domingo, 19 de junho de 2005
O sol que não brilha
Ó Sol, onde estás?
Pois é, está o país a arder de calor, com incêndios à mistura, e o que é que se passa aqui pela nossa ericeira? Só falta chover... (o que digamos, não é nada má ideia)
É por isto que gosto de cá viver. A terra combina com os meus gostos - está sempre contra a maré!
Ao surfar nos blogues, encontrei esta pérola no Abrupto, citado do Bombyx Mori:
Momento neon-realista
Um jornalista da TVI, no meio da multidão, entrevista um popular (de uma certa idade) no funeral de Álvaro Cunhal:
Então o senhor o que veio cá fazer?
Eu sou um dos esteiros, um dos filhos dos homens que nunca foram meninos…
[bruscamente] O senhor é de Lisboa?
Não, sou de Alhandra.
Onde é que isso fica? [não perguntou, mas pela cara não faltou muito]
Imediatamente me vieram as memórias das ruas de alhandra, da fábrica da Cimpor, da estação de comboios e dos bons e maus momentos que passei a leccionar na escola com o nome de Soeiro Pereira Gomes, aquele que escreveu sobre os esteiros, aos netos dos filhos dos homens que nunca foram meninos...