quarta-feira, 15 de maio de 2019
Revividos
Ralph Barby (2011). Revividos. Santa Úrsula: 23 Escalones.
Tudo começa num jantar elegante, num palacete de Viena. Um grupo elegante, mas cheio de tensões interiores, como não podia deixar de ser numa história destas. Casais desavindos, mulheres atraentes, e um homem honrado que se tornará o inevitável herói. Um passeio de avião que se torna um pesadelo, quando são forçados a aterrar num descampado. E aí, o horror começa. As personagens dão por si num local fora do tempo, onde mãos cadavéricas saem de areais e decapitam os homens. Uma bruxa sensual faz a sua aparição, revelando um genocídio esquecido e um deus sanguinário que exige cabeças para fazer regressar os seus seguidores à vida. Ou então, tudo não passa de uma alucinação, induzida pela hipnose de uma governanta louca, perdida em mitos esquecidos.
Não resisti a este livro quando o vi numa visita à Gigamesh. Isto é horror pulp espanhol clássico. Não é especialmente complexo, nem é esse o objetivo. Este livro serve para chocar e intrigar o leitor, numa leitura que se quer rápida e divertida. Isso nota-se na forma como está estruturado, em capítulos curtos que acabam sempre com revelações que deixam o leitor em suspense, e curioso por saber como continua a história. Este é um tipo de literatura de terror clássica pouco sofisticada, assumidamente pulp e a metro, para livros de bolso descartáveis. O formato desta reedição que replica o original parece-me similar ao das nossas coleções clássicas Vampiro e Argonauta. Revividos foi publicado originalmente em 1973, escrito por Ralph Barby, pseudónimo do escritor Rafael Barbarán Rodriguez.