sábado, 15 de abril de 2006
O Predador e a Presa
Já nada é como dantes. O feroz cão, caçador inveterado, agora deita-se ao lado a presa, cansado depois de brincar alegremente. O coelho (ou coelha, ainda não atribuímos papeis sociais ao animal) tem sido um elemento fucral para a terapia da cadela. Enquanto corre e brinca com o coelho, a cadela mexe as patas, combatendo as sequelas da operação à hérnia discal. Costumo dizer, mais a sério do que a brincar, que o coelho é o animal de estimação da cadela de estimação.
Mas não pensem que o coelho tem medo da cadela. Muito pelo contrário. Enquanto ela o persegue, aos pulos e de patas prontas a cravarem-se no pelo branco do coelho, este tem tendência a esperar por ela, se achar que ela não está a correr atrás dele suficientemente depressa. Foge dela, mas tão depressa foge como tão depressa se coloca debaixo dela, ou lhe sobe para as costas. Aqui, a relação predador-presa está um bocadinho alterada.