Grant D. Taylor (2014). When the Machine Made Art: The Troubled History of Computer Art. Londres: Bloomsbury Academic.
Uma história da arte computacional, que é em si uma história da incapacidade de aceitação de uma vertente de expressão artística pela critica e academia. Desde o final dos anos 50 que há artistas que se dedicam a explora o potencial artístico da frieza da computação, desenvolvendo algoritmos, máquinas de desenho e experiências estéticas que se focam no cerne matemático da computação. Mas, apesar de um breve lampejo de visibilidade com a lendária exposição Cybernetic Serendipity, nunca saíram de uma espécie de ghetto artístico.
Em parte, porque o establishment artistico dos anos 70 e 80 os rejeitou (por ironia, a computer art é tão abstrata e cerebral como os movimentos minimalistas que caracterizaram esses tempos), mas também porque a sua abordagem artística, iterativa, algorítmica, focada na combinação de programação, hardware e matemática, era vista como uma prática demasiado investigativa. Entretanto, com a democratização da computação deu-se a explosão das artes digitais, um umbrella term que captura um pouco de tudo, do 3D ao digital painting ou net art. E, mesmo assim, a computer art continuou um nicho algo obscuro, hoje visto como a génese da arte generativa.
Este retrato de uma vertente artística cerebral e condenada vale pelo percurso histórico que nos mostra, falando-nos dos seus principais praticantes, enquadrando-os nas práticas artísticas contemporâneas.