segunda-feira, 20 de maio de 2019

H-alt: Creepshow


Este é, talvez, o lançamento editorial mais intrigante e inesperado do ano. Quase quarenta anos depois da sua publicação original, Creepshow chega-nos em tradução portuguesa. A questão que fica no ar é um certo porquê. Qual é a lógica desta edição? Aposta na banda desenhada de terror, foco no mercado de nostalgia ou alguém ter achado giro trazer uma obra de culto menor, bem conhecida dos fãs do género, aos leitores portugueses? Tantos anos depois da sua publicação original, ainda será um livro criticamente relevante?

 Primeiro, algum contexto. Creepshow é um filme de homenagem, congeminada por George Romero (esse mesmo, dos zombies) e Stephen King (o outro grande escritor de terror da Nova Inglaterra, apesar da fama popular que ultrapassa a de Lovecraft), aos comics de horror dos anos 50. Bandas desenhadas num estilo feito de histórias macabras com violência explícita, ironia, moralidade dúbia e uma estética grand guignol de cadáveres, assombrações e crimes hediondos que se comprazia no exagero. Um género alimentado por títulos hoje lendários. São especialmente marcantes os da EC Comics, cuja fórmula foi imitada por outros editores. Recensão completa na H-alt: Creepshow.