quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Vampirella: A Estranha Alada

 


Ron Goulart (1976). Vampirella: A Estranha Alada. Lisboa: Portugal Press.

Ao vasculhar as estantes atulhadas da Castro e Silva na Almirante Reis, não estava à espera de encontrar uma edição portuguesa de Vampirella. A capa não engana, e tive de o trazer para  experimentar a leitura. Não é, claro, literatura pesada. É romance a metro onde Vampirella se mete em aventuras com os seus companheiros, o ilusionista decadente e amante de whisky Pendragon, e Adam Van Helsing, filho do perseguidor figadal da vampira do planeta Drakulon. 

O que podemos esperar daqui? Puro divertimento na estética nos anos 70. Mete magnatas do cinema que se querem tornar vampiros para atingir a imortalidade e escapulir-se assim de pactos com demónios, um cruzeiro fatal cujo armador o organiza como sacrifício dos passageiros a entidades demoníacas, e um casal amaldiçoado numa ilha deserta. É bizarro, um pouco pateta, e não pretende mais do que entreter. Um tipo de leitura que de vez em quando sabe bem fazer.