terça-feira, 9 de abril de 2013

Comics: Half Dead, Biggles: Spitfire Parade


Barb Lien-Cooper, Park Cooper, Jimmy Bott (2007). Half Dead. Nova Iorque: Marvel.

Mais uma estaca enfiada no estafado sub-género vampírico. Desta vez passa-se em Londres, envolve uma agência policial secreta de defesa governamental e vampiros vingativos. O enredo anda às voltas com sobreviventes de um ataque biológico provocado por vampiros nos subterrâneos do metro londrino. Os personagens unidimensionais incluem um general fleumático que sobrevive a um ataque graças à decapitação enquanto técnica cirúrgica, uma cientista que tenta redimir algumas criaturas da noite, o seu ex-marido, semi-vampiro salvo pelos esforços da cientista, e uma sobrevivente do massacre bioterrorista que apesar de vampira é cooptada pela agência para defender a humanidade. Half Dead tem alguns conceitos interessantes, mas um argumento simplista e a ilustração tarefeira destroem qualquer ponto de interesse. Mais uma marca de banalização do género, embora diga-se com justiça que expostos ao sol estes vampiros ardem como deve de ser e não se ficam por brilhos efeminados.


Francis Bergèse (2008). Spitfire Parade. Ashford: Cinebook.

O Biggles original foi um personagem do escritor W. E. Johnson que encantou gerações de jovens ingleses com as suas aventuras nos céus da I e II guerra mundial em noventa e seis livros. Este Spitfire Parade adapta o romance do mesmo nome e centra-se nas aventuras de um esquadrão muito especial de pilotos de aeronaves Spitfire. Constituído por descontentes, excêntricos e inadaptados vão dando sob a liderança de Biggles provas de coragem e destreza em combate. É uma leitura leve, encadeamento de pequenas histórias cheias de aventura que funcionam como boa desculpa para empolgantes vinhetas que retratam aeronaves icónicas em voo e combate que se distinguem pelo uso inventivo de perspectiva e pontos de vista. São estas sequências que dão interesse a um livro essencialmente banal.