quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Olho omnipresente


Um símbolo ancião, que traça a origem à antiguidade clássica, foi apropriado pelo catolicismo mas ficou irremediavelmente ligado à maçonaria. O notável é surgir num quadro apoteótico sobre a virgem Maria onde este anjo destoa do tom subserviente dos restantes. Não adora, lê, compenetrado, as palavras de um livro sobre o qual flutua um olho da providência. Como interpretar? O olho que tudo vê do hórus egípcio? O olhar omnipresente de deus, a contemplar o anjo transviado que dá mais importância à palavra do que à adoração icónica? Ou será o olhar iluminado da razão a imiscuir-se na cegueira religiosa?