domingo, 28 de abril de 2019

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No, It’s Not Photoshop: This Incredible Photo from The LIMA 19 Airshow is Real!: E se fosse photoshop, não seria grande coisa. Mas é difícil acreditar que um momento destes aconteceu. Na verdade, há aqui alguma distorção perspética advinda do tipo de lente utilizado.

"CONSTRUCTIVIST PEDAGOGY IS LIKE A ZOMBIE THAT REFUSES TO DIE”: Como professor ligado à inovação, especialmente usando tecnologias, e fã das teorias construtivistas e de aprendizagem social, dou por mim a concordar com a visão crítica deste grumpy old man que vai contra as tendências e modas da pedagogia e educação. Mas é destas visões críticas que precisamos, para nos recordar que aprender não é um estado binário, um ligar/desligar, mas uma gama de diferentes situações que se complementam. De facto, sem ter conhecimentos de base, não se pode construir a tal criatividade e sentido crítico que as pedagogias tidas como mais inovadoras se dizem ser excelentes a estimular; quando estamos a introduzir alguém a aprender algo novo, temos de os guiar e iniciar, não esperar que cheguem lá por eles próprios, e nisso, a forma mais eficiente é aquela que é tão criticada, a transmissão tradicional. É especialmente acutilante na forma como critica a visão o professor não precisa de ensinar, os alunos podem ir ao Google onde têm mais informação do que aquela que o professor consegue transmitir. Sim, e como validar a qualidade dessa informação, ou sequer compreendê-la sem bases que sustentem o raciocínio? Mas é de notar que esta visão crítica não é uma defesa do regresso ao ensino puramente instrucional do passado. Fala mais da importância das neurociências, da forma como hoje conhecemos o cérebro e a suas funções, e o seu papel na pedagogia. E sublinha o papel de metodologias mistas, que partem da instrução elementar para construção de conhecimento em trabalho autónomo. Na verdade, qualquer professor competente e com sentido crítico sabe que é mesmo assim, que aplicar como zelota uma visão única sobre aprendizagem não só não é eficaz como é contraproducente. E inovar não implica rejeitar o que está para trás e se sabe que funciona (menos nos contextos da flexibilidade curricular, onde ter a ousadia de falar nisto é heresia de lesa-majestade, ou melhor, lesa-senhor-secretário de estado) (e só o ouvir a defesa destas vertentes porque é como o senhor secretário de estado diz já devia fazer piscar todos os alarmes de sentido crítico na mente dos professores, mas não é isso que vejo sempre que me cruzo com os impulsionadores da flexibilidade, é até o contrário - um zelo da defesa da sua forma de trabalhar, uma certeza inabalável que aquela é a forma certa e única de fazer as coisas, um desprezo implícito por aqueles que não trabalham da mesma forma, como se fossem piores profissionais).

Pilot Wearing “Maverick” Helmet Flew Through The Star Wars Canyon During “Top Gun” Sequel Filming: Ok, confesso, Top Gun é um dos meus prazeres culposos. Não pela história, que é uma treta sacarina romantico-militarista, essencialmente um longo discurso de recrutamento. Mas pelas cenas aéreas, que ainda hoje continuam a ser do melhor que já se fez em cinema. Só conheço outro filme que o suplanta na forma como retrata a poética destas aeronaves em voo (ok, isto é mesmo coisa de geek da aviação): Les Chevaliers du Ciel, um filme francês com argumento tão pateta quanto o clássico dos anos 80, mas com uma fotografia aérea deslumbrante.


The Unexpected Relevance of Medieval Monsters: Uma visita aos monstros medievais, criaturas míticas que estimulavam a imaginação e que, em muitos casos, apenas traduziam interpretações sobre animais reais mas ainda não conhecidos.

A Analfabeta: Um insight intrigante sobre formatações culturais, enviesamentos, e alterações comportamentais induzidas pela exposição a artefatos culturais que normalizam comportamentos: "dou por mim a pensar em Portugal em 2019, e nas salas de cinema espalhadas pelas dezenas de shoppings nacionais, e em 99% dos ecrãs em que passam apenas filmes em inglês, professando, doutrinando tal qual Estaline fez, os hábitos e comportamentos dos portugueses com os valores dos EUA. E ligo o rádio, onde quem canta continua a fazê-lo em inglês, para depois ligar a televisão e abrir o Netflix, e continuar a ouvir inglês, e a ser invadido por problemas culturais que não são os meus, mas é como se fossem. E quando falo com as pessoas próximas, e recomendo um filme europeu, dizem-me, "não, obrigado, não gosto de ver cinema que não seja falado em inglês"! Agota passou a sua infância com uma fotografia a cores de Estaline no bolso, e nós?" O cerne da questão não está na propaganda estalinista vs, cultura ocidental, mas na forma como, sem nos apercebermos, as nossas culturas individuais se esbatem perante uma influência cultural normalizadora vinda do exterior. Passamos a identificar-nos e a interiorizar estilos, ideias, que não são nossas, vieram de fontes e culturas externas, modificando no processo o nosso próprio substrato cultural.

Un paseo matemático por la Alhambra: cuando el arte se basa en los números: A intricada arquitetura mourisca do Alhambra, em Granada, é mais do que um vestígio da ibéria islâmica. É um mostruário de matemática aplicada à abstração artística. Padrões geométricos, pavimentações, proporções douradas. O que causa deleite ao olhar tem bases muito rigorosas.

The Underground Railroad of North Korea: Um relato por vezes arrepiante da dificuldade de retirar cidadãos norte-coreanos de um país sufocante.

Codecademy vs. The BBC Micro: Uma interessante história do BBC Micro, o primeiro projeto dedicado a estimular competências de computação para crianças e outros públicos generalizados. Com uma curiosa comparação com alguns dos muitos programas de hoje, que prometem muito no sentido de aprender a programar, mas que, segundo o autor, estão demasiado focados no aprender de síntaxes específicas e não no compreender mesmo o que é a computação. Por outro lado, digo eu, mero prof de TIC ligado a estas questões, há que começar por algum lado. Apesar de concordar com o ponto de vista. De facto, muitas das abordagens à programação e computação para crianças estão demasiado focadas nos aspetos visivelmente externos, do que na compreensão mais profunda.

Organisms Survived on the Outside of the Space Station: No espaço, ninguém consegue ouvir os nossos gritos... mas, aparentemente, se se for um microorganismo. o horror negro do vácuo orbital não é nenhum empecilho à vida.

Microsoft closes its e-book store (updated): Porque é que isto é relevante? Não pelo comentário ao mercado dos livros elétronicos. Ao decidir encerrar a sua experiência de venda de e-books, a Microsoft decidiu eliminar todos os livros comprados pelos clientes. Comparação possível: imaginem que a Bertrand encerrava atividade, e ia a casa de todos os seus clientes ir buscar os livros que lhes tinha vendido.

How Japan’s new imperial era broke the internet in a very tiny way: Sempre que o Japão muda de imperador, cria um novo termo para designar a era, e isso implica um novo caratere específico. Sendo a primeira vez que isto acontece na era digital, o padrão Unicode ainda não tem codificação para os carateres que designam a nova era Reiwa.


La gigantesca ilusión óptica para conmemorar los 30 años de la Pirámide del Museo del Louvre: Tenho visto esta imagem a circular por aí, mas não lhe tinha dado importância, pensava que era mais uma brincadeira com edição de imagem e ilusões de ótica.

Le 10 migliori storie di Dylan Dog scritte da Tiziano Sclavi: Escrito por Tiziano Sclavi, Dylan Dog é divinal. Esta lista de dez melhores aventuras do old boy escritas pelo seu criador acerta em cheio nalgumas que são as minhas escolhas incontornáveis, as histórias que me fizeram apaixonar-me pelo personagem. A erudição de Atrraverso Lo Specchio, a solidão de Memorie Dall'Invisible, o surrealismo de Golconda, e, claro, L'Alba dei Morti Viventi, a faísca onde se iniciaram as aventuras do indagatore dell'incubo.

Lua. 50 anos depois, o sonho continua vivo: Depois do Sapo, o Bit2Geeek republica o artigo onde Joana Neto Lima nos recorda que o sonho de ir à lua pode ter-se desvanecido, mas nunca desapareceu.

El Asombroso Spiderman: El peligro de las drogas: Pedro Cleto recorda, a partir de uma edição espanhola, um trabalho de Stan Lee onde o seu personagem clássico foi utilizado como meio de sensibilização para as problemáticas da toxicodependência.


The Strange Beauty of Salt Mines: A paisagem, reduzida a abstrações, e os mundos subterrâneos fascinantes cavados pelo homem.

Ghost World: Como é viver numa distopia Cyberpunk. Hipervigilância, reconhecimento facial, inteligência artificia, tudo armas usadas pelo governo chinês para infernizar a vida à minoria Uigur. Um texto brilhante, e arrepiante, sobre a extensão da vigilância tecnológica.

The Colors of Our Dreams: As histórias da história de uma cor, na recensão à reedição americana de Azul de Michel Pastoreau.

3D printed rocket maker Relativity signs contract with Telesat for launching LEO constellation: Confesso que apesar do meu entusiasmo sobre Impressão 3D e espaço, fiquei reticente sobre as reais capacidades da Relativity Space. No entanto, uma notícia destas reforça o potencial da tecnologia de manufatura aditiva na indústria aeroespacial. As empresas dedicadas aos satélites não são conhecidas por fazerem investimentos em tecnologias cujo potencial não é certo.

Counting the Many Ways the International Space Station Benefits Humanity: Ah, mas contar isso é muito simples. Basta dizer while true: awesome. Mas compreende-se que para o resto da humanidade, faz jeito pensar em utilidades mais tangíveis do que a awesomeness da exploração espacial. O que explica o livro, embora em boa forma da nasa, seja um PDF na era do html e epub...