terça-feira, 2 de janeiro de 2007

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Hoje decretei o dia como de descanso total. É de aproveitar. Amanhã regresso à escola, amanhã mergulho em força no trabalho e em todos os projectos que me propus para este segundo período. Para além das actividades previstas, vou tentar embarcar em parcerias com escolas de outros países europeus através da plataforma eTwinning (que convido os meus colegas professores a explorarem, está mais do que na hora de levar a sala de aula à dimensão europeia), e arriscar uma alteração na habitual paisagem àrida de Àrea de Projecto e Estudo Acompanhado com experiências na àrea das TIC (mesclando o trabalho mais artístico). Estou um bocadinho farto de trabalhos de pesquisa inconsequentes ou fichas de trabalho de treino de atenção/concentração. Os resultados do trabalho clássico são sempre seguros, mas a evolução é pouca. Está na hora de atacar as competências de que os alunos realmente necessitam para o futuro; não as teorizações rarefeitas dos programas ministeriais, mas sim conhecimentos efectivos que lhes permitam evoluir.

(Eu sei que pareço extremamente convencido com estas palavras, ao estilo one man's army, mas a coisa é mais simples do que parece.)

No fundo, vou tentar estender e formalizar as experiências que já faço com os alunos ao introduzir-lhes o photoshop, a animação em stop-motion, o processamento de texto e, no caso de alguns raros alunos mais dotados, a simples modelação 3D permitida pelo Bryce (que no 3D é mesmo o limite dos meus parcos conhecimentos, embora quem me rodeie pense o contrário. E agora sim, aqui fui convencido.)

Mas isso fica para amanhã e depois. Reuniões de pais, direcção de turma, aulas, actividades, projectos, desenhos do dia, toda a maravilhosa lufa-lufa do dia a dia de que tanto nos queixamos mas de que no fundo tanto gostamos, fica para amanhã. por hoje, dedico-me aos prazeres do sofá e de leituras entrecortadas de comics do HellBoy de Mike Mignola, e da monumental space opera que é o Pandora's Star de Peter F. Hamilton.

O descanso não se estende ao meu velho desktop, que anda desde as dez da manhã a renderizar uma das minhas experiências abstractas no bryce na maior resolução possível... e nem a meio do trabalho vai.