domingo, 21 de julho de 2019

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CENTENÁRIO DE UM GIGANTE: ETCOELHO (6): O BDBD recorda-nos que na sede do Clube Português de Banda Desenhada está patente uma série de exposições temáticas que se foca nalgumas vertentes da obra de Eduardo Coelho, um dos grandes nomes da banda desenhada portuguesa.

Enabling Revolutionary Nondestructive Inspection Capability. Querem aproveitar para fazer parte do próximo desafio da DARPA? A agência de desenvolvimento de tecnologias avançadas está a lançar um novo programa, para o desenvolvimento de tecnologias de imagiologia não invasiva avançada que não danifiquem os objetos observados. O objetivo é levar mais longe as capacidades dos sensores, e diminuir os efeitos nefastos do tipo de radiação usado no tipo de tecnologias de que já dispomos. Vindo da DARPA, as aplicações primordiais estão na área da segurança - pensem em análise de carga em portos, ou scanners corporais em aeroportos. Mas a medicina também poderá beneficiar, este tipo de tecnologias poderá diminuir os riscos de usar o raio X como meio de diagnóstico. O lançamento está feito, e estes desafios da DARPA geralmente trazem resultados. Só não lhe chamam de tricoder.

Desmistificando a teleologia neo-milenarista de Steven Pinker em duas partes: Aviso ao leitor - David Soares, um dos melhores escritores de horror fantástico português, tem uma prosa gongórica e nem sempre acessível. Mas os seus textos são desafiantes, e o seu background em história é perfeito para desmontar os pressupostos falsos em que assenta o ideário de alguns dos gurus da intelectualidade pop da atualidade.


What Can AI Tell Us About Fine Art?: Não surpreende se a resposta for bastante, se a pergunta for feita da maneira certa. Neste projeto, a premissa foi a de usar aquilo que a IA tem de melhor, a sua capacidade de análise estatística e deteção de padrões, para analisar obras de arte e detetar que características as tornam memoráveis ao olhar humano. Note-se, por memorável a investigadora não quis dizer brilhante, de vanguarda ou impressionante, simplesmente soltou o algoritmo em busca das características que nos fazem perdurar uma imagem na memória durante mais tempo. Os resultados são interessantes, e alguns casos contra-intuitivos às nossas conceções estética. O que nos ajuda a perdurar uma imagem artística na memória? Imagens fortes; o tema das imagens, ao invés de combinações de cores; nu artístico (esta, não surpreende ninguém) e imagens abstratas, onde a ausência de conteúdo objetivo é o fator de memoriabilidade. Na imagem, algumas das obras de arte que o algoritmo determinou serem as mais memoráveis. Algumas são grandes obras de arte - se olharem com atenção, estão por lá obras de Whitler e Rubens. Outras, não. Este tipo de estudos mostra a Inteligência Artificial no seu melhor, aplicada para nos ajudar a compreender melhor o que nos torna humanos. E se há algo que parece ser intrinsecamente humano é a capacidade estética e necessidade de expressão e criação artística.

Computers and Video Surveillance: Isto é um pouco observar o óbvio. A capacidade das correntes ferramentas de videovigilância se tornarem fortemente intrusivas e limitarem as nossas liberdades é enorme. Porque videovigilância hoje não é uma câmara isolada a vigiar um local específico. São redes de câmaras, cujas imagens de alta resolução são constantemente analisadas por algoritmos de deteção de padrões de movimento e reconhecimento facial. Sabemos, pelo exemplo chinês, a extensão com que esta tecnologia pode ser usada para repressão da população. É arrepiante pensar que no mundo ocidental as mesmas tecnologias já estão implementadas, e não há quadros legislativos que se debrucem especificamente sobre o seu impacto nos direitos, liberdades e garantias que constituem a base do nosso contrato social.

The World Is a Mess. We Need Fully Automated Luxury Communism: Um apelo em direção a  uma sociedade pós-escassez, que graças à combinação de tecnologia e exploração espacial parece começar a tornar-se possível sem custos ecológicos incomportáveis. O obstáculo? Uma ideologia económica que dita que os recursos e os resultados da sua exploração ficam centrados nas mãos de uma minoria. Levar mais longe o progresso social, económico, tecnológico e ambiental implica que comecemos a encontrar formas de evoluir além do capitalismo.


Take A Look At The Special-Colored F-16 That Celebrates the 800th Anniversary Of Denmark’s Flag: Se Portugal se orgulha de ser o país mais antigo da Europa, a Dinamarca tem a bandeira mais antiga. Comemorou recentemente os seus 800 anos, e a força aérea dinamarquesa aplicou um esquema de cores num dos seus F-16 para comemorar o evento. Diga-se que a aeronave ficou muito bem.

Un método para detectar rostros «retocados con Photoshop» y alertar sobre manipulaciones y fakes: É o jogo do gato e do rato. Na era da imagem digital, detetar se as fotos são reais ou manipuladas é cada vez mais difícil. Esta ferramenta ajuda, mas só se centra na manipulação por edição de imagem e não responde às problemáticas levantadas pela manipulação usando ferramentas de inteligência artificial

Estonia: From AI judges to robot bartenders, is the post-Soviet state the dark horse of digital tech?:  Tive há pouco tempo a oportunidade de ouvir Andres Ääremma, chefe do Departamento de E-Serviços do Ministério da Educação da Estónia, falar da experiência de um país que levou a digitalização a sério. A interação com os serviços públicos é feita de forma totalmente digital, exceto em dois casos: escritura de imóveis ou casamentos, onde ainda se requer a presença dos requerentes numa repartição física. Os seus programas de tecnologia na educação são de topo. Um exemplo de um país que se reinventou, e nos aponta como poderíamos fazer no que toca à virtualização de serviços.


Beyond the Curtain – Sintra: Os autores de um dos mais interessantes livros de banda desenhada editados em Portugal no ano passado detalham um pouco do seu processo criativo, para o portal português de cultura fantástica que divulga o que por cá se faz para o público internacional.

Dogs’ Eyes Have Changed Since Humans Befriended Them: Curiosidades da adaptação via simbiose. Uma das diferenças que distingue os cães dos lobos a partir dos quais evoluíram é o olhar. Os músculos dos olhos dos cães modificaram-se ao longo do tempo para conseguirem fazer aqueles olhares que nos derretem. A musculatura permite expressões faciais complexas. E o processo é simbiótico. A troca de olhares com os cães liberta ocitocina no cérebro de cães e humanos. Empatia, tem bases biológicas profundas.

APOLLO 11 IN REAL TIME: Uma excelente forma de comemorar o aniversário da primeira ida à lua, é seguir a missão como se fosse em tempo real a partir deste site.

Massive 3D Dataset Helps Robots Understand What Things Are: Recordem-se. Inteligência Artificial não é magia nem máquinas que adquirem inteligência. É leitura e identificação de padrões, e isso requer bases de dados massivas. criadas e anotadas por humanos.


Anti-Plastic Bag Activists Have a New Weapon: Shame: A ideia parece boa. Criar sacos de plástico com mensagens que deixam quem os usa supostamente envergonhados. Mas suspeito que o efeito seja o oposto. Pessoalmente, adoraria andar na rua com um destes sacos do VHS video emporium...

Liu Cixin’s War of the Worlds: Um mergulho profundo na obra e personalidade daquele que é o escritor chinês de ficção científica com maior projeção global. Uma projeção merecida, a sua triologia Three Body Problem é excecional. A FC chinesa está em alta, e a chegar cada vez mais aos leitores europeus e americanos. Não está traduzido por cá, claro.

If machines want to make art, will humans understand it?: Um ponto de vista intrigante. A compreensão da arte está interligada com a empatia que sentimos perante o outro ser humano. Com as máquinas, isso não nos é possível. Não nos é possível conceber como é ser uma máquina, tal como apenas conseguimos imaginar como seria ser algo não humano, e não compreender isso verdadeiramente.

The Rise of AI Art—and What It Means for Human Creativity: Por vezes, este tipo de artigos esquece que o melhor que a arte gerada por IA tem a oferecer está na combinação da intuição humana e as estéticas das capacidades de processamento permitidas pela tecnologia. Alguns dos projetos destacados neste artigo são claramente gimmick destinado a atrair a atenção e sem qualquer conteúdo artístico. Outros, experiências válidas e interessantes, que expandem os limites das estéticas.


Why a Computer History Museum Owns a Legendary Teapot: O problema desta imagem é saber se é real, ou um rendering 3D. Adoro esta história da historia da computação gráfica. Nos anos 70, se não me falha a memória para datas, o investigador Mike Newell, então aluno do mítico laboratório de computação gráfica no Utah que criou a primeira digitalização 3D de um carro (essa história fica para outro dia), desenvolveu uma técnica matemática para representar superfícies curvas em modelação tridimensional. Sem inspiração sobre que objeto recriar para testar a metodologia, a esposa sugeriu-lhe o bule do serviço de chá do casal. E assim se fez história da computação. Este ficou conhecido como o bule de chá do Utah e é uma das imagens mais reconhecidas pelos conhecedores do 3D. O modelo perdura como easter egg em filmes, modelo de testes de modelação e animação. O original, de porcelana e não de pixels, foi doado a um museu dedicado à computação.

New hypersonic missiles will have 3-D printed engines: Mais um sinal da manufatura aditiva nas tecnologias de ponta. O projeto de novos mísseis hipersónicos da Raytheon e Northrop Grumman aposta nos motores impressos em 3D para melhorar a eficiência técnica destas armas.

AI deepfakes are now as simple as typing whatever you want your subject to say: Ok, não é assim tão simples, até porque estes algoritmos estão em testes e desenvolvimentos em laboratório. Mas a técnica é intrigante: fazer com que o algoritmo de IA, treinado em expressões faciais e labiais, modifique as palavras de uma imagem vídeo com input em tempo real.

Die. Freeze Body. Store. Revive.: A criogenia é ao mesmo tempo um reflexo daquela atitude perante a mortalidade que nos caracteriza como humanos e do desejo de imortalidade. No passado, enterrámos os nossos mortos em mausoléus elaborados, pirâmides ou sepulturas cheias de objetos. Hoje, apostamos na extensão da vida através da ciência, e congelamo-nos na vaga esperança de, no futuro distante, ressuscitarmos.