Phantom Living: Ibiza’s ‘Instant City’, 1971: Onde diabos é que o We Are The Mutants vai descobrir estas coisas? Uma visita a um alojamento temporário criado para um congresso de arquitetos com nome cinzentão, mas pelos vistos a puxar muito ao psicadelismo.
Dylan Dog, O Velho que Lê e Até que a Morte Vos Separe - G.Floy: É bom ver que a comunidade de leitores portugueses se está a render a Dylan Dog. Da recensão, saliento que o leitor apreciou muito A Pequena Biblioteca de Babel, aquela que também considero uma das pérolas de Sclavi. É, de resto, no texto da recensão, o único momento em que se percebe que quem a escreveu realmente leu os livros. O texto passa muito tempo a explicar-se sobre a tardia descoberta de Dylan Dog e nada diz em termos críticos sobre as obras. Enfim. Pelo menos, não é mais um site aspirante a críticas literárias que divide os seus textos em foto da capa do livro -> sinopse (decalcada do site da editora) -> opinião (geralmente com o nível crítico de um aluno do ensino básico).
Soviet Visuals: A página da rede social azul dedicada ao estilo retro soviético partilhou ilustrações para uma edição russa de Fahrenheit 451 de Ray Bradbury. São deslumbrantes, capturam na perfeição o modernismo futurista do livro. Tal como Truffaut o fez no seu filme homónimo, mas aqui, a visão é mais elegante, mais longe do frio modernismo neo-brutalista do filme francês. O pormenor surpreendente é descobrir que Bradbury, e este livro que é um hino à literatura, liberdade individual, e das obras mais anti-totalitárias da literatura do século XX, teve uma tradução russa nos tempos do decididamente nada democrático regime soviético.
The Bad Hustle Porn Narrative: Ou, porque é que a narrativa da eterna corrida, do dar sempre o seu melhor, tem custos. Mas Ellis também nos aconselha a procurar outros caminhos: "You, reader, do not have to do it like me. There are more ways of doing art and work than there are flowers under the sun. Pick the one that works for you. Live well and make great things in the method that suits you best. You don’t have to ruin yourself trying to fit into the stated processes of idiots like me who write on the internet to break up their days". Certo, caro Warren Ellis. Mas se temos algo a dizer, se a nossa mente está constantemente em ebulição, e ainda temos os desafios de um emprego exigente a tempo inteiro, conjugados com outros desafios porque, confesso, a vida seria menos interessante sem impressoras 3D nem robots, não há outra hipótese. É carregar na cafeína, teína ou outra substância aditiva de propriedades acelerantes à escolha, fazer o que sentimos que temos a fazer, e esperar que a fatura posterior não seja demasiado pesada.
Gerar monstros (ou será arte?) com Inteligência Artificial para pensar o futuro para lá do sonho: A versão completa do meu primeiro artigo para o Sapo 24, onde por limitação de palavras tive de deixar de parte as reflexões sobre o impacto contemporâneo da Inteligência Artificial, as questões que desperta na Arte, e o completo desconhecimento dos professores e sistema educativo sobre estas questões.
A Brief History of Mars Missions: Uma listagem histórica das missões a Marte.
STRATOLAUNCH AIRCRAFT MAKES 1ST FLIGHT: Quase nem dava por esta, apesar das imagens deste avião gigante andarem por vários feeds. Talvez porque seja um projeto conhecido por quem se interessa por aeronáutica e espaço. Confesso que pensava que já voava. Mas não, o primeiro voo foi esta semana. Tornou-se o maior avião do mundo a voar (pronto, os Antonov AN-225 foram destronados). Mais interessante do que isso, é ter sido concebido e construído pela Scaled Composites. Explica o design pouco convencional da aeronave, que servirá para lançar foguetões a partir da estratoesfera.
TELEVOX: THE PAST’S ROBOT OF THE FUTURE: Talvez a mais divertida novidade desta visita ao Televox, um robot criado em 1927 pela Westinghouse, é que ao contrário do que as fotos retro-futuristas fazem parecer, aquilo era um mecanismo com silhuetas em cartão. E só isso, já era o suficiente para colocar quem o via a sonhar com o futuro.
Digital Terror! How Charlie Adlard Saw Cyberspace in 1993, Via Marvel Unlimited: Que pérola, vinda dos comics dos anos 90. Muito cyberbunk, com toque psicadélico.
Star Wars: The Rise of Skywalker – Teaser: Bem, quanto a isso de ser o fim da saga, tal como anunciado no trailer, vai ser preciso esperar para ver se o filme terá sucesso. Se for um flop, como a recente história do jovem Han Solo, que levou a Disney a perceber que, se calhar, estava a exagerar na forma como decidiu ordenhar o universo Star Wars, termina. Se não, certamente que haverão muitos mais filmes a continuar a saga. Quanto ao filme em si, há que esperar pelo natal para o ver. E eu, que tenho em Star Wars um dos meus prazeres culposos, irei a arrastar-me para o cinema, murmurando star wars não é ficção científica, star wars não é ficção científica, mas sentindo que é impossível ceder à tentação infantil, de aventura e sense of wonder destes filmes. Mas Star Wars não é ficção científica.
O Nosso Futuro, Visto Do Ano De 1996: O futurismo envelhece mal. Deslumbramo-nos com as correntes visões sobre o que nos esperará no futuro próximo. Mas, quando olhamos para as antevisões do passado, parecem-nos algo absurdas. O futuro dos nossos antecessores não se desenrolou da forma esperadas. E isso é um aviso para nós. As formas como imaginamos que a nossa contemporaneidade evolua, não serão aquelas como realmente irá evoluir.
HOW SILICON VALLEY TURNED YOUR BURRITO INTO A CAPITALIST NIGHTMARE: Por cá, talvez não seja tão gravoso, uma vez que não há tanto a tradição de mandar vir comida dos restaurantes. Por outro lado, tornou-se habitual ver nas ruas, às portas de zonas de restauração, magotes de aspirantes a entregadores da Uber Eats, Glovo e outras empresas que lucram à custa da hiper-precarização, explorando nichos de mercados de baixa rentabilidade.
Tracking Phones, Google Is a Dragnet for the Police: Ou, quando o histórico de localizações se torna algo mais sinistro do que a partilha de informações para alimentar as IA da Google. É de notar que os dados privados não são partilhados pela Google com as forças policiais. O que lhes é entregue são dados agregados que lhes permitem traçar padrões de movimento que depois ajudam a indiciar suspeitos. O problema é que este processo não é sempre fiável.