domingo, 14 de julho de 2019

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Heavy Metal magazine's 1979 H.P. Lovecraft special: Moebius a ilustrar Lovecraft? Esta, e outros docinhos para os fãs dos mythos, neste post do 70s Sci-Fi Art.

Africa’s Lost Kingdoms: O contraste entre a visão tradicional europeia de África com um continente de selvagens, e a realidade dos diversos reinos, civilizações e unidades políticas que existiram até ao colonialismo.

Ai-Da the robot artist's first exhibition has us asking: What even is art?: Um robot de aspeto humanóide que pinta telas? Apesar do meu gosto, e respeito, pelas experiências de criação de arte usando Inteligência Artificial, robots e algoritmos, pela maneira como isto está montado suspeito de gimmick fácil para atrair atenção, com uma base tecnológica elementar. Um bocadinho como o Sophia, que é essencialmente um boneco animatrónico, e os jornalistas clueless que escrevem artigos sobre ela ser um robot inteligente.

How the world fell in love with manga: O autor do artigo revela surpresa pela forma como o mangá se afirmou como media de relevância cultural. Suspeito que não tenha estado atento aos gostos que os mais jovens evidenciam. Há tempos, em conversa com um dos líderes do Rubberchicken, ele observou que o que via nos alunos dele era o predomínio da cultura japonesa alimentada pelos mangá seinen e shonen. E, nos meus, que são bem mais novos, aparece o mesmo padrão. As novas gerações mostram-se influenciadas pelo Japão, em contraste com os fãs mais maduros do continuum pop Marvel/DC dos comics. São movimentos naturais. Recordo-me quando era adolescente, me sentia frustrado por os comics serem menorizados, enquanto o gosto cultural se focalizava na bande dessiné franco-belga, agora praticamente esquecida por cá. Quanto ao mangá, quer sejam fãs irredutíveis de BD ou comics, deixem-se de paroquialismos e partam à descoberta desta forma nipónica de contar histórias, que tem autores e obras absolutamente geniais.

AMBER LUMP HOLDS SURPRISING 100M-YEAR-OLD CREATURE: Do fascínio do passado profundo, preservado no âmbar.

Twenty-one years of using insect resistant (GM) maize in Spain and Portugal: farm-level economic and environmental contributions: Interessante. O uso de plantações genéticamente modificadas na península ibérica teve dois grandes impactos: melhoria dos rendimentos dos agricultores, devido ao aumento da produção, e diminuição do impacto ambiental, porque estas culturas requerem menos pesticidas dos que as tradicionais. Um bom argumento para usar nas eternas discussões com os naturalistas orgânicos, que não se apercebem que a razão pela qual a humanidade se escapou aos ciclos de fome e escassez de alimentos se deve precisamente àquilo que mais atacam, a agricultura industrial e científica. É essa abundância que lhes permite os recursos para poderem alimentar-se de leite de amêndoas e saladas de bulgur temperadas com especiarias orgânicas. Mais intrigante é o desmontar do impacto ambiental negativo das culturas geneticamente modificadas. Faz sentido. Afinal, estas plantas foram modificadas precisamente para serem mais resistentes a pragas e insetos.

Somebody’s Watching You: The Surveillance of Self-Driving Cars: Não é nenhuma novidade. Os meios digitais trouxeram-nos uma sociedade panopticon embebida nas próprias bases técnicas da tecnologia. Os sensores que comunicam entre si e nos permitem a inteligação digital são perfeitos dispositivos de hipervigilância minuciosa. E no futuro dos veículos autónomos e internet das coisas, esta tendência só irá aumentar.

10 Tourist Sights Around The World On Instagram Versus Reality: Um aviso aos turistas incautos que se guiam nas suas visitas pelas glórias visuais das redes sociais. Aquelas imagens de sonho que perseguem? Dificilmente as vão conseguir. Em vez do silêncio idílico da paisagem de sonho, levam com os empurrões dos magotes de turistas que também vieram em busca daquele momento perfeito que viram nas redes sociais. Aqui, falando como alguém que gosta de fotografia, só posso recomendar que não vão atrás da imagem icónica, e se tiverem paciência, muita paciência, conseguem fazer fotos interessantes mesmo nos locais mais entupidos. Há sempre ângulos que evitam as multidões, ou raros momentos em que os espaços se esvaziam.

Why We Write About This Thing Called the Future: Um ponto de vista intrigante. De onde partiu a nossa saudável obsessão com o futuro? Para este articulista, o Iluminismo, com as suas ideias de progresso social e científico, foi o responsável por nos mudar o ponto de vista, nos levar a imaginar e antecipar futuros possíveis.


Chaohuan: Intrigante. Novas palavras para um novo tempo.

One Day, All of This Will Be Embarrassing: É normal. Depois do entusiasmo com as partilhas em redes sociais e oversharing associado, as normas sociais evoluem. As partilhas não restritas começam a ser mal vistas, e isso nota-se logo na atitude dos mais novos face ao que partilham nas redes.


Embraer’s new EmbraerX eVTOL concept is accessible, autonomous and courteous: Mais um conceito que se junta ao de aeronaves pessoais autónomas. Mas, ao contrário da Airbus, Boeing, Lillium e outras, este projeto da Embraer parece mesmo ser um conceito, e ainda nenhuma aeronave tangível.

Turn-of-the-Century Thinkers Weren’t Sure If Women Could Vote and Be Mothers at the Same Time: São-nos absurdos, hoje, artigos como este que, em 1900, defendia que as mulheres não deviam ter direito ao voto porque já estavam demasiado ocupadas com tarefas domésticas e maternidade, e terem se de preocupar com leis e política seria uma sobrecarga para elas. Pessoalmente, não leio estes artigos com um olhar do tipo olhem só o quanto progredimos. Vejo-o por um outro prisma: dentro de cem anos, quais das nossas normas sociais aceites, pressupostos sobre os quais construímos a nossa visão do mundo, se terão tornado absurdos e obsoletos?


Space Robot Roll Call: Por onde é que andamos no sistema solar? Este gráfico mostra as correntes missões de sondas em missões científicas, quer em órbita ou na superfície de planetas, quer a caminho.


Caption Spotlight (12 Jun 2019): Dune Footprints in Hellas: Para arquivo nas categorias o universo é estranho e isto anda tudo ligado. Esta imagem de uma duna marciana captada pelo Mars Reconnaissance Orbiter faz-me lembrar qualquer coisa. Talvez... to boldly go where no martian has ever gone before?

Tehran’s Desert Ghost Towers look like a Zombie Movie Waiting to Happen: Sintomas de futuros em descarralimento. A confluência da pressão demográfica, especulação financeira e urbanística, e condições reais em terrenos isolados em zonas desérticas dá nisto. Cidades enormes, construídas e equipadas para o futuro, mas sem habitantes. Como templos desertos às ilusões da arquitetura.


The Cold War Bunkers of Albania: Já que falamos em ilusões da arquitetura... sob a ditadura de Enver Hoxha, a Albânia tornou-se um estado isolado e paranóico. Obcecado com o risco de invasões dos antigos aliados soviéticos, ou ocidentais, que nunca aconteceram, o ditador transformou a paisagem do país mandando construir milhares de bunkers, linhas de defesa contra invasores que nunca se deram ao trabalho de aparecer. Estes monumentos à inutilidade são hoje ruínas de cimento em desagregação.

The information arms race can’t be won, but we have to keep fighting: Já tínhamos notado. A informação, ou melhor, a desinformação, é a grande arma deste princípio de século XXI. Fake news, apelo a enviesamentos, trolls digitais, bots, tudo vale para otimizar a desinformação usando os canais digitais.

The Surprising Ways Art Has Advanced Astronomy: As relações surpreendentes entre arte e astronomia. Dois campos que nos legam imagens de tirar o fôlego.