sexta-feira, 29 de maio de 2015

Dylan Dog: Terrore ad Alta Quota; Il Museo del Crimine.


Giovanni Di Gregorio, Daniele Bigliardo (2012). Dylan Dog #304: Terrore ad Alta Quota. Milão: Sergio Bonnelli Editore S.p.A..

Esta história corre depressa para um beco sem saída de narrativa. Estimulado por uma namorada que é hospedeira de voo, Dylan Dog decide confrontar o seu medo de voar numa sessão terapêutica em que pessoas com fobia aos aviões embarcam num devidamente estacionado num hangar. O pânico começa quando, aparentemente e sem qualquer piloto, o avião descola e os pacientes começam a morrer, um por um, de morte violenta. Poderia haver aqui elementos ao estilo Twilight Zone (e não deixa de haver uma citação a um dos episódios mais clássicos da série), mas depois de todo o crescendo de suspense o horror revela-se um banal monstro que se alimenta de fobias. Um monstro que parece ter sido criado, no que toca ao aspecto visual, por um miúdo de cinco anos. Estão a ver o estilo. Focinho animalesco, grandes orelhas, dentes afiados e braços musculados. E dá-se ao trabalho de se justificar perante Dylan. Como série, Dylan Dog tem bons e maus momentos. Este, claramente, não é dos bons.


Giovanni Gualdoni, Nicola Mari (2012). Dylan Dog #305: Il Museo del Crimine. Milão: Sergio Bonnelli Editore S.p.A..

Um volteio ao clássico museu de cera. Dylan é levado por uma namorada criminóloga a conhecer um museu dedicado aos crimes horrendos, espaço grand-guignol onde Dylan se descobre no passado como vítima de alguns dos mais macabros crímes da história recente. Poderia ser uma boa aventura do Old Boy, com toques de delírio no museu dos horrores, mas o argumentista tinha de meter a namorada como uma serial killer que se quer vingar do próprio Dylan Dog. A ilustração, com um impressionante toque gótico expressionista, salva este volume.