenhada independente, ficção científica, manga e anime, estéticas do digital e videojogos. O resultado é vibrante, cru, um comic cheio de eletricidade e dinamismo. 


Matt Hawkins, Jung-Geun Yoon, Sang-Il Jeung, Linda Šejić (2014). Tales of Honor Volume 1: On Basilisk Station. Image Comics.

Um mergulho visual no universo literário de Honor Harrington, a competente oficial de marinha espacial da série Honorverse de David Weber. Que, em si, segue os preceitos da space opera militarista, adaptando a clássica ficção militar naval para o espaço. Neste primeiro volume, ficamos a conhecer a principal personagem, e descobrimos o início da sua carreira. Singrando pelo mérito e mostrando a sua competência de formas que inquietam os mais poderosos, a oficial é destaca com a nave que comanda para um posto isolado, o tipo de missão que serve para colocar na prateleira elementos incómodos. Esse planeta distante vai, no entanto, ser o foco de uma conspiração que visa criar um casus belli para uma intervenção militar de uma potência agressiva - um regime ditatorial que está apostado em conquistar os planetas livres. 

Matt Hawkins faz o seu habitual excelente trabalho de argumentista, mas o destaque vai para a equipa de ilustradores. Se bem que excessivamente formais no retrato da figura humana, excedem-se no tipo de iconografia que esperamos da space opera - empolgantes batalhas espaciais e naves que enchem o olho.

Tim Seely, Ilias Kyriazis (2022). Chronophage. Humanoids.

Uma aventura de delicioso horror, escrita por Tim Seeley e ilustrada num elegante e dinâmico estilo expressivo por Ilias Kyriazis. Uma mãe solteira, ainda a sonhar com um futuro enquanto estilista mas a ter de sobreviver para pagar as contas, deixa-se seduzir por um homem algo misterioso. Começa a perceber-se que há detalhes da sua vida que desaparecem, ao ponto da própria filha desaparecer sem deixar memórias. O homem é afinal uma espécie de vampiro, que se alimenta não de sangue, mas de momentos e possibilidades na vida das suas vítimas.