terça-feira, 7 de julho de 2020

Fumetti: L'uomo dell'ultima notte; Gli occhi dell'abisso


Claudio Chiaverotti, Michele Rubini (2015) Morgan Lost n. 1: L'uomo dell'ultima notte. Milão: Sergio Bonelli Editore.

Enclausurado pela missão de caçar assassínios em série, Morgan Lost vê-se obrigado a dar caça ao seu pior pesadelo: Lisbeth, a mulher que sempre amou e julgava morta, que agora parece ter regressado como assassina em série. Série de uma estética impecável, de preto e branco entrecortado por vermelho, tem o seu principal ponto de interesse no seu mundo ficcional - uma ucronia entre o atompunk e o dieselpunk, retratado com iconografia a condizer. Este futurismo retro é levemente distópico, uma sociedade onde o design brilhante dos veículos e arquitetura é temperada pelo fascínio pelas façanhas dos assassinos, e governada por uma burocracia. Visualmente muito bom, embora, como seria de esperar, a história em si siga as rotinas do policial procedimental com retoques de cidades utópicas.


Giancarlo Berardi, Luca Vannini (1998). Julia n. 1: Gli occhi dell'abisso.  Milão: Sergio Bonelli Editore.

Clone intencional de Audrey Hepburn no filme Breakfast At Tiffanys, Julia é uma criminologista que, apesar de viver num aparente mundo cor de rosa, com o seu carro descapotável Morgan, casa confortável com um gato a condizer, e uma empregada que é um clone intencional de Whoopy Goldberg (as homenagens cinematográficas da série são muitas), vê-se muitas vezes em apuros por ser interventiva, fazer mais do que se esperava de uma aparentemente frágil académica. Nesta sua primeira aventura, terá de resolver uma série de violentos assassinatos, tentando descobrir quem será o assassino em série. Venia Bonelli ao policial, é uma série que conquistou o público, e está entre aquelas que mais tem marcado o fumetti.