quinta-feira, 20 de julho de 2017
Astronauta: Assimetria
Danilo Beyruth, Cris Peter (2016). Astronauta: Assimetria. Barueri: Panini.
Um curiosamente interessante aproveitamento de personagens de banda desenhada infantil dos estúdios brasileiros Maurício de Sousa, que têm reinventado o clássico Turma da Mônica para públicos young adult, deixando para trás o estilo cartoon e investindo em argumentos complextos e estilo mais realista. Ou FC pura, como no caso dos livros da série Astronauta, onde Danilo Beyruth pega num personagem secundário da banda desenhada original e lhe dá traços de space opera.
Nesta aventura, o amargurado astronauta, que teve de deixar os seus amores para trás ao juntar-se ao programa espacial, investiga uma anomalia em Júpiter que se revela ser uma fenda no espaço-tempo, aberta por entidades cósmicas. Cruza-se com um seu outro eu de um universo paralelo, onde descobre o que poderia ser a sua vida de aventuras espaciais com o amor da sua vida vida, e nas peripécias do fechar da fenda temporal, acaba por ficar preso num terceiro universo, acompanhado pela filha do seu eu do outro mundo paralelo.
A narrativa é sólida e bem ilustrada, representativa do melhor que a banda desenhada brasileira oferece ao seu público.