quarta-feira, 13 de abril de 2016
Sem ninguém
É curioso notar que artifícios narrativos de ficções juvenis do passado são preocupações contemporâneas estudadas em termos éticos, económicos ou técnicos. Entre aqueles que antevêem o fim dos empregos, com a mão de obra humana a ser substituída por automatismos, e os que temem drones autónomos nos campos de batalha, há todo um novo discurso de deslumbre misturado com temor sobre as consequências e impactos da robótica na sociedade. Aquilo que nos anos 50 eram sonhos e possibilidades a longo prazo, são hoje tecnologias de ponta, em evolução contínua, já utilizadas nos sistemas com que interagimos do dia a dia.
Temores à parte, os robots não se desenham e constroem a si próprios. São concebidos, programados, construídos e desenvolvidos por nós, humanos, em resposta a problemáticas e desafios, fazendo evoluir o conhecimento e as tecnologias.
A imagem sai da edição fac-similada do Jornal do Cuto, trazida com a revista Visão, que faz regressar uma esquecida aventura de Flash Gordon aos leitores.