After the Gold Rush: A descoberta de um acervo perdido de filmes dos primórdios do cinema torna-se o ponto de partida para conhecer os destinos de uma antiga boomtown da corrida ao ouro canadiano no final do século XIX.
Look up from your screen: Artigo estritamente no shit. sherlock, apontando que a tendência de incentivar a educação através da mediação por ecrãs (com apps, cursos online e outras aplicações) esquece que a aprendizagem não se resume ao mero treino e memorização de factos. Aprendizagens ricas são envolventes, com as mãos na massa, estimulam a criatividade e sim, os ecrãs são uma importante ferramenta nestes contextos. O erro está em usá-los para dar uma roupagem de inovação a esse cadáver, fedorento mas que ainda mexe, dos métodos tradicionais de ensino.
The Cognitive Biases Tricking Your Brain: Enviesamentos cognitivos que nos afetam nas decisões que tomamos.
The rise and fall of Pixel QI – How it shaped the e-reader revolution: Há alguns anos atrás, a Pixel Qi desenvolveu um verdadeiro graal dos ecrãs, com um dispositivo de baixo consumo elétrico capaz de ser bem visível sob luz solar direta. Qualquer um que tenha que andar à luta com as definições de luminosidade do telemóvel na rua, ao sol, onde os ecrãs se tornam praticamente impercetíveis, percebe a vantagem deste tipo de tecnologia. No entanto, não foram bem sucedidos, em parte por um focar do investimento na área militar, combinado com a perda da fábrica chinesa que manufaturava os ecrãs, mas não em quantidade suficiente para lhes ser rentável. O legado da Pixel Qi, um ofshoot do projeto OLPC, ainda se faz sentir nos ecrãs e-Ink. Apesar de usarem tecnologias diferentes, a concorrência direta da Pixel Qi obrigou a e-Ink a melhorar os seus ecrãs, tornando-os mais nítidos e com melhores resoluções. Se alguma coisa aprendi nestes anos de leitura digital, é que o formato mais adequado para a concentração e não sobrecarga ocular é o do ecrã de e-Ink. Vê-se perfeitamente com luz natural, não depende de retro-iluminação, as baterias duram semanas, e o ser um dispositivo dedicado garante baixo nível de distração. Ler num tablet é mais desconfortável e cansativo.
Tech’s Fractal Irresponsibility Problem: Avolumam-se os casos em que a atitude move fast and break things das indústrias da tecnologia deixam mais destroços do que real inovação. Entre o AirBNB a contribuir para a desertificação das cidades a todas as formas como as redes sociais são cooptadas para disseminar informação falsa e manipular opiniões.
The Information War Is On. Are We Ready For It?: Não, não estamos. Enquanto a larga maioria dos utilizadores de redes sociais acreditar piamente que todas as notícias vindas de sites manifestamente fake e memes abrasivos que reforçam enviesamentos cognitivos são a mais pura verdade, não só não estamos prontos para combater guerras informacionais como já estamos derrotados. Podemos perorar sobre o papel dos algoritmos, políticos e organizações com interesses sombrios, ou dos deveres das redes sociais, mas o verdadeiro problema está nos utilizadores, que aceitam alegremente os estreitos limites das suas falsas bolhas de informação. Hey, recordam-se dos tempos em que o conceito de informação personalizada, o usar meios digitais para filtrar a informação considerada pertinente para o utilizador, era visto como um desenvolvimento positivo? Sempre que nas redes sociais vejo amigos com formação superior a partilhar alegremente memes raciscas e fascistas, ou alinhar nas fake news das máquinas de propaganda partidária, penso logo que yep, a coisa correu mesmo bem.
*Enjoy Websurfing: Yep, essencialmente é assim que vemos a esmagadora maioria das páginas de internet.
See over 300 artworks in the Uffizi without going to Italy: Mais um exemplo do potencial das tecnologias 3D na partilha de informação cultural e artística. Desta vez é a Uffizi que partilha digitalizações de parte do seu enorme acervo.
Entering the Gray Zone: O livro de James Bridle começa a levantar ondas.
Before They Were Called Automobiles, Cars Had a Lot of Terrible Names: Um divertido recordar dos nomes que se davam aos automóveis antes do termo "automóvel" se ter tornado norma.
Scott McCloud, professor ou criador: A partir de uma crítica a The Sculptor de Scott McCloud, parte-se para uma reflexão muito pertinente sobre os atos de criar e ensinar.
Britain’s New Spy Planes Are Practically Spacecraft: Uma plataforma aérea de vigilância capaz de voar durante dias, na estratoesfera.
Augmented reality software shows where pipes and other underground structures are: Um intrigante uso de realidade aumentada no urbanismo, permitindo ver as infraestruturas de gás, eletricidade, água, esgotos e comunicações que se ocultam sob o solo urbano.
You Can Learn Everything Online Except for the Things You Can't: Poderia ser um excelente artigo sobre as elevadas taxas de insucesso nos moocs ou o lado social da aprendizagem e partilha de ideias, mas fica-se pelo conceito de universidade como experiência social, de amizades e descoberta pessoal. Argumento legítimo, mas não responde à questão de porque é que a aprendizagem meramente online é redutora.
Google, you auto-complete me: O crescente uso de inteligência artificial na predição e sugestão dos nossos comportamentos levanta a questão: serão os algoritmos assim tão capazes de predizer o que queremos fazer, com base na análise de dados de padrões de comportamento, ou seremos nós a adaptar os nossos comportamentos às sugestões dos algoritmos: "At what point does Google’s power of suggestion grow so strong that it’s not about how well its services anticipate what we want, but how much we’ve internalized their recommendations—and think of them as our own? Most of the conversation around artificial intelligence today is focused on what happens when robots think like humans. Perhaps we should be just as concerned about humans thinking like robots".
Don’t Let TripAdvisor Kill Adventure: Numa era onde todos partilham as suas dicas sobre os melhores locais a explorar quando em viagem, onde fica o espaço para o acaso, a descoberta, aqueles inesperados que fazem valer a viagem?
BDpress #489 – APATIA texto de João Ramalho Santos no JL: Uma análise ao recente lançamento de Afirma Pereira pela Levoir, adaptação de Pierre Gomont do romance de Antonio Tabucchi. Livro que está na minha lista de leituras futuras.
The Beauty of Books: Journey Through The World’s Most Ornate Libraries: Bibliotecas clássicas, lugares de sonho e desejo para os bibliómanos e bibliófagos.
Atlantis, Aliens, and Time Warps: The Enduring Mystery of the Bermuda Triangle: Na era do gps, começa a ser ridículo acreditar nas histórias de desaparecimentos misteriosos naquela que é uma das zonas do planeta com mais tráfego marítimo. E, no entanto, o mito perdura. Porque gostamso de mitos e do sentido do mistério, mesmo que a nossa mente racional olhe para as evidências e mostre a falsidade das crenças.
Leonardo the Enigma: Do fascínio com uma personalidade que nos acompanha desde o renascimento.
Apresentação da Colecção 25 Anos Vertigo: João Lameiras apresenta a nova coleção da Levoir, dedicada à Vertigo. Uma coleção com propostas muito interessantes.
Rachel Maclean: my month in hell as the Bullring bunny: Uma residência artística no nada idílico espaço de um centro comercial revela-se uma experiência traumática para uma artista cujo trabalho está entre a sátira e o fascínio com os detritos da cultura comercial.
We Are Merging With Robots. That’s a Good Thing.: Sem nos apercebermos, e longe das visões de mesclagem homem-máquina da FC, estamos a tornar-nos cyborgs, cada vez mais interdependentes de mecanismos e algoritmos no nosso dia a dia. Algo que levanta questões e desafios, especificamente ao nível da igualdade e da manutenção do nosso humanismo face à tentação de ceder decisões a algoritmos.
There Will Never Be an Age of Artificial Intimacy: Sherry Turkle reflete sobre o real significado do valor que damos aos robots. Preferimos máquinas que simulam emoções ao real, porque nos sentimos confortáveis e protegidos. Um robot não nos parte o coração, desilude ou entristece. Temer o contacto com o outro, ter medo de interagir de forma humanista, é o grande impulso sobre o fascínio com o potencial dos robots de companhia.
"As Espantosas Aventuras de Kavalier & Clay" de Michael Chabon: Um livro que é uma ode ao amor pelos comics.
Seis drones – Novas histórias do ano 2045 – António Ladeira: Devo dizer que fiquei muito curioso sobre estes contos do que, pela recensão da Cristina Alves, me parecem ser de pura FC.
Reading Horror Can Arm Us Against A Horrifying World: O melhor deste ensaio: o notar que, ao contrário dos horrores da vida real, as histórias de horror têm sempre um ponto final.
Photos of Abandoned Russia: Estética da decrepitude nos espaços vastos da rússia pós-soviética.
There Is No Tech Solution to Deepfakes: O surgir desta tecnologia de transferência de imagem coloca um ponto final no consenso sobre a validade dos media. Passa a ser impossível ter a certeza da veracidade das declarações filmadas. Propaganda através do enviesamento de reportagens não é nada de novo, é até muito comum no corrente ambiente da comunicação social (basta ver a forma como determinados telejornais por cá alinham e enviesam notícias para comunicar pontos de vista e não fatos). O que as técnicas deepfake trazem é a indetetabilidade. Não há sentido crítico ou literacia dos media que nos prepare para isto.
Highlighting photo cliches on Instagram: Delicioso e absurdo comentário sobre a estética dos influenciadores das redes sociais, através de um bot que colige fotos de iconografias similares vindas de diferentes contas. Coloca a nu a repetitividade da estética influencer no instagram.
The end of Sharknado: saying goodbye to the silliest movie franchise ever: Adeuzinho, e não voltes. Sharknado resume tudo o que está mal no único canal televisivo dedicado à FC: filmes e série abaixo de série B, com premissas ridículas e maus efeitos especiais, acenos progressivos à fantasia, e desinvestimento total na ficção científica. Um Sharknado até era interessante, como ironia auto-reflexiva que não se levava a sério, mas para não variar, foi explorado para lá da exaustão.
Marvel to Celebrate 80th Birthday with ‘Decades’ Best-of Collections: Quem diria, a Marvel, octogenária. Desta nova coleção, vou guardar espaço na biblioteca ao volume dedicado aos monstros dos anos 70.
Learn the Story Of The SR-71 Blackbird, America's Most Bad Ass Spy Plane: A história de uma aeronave única, ímpar na história da aviação e da tecnologia.
A Visit to Tuvalu, Surrounded by the Rising Pacific: Este local idílico está na linha da frente dos efeitos catastróficos das alterações climáticas. Os atóis paradisíacos que formam o arquipélago de Tuvalu, no Pacífico Sul, estão sob ameaça crescente da subida do nível das águas do mar. Uma nação que se prevê estar, dentro de alguns anos, submersa.
Gutenberg’s Revenge: No meio do dilúvio digital, que veio desmaterializar a forma como consumimos cultura, um meio parece curiosamente imune à digitalização: o bom e velho livro, cujas vendas como objeto físico se mantém a crescer, sem efeitos aparentes da concorrência do livro digital. Há várias razões para este fator, entre a facilidade de uso de um livro face ás versões digitais, ao gosto pelo folhear e pelo objeto físico, bem como o poder mostrar uma boa biblioteca. Entretanto, o resto - cinema, música, televisão, imprensa, migrou definitivamente para os meios digitais.
New Horizons may have detected hydrogen wall at solar system’s edge: Depois das sondas Voyager nos terem transmitido os primeiros indícios da fronteira do sistema solar, é a New Horizons que deteta os limites do nosso recanto no universo.
The World Economic Forum warns that AI may destabilize the financial system: Se os guardiões da ordem neoliberal temem a IA, só pode ser coisa boa, certo? Há um certo ar de ameaça a pairar sobre as instituições financeiras tradicionais com os novos serviços possibilitados pelas ferramentas de IA. Mas há pior, o risco de instabilidade financeira permanente com o trading algorítmico capaz de intensificar flash crashes, quedas abruptas das bolsas financeiras que acontecem em milisegundos. Um sistema financeiro desregulado já nos conduziu ao abismo da crise económica, e esta combinação entre regulação laissez faire e algoritmos opacos de transações financeiras amplia e muito os perigos de colapsos finaceiros, com consequências devastadoras na sociedade global.
Finding nostalgia in the pixelated video games of decades past: Uma análise da nostalgia inerente ao retrogaming, sustentada por estudos psicológicos que encontram correlação entre nostalgia e o consumo de jogos de computador antigos.
After the bullets, the brushes: how the First World War transformed art: O fascínio modernista com a máquina colapsou no sangue derramado nas trincheiras. A I Guerra como ponto de viragem na arte moderna, onde a violência do combate manchou a promessa do então novo século XX.
Children Are Easily Peer Pressured by Robots, Study Finds: O tipo de investigação não é novo, esta análise sobre os efeitos da pressão social nas opiniões e decisões que explicitamos publicamente. O intrigante é este tipo de estudo ter sido feito com robots, e as crianças se terem submetido à pressão grupal mesmo com robots. Os perigos disto? A robótica de companhia é um mercado crescente, e a programação de um robot não é um ato neutro, reflete os objetivos de quem os constrói e comercializa. Aquele brinquedo robótico que compramos para as crianças pode estar a fazer mais do que diverti-los, pode estar a inculcar-lhes valores de forma subreptícia.
The Soviets May Have Once Built a Secret Nuclear-Powered Land-Submarine to Attack America: Arquivar em ideias que soam tão exageradas que provavelmente são falsas, mas demasiado divertidas para descartar. Máquinas tuneladoras capazes de funcionar como submarinos subterrâneos? Isto faz os haunebus parecerem triviais.