quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Sandokan: O Pirata da Malásia


Emilio Salgari (2011). Sandokan: O Pirata da Malásia. Lisboa: Babel.

Sandokan é um nome mítico da minha infância, embora já tenha nascido demasiado tarde para ser um espetador da série clássica que encantou a geração que me precedeu. Mas mais do que uma série televisiva clássica, foi uma série de livros de aventura saídos do imaginário de Emilio Salgari. 

As aventuras do Tigre da Malásia e seus irredutíveis piratas de Mompracem é um típico produto de literatura empolgante de outras eras, onde os exotismos da Ásia distante e o lado selvagem das ilhas indonésias cativavam o imaginário. As histórias de aventura, de piratas que eram nobres nos seus combates contra forças da ordem e lei que na verdade eram corruptas, o fascínio desse caldeirão de povos, civilizações, imperialismos e promessa de aventura que era o extremo oriente no século XIX. 

Nesta aventura, Sandokan irá enfrentar um dos seus piores inimigos, o rajá inglês do Sarawak, caçador e exterminador confesso dos piratas malaios. Enfrenta-o, não por vingança ou ódio, mas para ajudar um casal apaixonado. A história tem todos os ingredientes: fuga aos Thugs indianos, ataques navais e abordagens em alto mar, conspirações locais, aparentes derrotas dos heróis e um triunfo final que recompensará os heroísmos. Um excelente exemplo da ficção de aventuras clássica, escrita para estimular as sensibilidades dos jovens do passado.