quarta-feira, 27 de abril de 2011
Days Missing
Days Missing
O conceito de seres imortais que vivem para além do tempo e vigiam a humanidade não é novo. Days Missing envolve-nos nas aventuras de um ser conhecido apenas como Steward, traduzível como acompanhante, que segue o percurso da humanidade numa biblioteca fora do tempo e que não teme envolver-se quando os acontecimentos ameaçam o destino humano. Apesar de omnisciente, este vigia não é todo poderoso. Tudo o que pode fazer é tentar influenciar os acontecimentos envolvendo-se com os protagonistas e, quando falha, dobrar o dia, revertendo o relógio da história por vinte e quatro horas para tentar novamente mudar os destinos. Esta mistura de intervencionismo, omnisciência, bondade e poder limitado torna esta série cativante. Nas cinco primeiras edições, o vigia tenta salvar uma criança imune a um vírus epidémico que dizima a humanidade, impede uma certa criatura de emergir das pesquisa de um médico chamado Frankenstein, trava um atentado no LHC, falha ao tentar impedir Cortez de desembarcar na costa do México e salva a humanidade de uma praga de nanocriaturas conscientes. O sucesso desta primeira série levou a Archaia e a Roddenberry a investir numa nova série, que introduz Kestus, versão feminina e personagem ambivalente que é obrigada a viver a sua imortalidade entre a humanidade e é a única que se apercebe das intervenções do vigia. Ficção científica pura, bem escrita e solidamente ilustrada.