(2021). Hergé. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian/Museu Hergé.
A exposição dedicada a Hergé na Gulbenkian foi uma excelente surpresa, apresentando um panorama da obra do criador de Tintin, mas também pintor, colecionador de arte, designer e pintor publicitário, e criador de outras personagens da BD franco-belga para lá daquela cujos álbuns lhe granjearam fama mundial. Editado em coedição com o Museu Hergé, este catálogo resume bem a retrospetiva dedicada ao autor, com pequenos textos que complementam as várias fases do trabalho retratadas na exposição.
João Bóleo, et al (2021). Hergé em Portugal. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian/Museu Hergé.
É a mais interessante oferta da exposição Hergé: um pequeno livro, dedicado às relações do autor belga com Portugal. Que vão muito mais longe do que a personagem de Oliveira da Figueira. Tintin veio para Portugal muito cedo, pelas mãos de um padre progressista envolvido na criação da Rádio Renascença, e é mantido ao longo dos anos em diversas revistas infanto-juvenis. É curioso descobrir que a primeira vez que as aventuras de Tintin foram coloridas, foi na edição portuguesa, ainda antes de Hergé o ter feito. Um pormenor curioso: durante a ocupação nazi da Bélgica na II Guerra, Hergé recebeu os seus direitos de autor portugueses em géneros alimentícios, entre cacau, café e sardinhas em conserva.