Stan Watts: Futurismo abstrato.
Los tráilers de las 10 mejores películas geeks… hasta 2005: Confesso que ao ler "geeks" no título, pensei noutro tipo de filmes, mais ligados ao hacking e cyber e não FC generalista.
Our AI Fears Run Long and Deep: Um olhar para a forma como a Ficção Científica cinematográfica retratou as inteligências artificiais, sempre representadas como ameaças à humanidade. E sim, de facto, "lmost all AI stories from the past half century or so are high-tech retellings of Mary Shelley’s Frankenstein: Irresponsible scientists create something that gets out of control and threatens to destroy us all".
Leituras da Semana (#80 // 01 Set 2025): Confesso, não sigo os hugos assim com tanta atenção para me aperceber destas polémicas. Mas o recorte do João fez-me pensar na importância que devemos dar à pronuncia correta de nomes. Algo que pode ser impossível - tal como o João, estou muito habituado a ouvir o meu nome estraçalhado por pronúncias estrangeiras. Não me chateio com isso, e farto-me de rir com as patacoadas ao meu nome. Os italianos, então, pronunciam de uma forma que me faz sentir um personagem de Fellini (recordação pouco politicamente correta: a imagem mental de uma colega italiana, de porte e proporções sophialorenescas, a assomar em combinação à janela da água-furtada do seu quarto no hotel Turismo da Ericeira e numa melifluez tonitruante desejar-me um "buongiooorno artuuuuuro!!!", e depois desta, como não sentir-me um extra com nome em Amarcord?). Só abro exceção a brasileiros que me respondem a emails como um "Arthur", porque aí ó mermãos, está escrito, é só copiar. Como sei que há quem se chateie com estas coisas, ganhei o hábito de pedir desculpas antecipadas quando me deparo com nomes que não me são naturais como herdeiro do latim. Aviso logo que provavelmente irei pronunciar mal, o que lamento, mas não acontece por mal. Creio que está aí o pormenor-chave do texto, a ideia que sim, tens um nome não-europeu em que a nossa glote se enrola toda, mas isso mão é motivo de riso. Por outro lado, evito a armadilha da atitude oposta, o tentar pronunciar nomes estrangeiros tal qual como se dizem. A língua não colabora e o soneto sai pior que a emenda. Mas, se tentarmos aproximações, coisas giras acontecem. Aprendi isso com a Shreya, uma querida aluna indiana que me aterrou na escola num terceiro período, que nos primeiros meses só se exprimia num inglês melhor do que o de muitos dos meus colegas professores. E, claro, a ter de ouvir o nome dela pronunciado como schria ou siria. Um dia, virei-me para ela e pedi-lhe "teach me how to say your name". Ela sorriu, e mostrou-me como pronunciar corretamente, de uma forma que se parecia com seraya. Não consegui, claro, ser totalmente fiel, dado o meu hindi inexistente, e ela bem me dizia "nice try, teacher" a sorrir. No fundo, era esse o meu objetivo.
Batman #1 Preview: Is It Reboot Time Again Already?: Ainda o último reboot do personagem está em andamento, e já vamos ter uma nova iteração do Batman. Mais um reinício, mais um recontar da velha história com 80 e tal anos.
Under the Skin: Uma estranha num corpo estranho: Rever um filme discreto, marcante e algo maldito. Um filme que… confesso, nunca vi, não por falta de curiosidade mas por perceber que estou a chegar àquela fase de vida em proto-meia idade em que os projetos se sucedem, deixa de haver tempo para coisas simples como ir ao cinema, e quando temos uma abertura percebemos que estamos cansados e sem energia para conduzir (não vivo longe de Lisboa, mas ainda é uma alguma distância) ou enfrentar os estacionamentos na zona da cinemateca. Sim, tenho saudades de ir à Cinemateca, sítio onde há alguns anos atrás ia livremente depois de dias de trabalho. Agora, sinto-me sem tempo e energia para isso (por outro lado os projetos são estimulantes, dou por mim a fazer muita coisa que não imaginava que iria fazer). Se se estão a perguntar, e porque não ver na televisão, em streaming, vou confessar uma profunda heresia: praticamente não vejo televisão (só se estiver com a mente tão cansada que preciso de a desligar) e não tenho nenhum gosto em ver cinema no pequeno ecrã.
An Honest Trailer for Superman (2025): O filme onde Gunn quebra o entediante grimdark da DC ganhou o tratamento irónico… e a maior ironia é que mesmo em tom de piada, mesmo assim o filme mantém o charme da simplicidade. Claro, até o mais empedernido ironista se rende ao Krypto.
Espacio: 1999 –y sus Águilas– cumplen 50 años: A grande série televisiva da minha infância, que revejo com prazer, sorrindo com as suas inconsistências retro, e a mais interessante das naves espaciais da ficção científica.
Here is Lego’s $1,000 Death Star, the most expensive Lego set ever: Ah, the power of the dark side. Sem o exclusivo da patente dos legos, a Lego reinventou-se como criadora de puzzles tridimensionais para adultos, explorando iconografias da cultura pop.
Happy Control Panel Saturday: Do mais perfeito futurismo de 2001.
La historia de los gráficos de ordenador y su animación en una gigantesca retrospectiva; un volumen libre y gratuito: Oh my, que fantástico achado. Suspeito que será uma leitura fascinante para quem se interessa por história da computação.
How Wikipedia survives while the rest of the internet breaks: Conseguir o impossível, uma comunidade fluída mas coesa que vela pela isenção e factualidade.
Adobe Premiere finally launches a mobile app - and it's free: Uma novidade interessante, a disponibilização para plataformas móveis de um dos melhores editores de vídeo.
New AI model turns photos into explorable 3D worlds, with caveats: Uma intrigante adição às ferramentas de IA generativa, na criação de ambientes tridimensionais.
We have let down teens if we ban social media but embrace AI: Certeiro. Preocupamo-nos com o regular dos telemóveis. Mas, e isto é crucial, não com o regular as empresas que lucram com os conteúdos violentos, enviesados e o estimulo da adição dos utilizadores. Estas mesmas empresas investem em força noutra tecnologia com um potencial de perigos e uso danoso ainda mais elevado do que o dos telemóveis e aplicações, e não nos preocupamos com a exposição dos jovens a essas ferramentas.
Do Self-Driving Cars Need Windshield Wipers?: Na verdade, tem lógica. Não é bem uma situação se os androides sonharão com carneiros elétricos. São as adaptações que a tecnologia nos dá.
Facebook is trying to make ‘pokes’ happen again: Há coisas que morreram, e devem permanecer mortas.
Victoria Poyser, 1981: Imaginário dos jogos.
Pensábamos que la ansiedad del domingo por la tarde era un problema de pereza. En realidad, se trata de equilibrio laboral: Aquele deprimente efeito universal de domingo à tarde.
Durante años el Airbus A380 simbolizó el poder europeo frente a Boeing. Hoy sobrevive como un coloso sin reino: Como aeronave, é um feito de engenharia extraordinário, e é um gosto vê-los descolar. Infelizmente, a economia da indústria aeronáutica seguiu outros caminhos.
Not Every Idea Deserves Equal Time: É uma falácia intelectual em que caímos recorrentemente, e com isto, acabamos por dar exposição excessiva a muitas patetices que por aí circulam.
Hace 10 años un F-18 del ejército de EEUU grabó en vídeo un objeto desconcertante. China lo acaba de hacer realidade: Esta é... surpreendente. Um grupo de engenheiros chineses inspirou-se em imagens de objetos voadores não-identificados divulgadas pela USAF e construiu uma aeronave VTOL a partir destes indícios.
Ryanair cierra su base de Santiago y cancela vuelos a cinco ciudades españolas: un millón de plazas menos por las tasas de Aena: Lembram-se daqueles tempos em que esta aerolinha era a querida dos comentadores económicos, mostrada como um exemplo do que se deve fazer, face à (diziam eles) obsolescência das companhias aéreas tradicionais? Entre estas práticas comerciais abusivas e o inferno que é voar naqueles lugar exíguos onde tudo se paga, a Ryanair é um daqueles exemplos puros de merdificação assumida, tratando as pessoas como gado, e as instituições governamentais como tetas leiteiras. E, cá entre nós que ninguém nos ouve, não vos parece que aqueles que mais defendem esta empresa dificilmente seriam apanhados a voar nela?
america against china against américa: Há imenso que refletir neste ensaio sobre uma visita à China, cujo crescimento está imparável e se tornou um ícone de modernidade. Mais que não seja porque parece uma impossibilidade - os regimes autocráticos, normalmente, não trazem prosperidade aos seus cidadãos, excetuando aos oligarcas dos sistema. O regime chinês faz o oposto, diria mesmo que o contrato social que mantém o poder é baseado nisto: o governo investe, gere, faz crescer, e os cidadãos deixam de ter razões para pensar em mudanças de regime. Claro, o cacete autoritário não anda longe, mas com acesso a prosperidade, a uma economia pujante, tecnologias de ponta, urbanização moderna e vias de comunicação, paira mais como aviso do que é realmente exercido: "High-speed rail and clean public restrooms and well-maintained parks all contributed to a sense of ease. In the US, blue state residents pay high taxes without really feeling what the government provides. In China, these daily niceties can’t be ignored. Without other basic freedoms, safety and convenience form the pillars of state legitimacy". A visão que a autora tem sobre as democracias, falando da americana onde vive mas numa observação que arrepia por assentar como uma luva na nossa realidade, é demolidora (sublinhe-se que o texto não é de propaganda ao PC chinês): "It’s untenable to have such low expectations for our leaders, and young Americans are increasingly blackpilled on their rights—what good is free speech if the government doesn’t respond to citizen concerns? What good is an open internet if it’s spreading misinformation? What good are civil liberties when they seem to trade off with public safety? What good is tolerance if there’s only so much empathy to go around? In my essay on Taiwan, I called this pattern a “democracy doom loop”". Soa familiar, àquela sensação que temos que os nossos políticos eleitos se mostram vagamente interessados no bem estar social, exceto quando em altura de eleições, mas na verdade vemos a nossa infraestrutura a degradar-se ou não evoluir, os direitos sociais e laborais sob ataque, o enriquecimento de elites financeiras em detrimento de toda a sociedade, e as multidões que, sentido isto, se deixam seduzir pelos grunhos de sereia da extrema direita? Para melhor ou pior, a autocracia chinesa percebeu (tal como as autocracias vietnamita e singaporenha) que a receita para se manter no poder sem violência constante passa pela qualidade de vida das pessoas. Mostram resultados (e cacetes), e no ocidente liberal, ouvimos discursos mas não vemos resultados. Isto, é perigoso, muito perigoso, especialmente se nos lembrarmos que para a esmagadora maioria das pessoas, a liberdade é secundária, pão e circo são os elementos primordiais.
A Shocking Number of Kids Don’t Play Outside: A síndrome da criança que sai de casa com os pais, entra no carro para ser deixada na escola, regressa de carro para ir às atividades e no final de um longo dia chega a casa é uma pandemia.
Nos países do Sahel, os jihadistas põem as juntas militares em xeque: Um olhar para a zona sul do norte de África, terra de regimes de homens fortes, forças fracas, guerra e intromissão russa.