terça-feira, 29 de junho de 2021

Comics: Pulp Friction; Horrifikland; Brainiac



Mark Waid, Paul Smith (2014). The Rocketeer / The Spirit: Pulp Friction. IDW Publishing.

Dois heróis cuja marca é o classicismo. Inerente, no caso de The Spirit, por ser uma das mais clássicas personagens dos comics. E intencional, no caso de Rocketeer, uma homenagem do autor Dave Stevens ao estilo clássico dos comics nos anos 40 e 50. Ambos coexistem nesta série assinada por Mark Waid, que faz um trabalho interessante de colisão temática, equilibrando a fidelidade às origens destes personagens. Não é um trabalho muito complexo, porque Stevens seguia de perto as estéticas dos comics clássicos, com forte influência de Eisner. É aqui que esta série ganha força, Waid analisou e replicou o estilo frenético, pontuado por muito humor, das aventuras originais de The Spirit. Esta combinação de dois mundos ficcionais acaba por funcionar bem, numa história que tem um pouco de aventura, um pouco de humor, atropelos amorosos (ambas as personagens têm relações complexas com as mulheres que os acompanham, e Waid tira bom partido disso), e uma pitada de nazis (porque The Rocketeer, claro).

Lewis Trondheim, Alexis Nesme (2019). Horrifikland. Glénat.

Visualmente brilhante. Os clássicos heróis Disney vivem uma aventura com recortes sobrenaturais num parque temático abandonado, dedicado ao terror. O trabalho de ilustração, num registo de comic clássico e gótico, é exuberante, cada vinheta enche o olho e merece ser contemplada atentamente. Está bastante longe do estilo a metro que se espera destas edições.


Geoff Johns, Gary Frank (2009). Superman: Brainiac. DC Comics.

Brainiac sempre foi um dos mais clássicos inimigos do Superhomem, mas na verdade este nunca lutou diretamente com ele, os ataques foram sempre levados a cabo pelos robots criados pelo adversário super inteligente. Até agora. E o confronto entre eles será duro, colocando em questão as capacidades do homem de aço.