A edição de Julho/Agosto de 2012 da Interzone conta com os contos:
Steamgoth de Sean McMullen, conto descaradamente steampunk em que o restauro de uma aeronave a vapor modifica literalmente o curso temporal da história do século XIX/XX e transforma a realidade num devaneio estilístico a vapor e latão polido.
Ship's Brother é uma história delicada de Aliette de Bodard passada no seu mundo viet-futurista onde sociedade, tecnologia cibernética e pulsões familiares colidem.
One Day in Time City de David Cleary destaca-se pelo conceito mas não pela execução num conto em que a organização geográfica de uma cidade segue a evolução temporal: quando mais próximo da baixa mais jovem se fica.
Railroad Angel por Gareth Powell reiventa o mito de Neal Cassady, companheiro de Kerouac, sob o signo de uma simulação que tanto pode ser computacional como espiritual. E se chegado o final da vida se pudesse reiniciar o sistema, revivendo de formas diferentes?
Invocation of the Lurker de C.J. Paget é talvez a peça mais fraca desta edição da Interzone, conto difuso e desconexo que, parece, gira à volta de inteligências artificiais incorporadas e malware biológico ou digital. Ou algo assim.
A encerrar a revista temos críticas literárias e cinematográficas ao mesmo tempo bem humoradas e implacáveis.