Ei-la de volta. Após muitas horas de angústia, fomos finalmente buscar a Margarida à clínica veterinária. Ainda coxeia, mas já está muito melhor. A hérnia era grave, como comprovei ao analisar os resultados da mielografia, o exame que determinou a cirurgia à cadela. Temos agora por casa uma cadela de pelo meio rapado, com um funil na cabeça e a precisar de fazer fisioterapia. Parece exagero, mas não é.
Os veterinários da clínica fizeram um excelente trabalho, pelo qual foram régiamente pagos, mas, enfim, nas palavras do veterinário especializado em neurologia que operou a Margarida, "não há serviço nacional de saúde para animais". Um trabalho bem feito merece ser bem pago, e nestes momentos o dinheiro é a última das preocupações. O importante é ter a cadela de volta, e em franca recuperação.
É nestes momentos que nos apercebemos o quanto estamos ligados aos nossos animais de estimação. Não sei bem quem é que sofreu mais nestes dias, se nós se a cadela. O coração apertava-se só de a imaginar longe de nós, solitária e submetida a uma intervenção de pesadelo, onde um passo em falso poderia significar a paralisia total. Tratamos melhor deles, do que de nós. O que é, talvez, um sinal de humanismo.
Agora, se me desculparem, vou largar o blog e começar a mimar uma fera em convalescença.