quarta-feira, 29 de julho de 2015
Leituras
A Remarkable Armored Train Fought Its Way Across Eurasia: Quando a realidade história ultrapassa a ficção. Um daqueles artigos que deixa a vontade de ir querer saber mais, relatando a odisseia do Zaamurets, um comboio militar que entre a I e a II Guerra dominou as estepes asiáticas com os seus canhões ao serviço do Czar, do Exército Vermelho, de um exército de independentistas checos que combateu ao longo de toda a Rússia até poder chegar a Vladivostok para regressar à pátria, forças japonesas na Manchúria e senhores da guerra no norte da China. Uma odisseia atribulada, e uma história daquelas, a aguçar a curiosidade. Que se não ficar desperta com esta aventura, fica de certeza com a ideia de que este era apenas um de frotas de comboios armados que combatiam nas linhas de caminhos de ferro. Um artigo que se lê como as descrições de Michael Moorcock em The Steel Tsar, com combóios em vez de dirigíveis.
The Original Net Artists: Para quem se interessa sobre arte digital nas suas variadas vertentes, e gosta de conhecer as suas origens, este curto documentário é uma pérola. Redescobre um dos sistemas de interligação digital proto-internet, hoje obsoleto e esquecido, que foi utilizado por comunidades de artistas para experimentar com arte digital.
You’re Using Instagram Wrong: Um artigo curioso, que faz nota que o Instagram é uma rede social atípica, onde não nos interessa seguir as intermináveis banalidades dos nossos amigos, mas sim os deslumbes visuais partilhados por completos estranhos. Há outras redes que gerem muito bem a diversão da banalidade diária. Já o Instagram funciona como, em tempos atrás, o DeviantArt (essa proto-rede social para artistas) funcionou: um espaço de partilha de conteúdo visual, de inspiração para aqueles que não conseguem viver sem ter a lente de uma câmara ou lápis e papel para criar algo. E, também, de inúmeras selfies, más fotos de paisagens e food porn a rodos. É intrigante ler este artigo e perceber que, intuitivamente, a minha gestão do Instagram segue estes moldes. Também raramente sigo amigos da vida real ou digital nesta rede, e prefiro conteúdo que me deslumbra visualmente, que inspira e dá ideias. Para o resto, resta a outra rede social. E há o twitter, que ao fim destes anos todos ainda não percebi para que é que serve.