domingo, 2 de fevereiro de 2025

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lookcaitlin
: Cyber-retropunk.

The Living History and Surprising Diversity of Computer-Generated Text: O texto generativo por algoritmos tem uma história e práticas que antecedem muito os agora conhecidos chatbots de interface com LLM.

Recalling Total Recall: Um daqueles filmes que, se o revermos com olhos de ver, percebemos que não é só uma história pateta que adapta de forma algo bizarra o romance clássico de PK Dick.

The Brothers Grimm Were Dark for a Reason: Um perfil dos filólogos que se tornaram o símbolo da recuperação e recriação dos mitos e contos tradicionais (e uma inesgotável fonte de lucro para as empresas da área do entretenimento).

Bad writing becomes an art form in annual contest for world's worst prose: Nos dias de hoje, a incapacidade literária humana rivaliza com as produções de excelência dos chatbots. Este artigo fez-me recordar as deliciosas partilhas da Thog's Masterclass, a mais divertida rubrica do Ansible de David Langford. Esta, recolhe exemplos de martelagem literária extrema vindos da ficçao cietífica e fantasia.

Bang! 36: Nota para a publicação da mais recente Bang!, que por sinal, não tenbo conseguido encontrar nas FNACs.

The Funniest Historical Novels, recommended by Toby Clements: O humor não tem necessariamente de ser direto. 

The Best Hard Science Fiction Books: O interessante é ver quais são os livros que fascinam um dos maiores praticantes contemporâneos da HardSF.

Our favorite books we read in 2024: É sempre bom perscrutar estas listas, em busca de sugestões de leitura e descobertas bibliófilas.

The Verge’s favorite books from 2024: Sugestões nunca são demais, e há aqui alguns livros que despertam a curiosidade.

Paperback cover illustration from the 70’s with creatures (Martians): Bizarrias alienígenas.

The 8 worst technology failures of 2024: O ano que passou foi fértil em acidentes, mas diria que o fail Crowdstrike ganha a palma de ouro.

He usado ChatGPT Search como buscador por defecto gracias a la extensión de Chrome. Y creo que Google tiene un problemón: É deprimente ler isto. Sabemos dos riscos das alucinações e má interpretação de informação trazidos pelos LLMs, mas só se vê o incentivo ao seu uso como motor de pesquisa e oráculo respondedor de questões. Por muito que vejamos que isso está errado, a generalidade dos utilizadores prefere a indigência mental de confiar cegamente em respostas de chatbots.

The Technology That Actually Runs Our World: Uma excelente definição do mal estar social que andamos a sentir, e que expressamos superficialmente nos discursos sobre os malefícios dos telemóveis ou os juízos morais sobre a forma como usamos tecnologias. Mas o problema real é mais profundo, estrutural, emraizado numa economia de capitalismo predatório que nos deixa sentimentos de impotência: "it suggests that the source of our neuroses can be found in the soft glow of a smartphone screen rather than the superstructures of power and influence that surround us. What drives many of us mad is the inability to change those power dynamics that are so plain to see". Não, a culpa não é dos telemóveis ou das pessoas viciadas em redes sociais. É daqueles que lucram de forma obscena com o agudizar das desigualdades e o empobrecimento generalizado da sociedade, cultura e humanismo.

Is your air fryer spying on you? It’s time to stop buying unnecessary ‘smart’ devices: Certeiro: "Our privacy was sold off to the highest bidder a very long time ago. Every move we make, every step we take, every potato we air fry, someone is watching us."

An Autistic Teenager Fell Hard for a Chatbot: Podemos ler este relato de forma alarmista, mas não é esse o caminho. Desenganem-se se este fascínio e transferência de sentimentos para meros chatbots é algo que só afeta pessoas com capacidades intelectuais diminuídas. E isto não é uma consequência inesperada desta tecnologia. Jà há muito que se conhece este efeito (o artigo cita Turkle, mas podemos ir mais atrás, a Weizenbaum e o efeito Eliza), e quem desenvolve estes produtos sabe disso.

Ryanair enfrenta queixa por exigir rosto para marcação de voos: Vamos ver como corre este braço de ferro entre a Ryanair e a legislação europeia. E isto tem de ser feito, as empresas não podem continuar a violar sistematicamente os nossos direitos fundamentais em nome do lucro.

A new, uncensored AI video model may spark a new AI hobbyist movement: Registo esta como um sinal da crescente importância dos modelos chineses no panorama da IA generativa.

Arizona School’s Curriculum Will Be Taught by AI, No Teachers: O que é que vai correr mal aqui? Em termos económicos, será um sucesso, uma escola que gasta pouco dinheiro em profissionais. Do ponto de vista pedagógico é um desastre, é um afundar de instrucionismo baseado em conteúdos enlatados, um foco na aprendizagem por consumo de conteúdos e exercícios acéfalos. 

This is where the data to build AI comes from: Ou melhor, é um artigo que nos diz quão difícil é perceber a origem dos dados de treino dos modelos, devido à opacidade das empresas que os desenvolvem.

The quickly disappearing web: Recordar um problema já antigo, o linkrot. Nada é verdadeiramente permanente na web, com o passar dos anos os links desligam-se, os conteúdos são eliminados, os servidores desligados.

9 Suggestions For Your AI Reading List: Livros para ajudar a compreender os impactos da IA na educação.

Pluralistic: Proud to be a blockhead (21 Dec 2024): Doctorow, como sempre, em cheio: "workers who care about their jobs are at a huge disadvantage in labor markets. Teachers, librarians, nurses, and yes, artists, are all motivated by a sense of mission that often trumps their own self-interest and well-being and their bosses know it (...) late-stage capitalist alienation has gotten so grotesque that some people will actually sneer at the idea that, say, teachers should be well compensated: "Why should you get a living wage – isn't the satisfaction of helping children payment enough?"" Um texto que começa sobre métricas,  toca na necessidade de expressão criativa, mete os abusos do capitalismo sem escrúpulos, e recorda a necessidade da união entre criadores (ou seja, trabalhadores).


John Berkey: Space opera.

The Heist of St. Nick: Eu sei, o natal já passou. Mas esta história sobre as relíquias do santo que se tornou a imagem do natal é deliciosa. Mete rapto de cadáveres, tumbas cheias de azeite para ensopar nos restos mortais e vender como elixir curativo (sim, o meu estômago está em revulsão), e a rivalidade entre cidades italianas.

Estos dos astronautas viajaron al espacio para 10 días, pero cuando vuelvan será otro año y tendrán otro gobierno (por ahora): E continua a saga dos astronautas retidos na ISS. Pelos vistos, estão em risco de se tornar habitantes permanentes.

Abriu a nova livraria Castro e Silva na Almirante Reis e o bairro ficou mais bonito: Ai, a minha carteira.

Why Can’t Robots Stay Robots?: O nosso hábito de antropomorfizar mecanismos.

How The Digital Age Is Reimagining Visual Culture: A ligação entre os movimentos de abstracionismo ou Op Art com a arte generativa computacional.

De Belarmino a Severa, o Martim Moniz é uma praça de misturas e inspirações: O Martim Moniz, agora notório graças a um governo de direita que anda a engraxar os sapatos ao gado neofascista chegano, sempre foi uma zona amaldiçoada de Lisboa. Uma espécie de espinho espetado na cidade, zona de indesejáveis e constante alvo de intervenções arquitetônicas que conseguem piorar o espaço: "Com fenícios e gregos que já eram lenda, mais 500 anos de Roma, mais 300 de suevos e godos e 400 anos de muçulmanos, e depois com os oito séculos de Portugal, ia Lisboa aí, quando ela descobriu, recorro de novo ao grande poeta brasileiro, que “no meio do caminho tinha uma pedra”. Tinha uma pedra: o Martim Moniz asfixiava a Baixa, impedia a capital da capital chegar ao eixo natural da Almirante Reis. Ou, pelo menos, era o que se dizia dele, que entupia." É talvez uma das raras zonas onde se sente uma verdadeira Lisboa, multicultural, vibrante e natural. Não é a Lisboa-beta e afluente das Avenidas Novas, Lapa ou S. Bento. Nem a cidade-parque temático do fake very tipical do Rossio, Alfama ou Chiado. Não admira que seja zona maldita, cai mal aos olhos de quem gosta de uma cidade paõzinho sem sal, para consumo de turistas e vida tranquila dos poucos portugueses afortunados que conseguem ter dinheiro para lá viver. O texto é fabuloso, erudito, uma viagem pela história de um local, mas também pelas suas gentes e culturas.

Un simulador secreto de la Guerra Fría llevó a EEUU y Rusia a una guerra nuclear. Desde entonces saben cuál es la línea roja: E essa linha é tão simples de ultrapassar, que arrepia. 

What if Russia wins?: Não é uma perspetiva animadora. A guerra desgasta, e apesar das sanções, a Rússia é um país com recursos e uma população que não se atreve a manifestar-se. A Ucrânia necessita de todo o nosso apoio, porque a alternativa, é muito pior do que o que se está a passar hoje.

The Hysterical Crypto Bubble Somehow Became Respectable: No fim do dia, após os discursos sobre liberdade e tecnologias revolucionárias, o que interessa a esta malta é ganhar mais uns trocos, com o menor esforço.