sábado, 23 de julho de 2005
Sem assunto.
Hoje não me ocorreu nada. O meu cérebro é um vazio, nada ocorre, nenhuma reacção desperta os neurónios do seu torpor biológico. Nenhum pensamento corre como uma brisa pelos vastos desertos do meu cérebro. Estar sem assunto é sinal de que não pensei em nada, de que não descobri nada, de que nada de novo surgiu nos meus horizontes. Nenhuma ideia nova veio preencher espaços vazios entre os neurónios do meu cérebro. Não aprendi nada de novo, e os dias são passados num estupor de torpor mental, num estado vegetativo sublime. Nada supreende, nada excita. Nem o tédio consegue despertar alguma reacção, por ínfima que seja. Hoje estou sem assunto, e pronto. Não vale a pena tentar arrancar ideias de onde elas não existem. Terreno àrido é o meu cérebro por hoje, terra infertil incapaz sequer de gerar ervas daninhas.