quinta-feira, 7 de maio de 2015
Around and around
Hoje, a iniciar a sessão sobre literatura de Ficção Científica no Centro de Recursos Poeta José Fanha. Boa sessão, a despertar uma turma que conheço desde o quinto ano para o espaço de ideias da FC. Acabámos de livros na mão a discutir ideias como inteligência colectiva, terraformação, cyborgs, automação e mais uma mão cheia de ideias estranhas mas actuais e bleeding edge da tecnologia. Acho que só um aluno adormeceu.
Elegi o robot do Tinkerplay impresso em 3D como uma espécie de mascote nestes eventos. A ideia surgiu no 6.º CIPCA e irá continuar. Por onde iremos andar a seguir?
Ontem, no festival Livros a Oeste. Uma sessão que poderia ter corrido melhor. Por razões alheias quer à organização, quer ao festival que me pareceu fantástico, quer aos que estiveram presentes, estive a meio gás, e acabei com grande esforço. Se pudesse não ter ido, não iria. Fui para lá de coração nas mãos, e saí de lá vazio, por uma razão forte que me é alheia mas abalou profundamente. O futuro é imprevisível, e as piores notícias por vezes escolhem aqueles que tudo apontaria serem os melhores momentos. Apesar de tudo trago de lá uma boa memória. A amargura vem de uma perda muito pessoal. E espero não ter deixado uma má impressão. É frustrante, depois de tanta preparação, sentir que se falha, mesmo sabendo que há coisas que não podemos controlar. Como o curso natural da vida, que tem de ter o seu ponto final nalgum momento.
Mas os caminhos não terminam e fica a pergunta: onde é que o robot impresso irá aparecer a seguir? Não sei. Confesso que os projectos e responsabilidades dentro da escola são muitos e sinto alguma fadiga a pesar no corpo. Sei que não irá ficar confinado à prateleira, junto do foguetão que Hergé criou para Tintin e dos livros de Arthur C. Clarke e PK Dick. Podia pô-lo ao lado do Asimov, mas a ironia seria demasiado óbvia.