domingo, 26 de março de 2006

Leituras

BBC | Sea rise could be catastrophic Se o corrente ritmo de aquecimento global continuar, o nível das àguas do mar subirá até níveis impensáveis. Dentro de 500 anos, os gelos da Gronelândia poderão não existir e a calota polar vai-se derretendo para dentro de um oceano cada vez mais pervasivo. Um belo futuro este, que deixamos para os nossos descendentes.

BBC | Revolutionary jet engine tested Num pequeno passo para as novas tecnologias aerospaciais, o scramjet Hyshot, desenhado pela Quinetiq, conseguiu efectuar um voo bem sucedido, embora à boleia de um foguetão de pesquisa. Seguir-se-ão voos de Hyshots desenhados pela Jaxa (agência espacial japonesa) e pelo departamento australiano de tecnologia científica de defesa. Demorará anos a desenvolver um motor scramjet viável. O princípio é simples: a ingnição do carburante é feita pela compressão do ar que entra a alta pressão na entrada de ar do motor. Para que isto aconteça, no entanto, são necessários dois factores: que o scramjet já esteja a ser acelarado para além da velocidade do som por outro motor/veículo; e que quer o motor scramjet quer a aeronave sejam construídos com materiais capazes de suportar as altas temperaturas e as tensões estruturais provocadas por acelarações de até sete vezes a velocidade do som.

BBC | Space X rocket fails first flight O acesso ao espaço por parte de outros que não as tradicionais e hiper-burocratizadas agências de exploração espacial é uma condição essencial para o desenvolvimento da humanidade enquanto espécie exploradora do espaço interestelar. Às vezes temos sucessos, como o caso de Burt Rutan com a sua Space Ship One (sem esquecer no entando as décadas de experiência que Rutan tem como engenheiro aeroespacial de vanguarda), outras vezes, nem por isso.

The Times | Hosepipe ban? Here they must pay for using too little water Se em várias zonas da europa, ameaçadas pela seca, se tentam medidas radicais para forçar as pessoas a gastar menos àgua, no Japão, o sucesso dos apelos à pouopança de àgua é tão grande que as companhias de àgua estudam formas de... forçar os consumidores a aumentar o consumo. O porquê desta história está numa daquelas zonas cinzentas onde a economia colide com o ambiente, e as boas intenções transformam-se em danos colaterais. Nos anos 70 e 80, as companhias de àgua japonensas investiram fortemente na construção de barragens como forma de assegurarem um alto consumo de àgua, endividando-se fortemente para esse efeito. Após o acordo de Kyoto, os japoneses responderam massivamente ao apelo para poupar àgua, o que levou a quedas abruptas nos rendimentos de companhias de àgua endividadas que contavam com elevados rendimentos advindos de consumos elevados de àgua. Encostadas à parede pelos bancos, incapazes de parar a maré de construção de barragens, as companhias de àgua vão resolver a questão com uma solução que me parece típicamente portuguesa: vão cobrar taxas extra aos consumidores que mais pouparem àgua. Isto parece fazer sentido?