Aventuras numa Nova Iorque semi-submersa pelo aquecimento global. As personagens passam um pouco ao lado, não conseguimos estabelecer empatia com elas, o livro fica-se pelas paisagens urbanas arruinadas no oceano.
Alex Ronald (2013). Vampire Vixens of the Wehrmacht – If You Want Blood. Bump and Grind.
Visualmente, muito bem conseguido. Em termos narrativos, é um assumido pastiche de referências exploitation dos comics e do cinema de série B. A história é pateta, uma unidade especial britânica, liderada por um padre exorcista, que graças a uma ajudinha do célebre Crowley captura uma vampira ao serviço das unidades ocultas do exército alemão. O encantamento que captura também a obriga a servir sob as ordens britânicas, sendo usada numa operação secreta que, com extremo prejuízo, aniquila um coven de bruxas e bruxos nazis. Definitivamente, isto não é literatura profunda, é apenas uma brincadeira gráfica com as estéticas exploitation.
Livio Ramondelli (2020). The Kill Lock. IDW.
Quatro robots têm o seu destino interligado. Em comum, o serem alvo de um castigo exemplar - quando um robot comete um crime ou apresenta defeitos, é marcado, e o seu destino unido ao de mais três. Se um for destruído, os restantes também o serão. Quatro robots que procuram uma cura para o seu castigo, e que, num delicioso volte-face final, afinal se percebe que um engendrou a situação. Um futurismo assustador, numa galáxia onde toda a vida é robótica, e um estilo gráfico pesado, muito pictórico e bem estruturado.