Who Cooked That Up | Vichyssoise
Ao contrário do que parece, esta receita não é francesa. Foi inventada por um cozinheiro francês um pouco por acaso, em 1917. A base da receita foi uma sopinha francesa, receita da mãe do cozinheiro, à qual este juntou natas. Este créme Vichyssoise nasceu não em Vichy, mas sim nas cozinhas do Ritz-Carlton em Nova Yorque.
Quem a provar, pensa logo que é uma daquelas receitas impossívelmente difíceis que precisam de horas debruçados sobre tachos a temperaturas fixas a cozinhar ingredientes tão exóticos que só se encontram em alguns recônditos locais de difícil acesso. Mas nada disso. A receita pode ser feita com os ingredientes disponíveis em qualquer cozinha, com muito pouco trabalho.
E não há nada como uma receita que dê pouco trabalho e bons resultados, não acham?
Ingredientes
Alho Francês
Cebolas
Batatas
Manteiga
Leite
Caldo de Carne (Knorr serve)
Natas líquidas
Azeite
Sal
Pimenta
Numa panela, deitar um pouco de azeite e uma noz de manteiga. Juntar a cebola, cortada em juliana, e deixar refogar. Juntar também a batata cortada em rodelas finas e o alho francês, com a parte branca cortada em rodelas finas (a rama não é para aqui chamada). Polvilhar com sal e pimenta a gosto. Deixar refogar, mas não deixar que a cebola fique dourada.
Em seguida, juntar leite e o caldo de carne (usei um caldo Knorr - a receita fala no caldo de carne como qualquer coisa que leva a rama do alho francês, mas não percebi do que se tratava). Deixar cozer até que a batata e o alho fiquem tenrinhos. Cuidado, porque o leite ferve fácilmente e misturado com os ingredientes tem potencial para deixar o fogão num estado perfeitamente lastimoso. Finalmente, triturar a cebola, a batata e o alho francês com a varinha mágica.
Antes de servir, juntar as natas. Depois, é só saborear. Garanto um festim para o vosso palato - e se isso não acontecer, enganaram-se em alguma coisa, o que me parece muito difícil. Para terminar, dois conselhos: cuidado com o sal - a manteiga e o caldo knorr também têm sal, convém não exagerar nas pitadas de sal. Quanto ao azeite, diz-me a minha mãe, useira e vezeira de tudo o que tem a ver com tachos e panelas (é cozinheira) que o azeite para cozinhar deve ser aquele que tem maior graduação - 1º ou 1,5º de acidez, pois intensifica o sabor da comida. Claro, só com muita sorte é que encontram azeite com 1,5º, normas da UE oblige.
Bom apetite. Não me responsabilizo por cozinhas destruídas.