sexta-feira, 28 de outubro de 2005
O Dia Parou
As imagens pulp e SciFi dos anos 50 são fascinantes. As capas de pulps como a Astounding ou a Weird Tales brilhavam com as cores vibrantes de mundos impossíveis, mas imaginados. Os fabulosos cartazes dos filmes B prometiam intrigantes visões a que os filmes em si raramente correspondiam.
Nestes tempos contemporâneos do design digital, em que a profunda complexidade dos media transforma a mais inferior produção cinematográfica num épico com um orçamento de milhões, perdeu-se esta inocência e esta confiança no futuro.
Leitores mais atentos destas páginas já se terão apercebido de uma série de posts sobre robots. Estes são para continuar, embora não de uma forma muito organizada - salto tão fácilmente de Gort para Bender, e a Rachel de Blade Runner pode ser acompanhada do C3PO ou de Twiki, a simpática robot de Buck Rogers no Século XXV, a grande série de TV da minha infância.
Numa visita ao Lâmpada Mágica vi a razão que me faz trabalhar nestas páginas - saber que são lidas e saber que são apreciadas. E já que falamos no Lâmpada Mágica, leiam o conto do autor, Jorge Candeias, Sino Que Repica Em Lá Menor. É um autor português de FC que percebe perfeitamente a bizarra banalidade da cultura mediática portuguesa.
Por hoje chega. O dia desvanece-se nas trevas e nas nuvens que reflectem o sol poente. É o tranquilo final de uma longa semana.