Manuel Amaral (2024). Olivença, 1801 - Portugal em Guerra do Guadiana ao Paraguai. Carnaxide: Tribuna da História.
Tendo ficado conhecida como guerra das laranjas, o conflito ibérico de 1801 foi uma daquelas guerras sem grande sentido, travada por uma certa inevitabilidade de alianças e sem que o invasor espanhol tivesse grande moral combatente. As forças portuguesas fizaram o que puderam, mas também não foram um primor de sucesso na defesa ou na ofensiva. A guerra saldou-se por um tratado de paz indesejado, mas que permitiu colocar um ponto final na contenda, e saldou-se pela perda da na altura inútil praça de Olivença, ainda hoje ponto de discórdia nacionalista.
Mas, noutros palcos, o conflito foi mais violento. Nos mares há a registar a participação da Armada em apoio às frotas britânicas, a defesa dos comboios navais que mantinham o comércio atlântico, e alguns recontros onde os nossos navios tiveram de se bater contra forças superiores. Onde o conflito foi mais útil, para o lado português, foi na zona sul do Brasil, onde uma combinação de forças regulares e irregulares se aproveitou do estado de guerra para expulsar os espanhóis de zonas que formam hoje os territórios brasileiros mais a sul.
Esta história militar detalha os vários momentos deste conlfito, nos vários teatros. O destaque vai para a zona principal da ação, o alto alentejo, onde se travaram as batalhas mais acesas.