Max Hastings (2020). A Guerra Secreta (vol. 3). Lisboa: Sábado.
Parte da longa história de Hastings sobre as operações secretas na II Guerra. Fala da incipiência do OSS, futura CIA, uma história de pormenores mirabolantes e personalidades excêntricas. Da inépcia das operações alemãs de infiltração na Irlanda, mas também do sucesso muito baixo das operações especiais britânicas e americanas. O livro quase parece uma história de inépcias - é particularmente hilariante saber que uma das maiores fontes de informação foi o descuidado embaixador japonês em Berlim, até chegar à história das cifras, códigos e esforços de criptografia, onde detalha a capacidade técnica britânica e americana de decifrar as comunicações inimigas, embora nem aí seja uma história de sucesso. O trabalho era complexo, nem todas as comunicações eram decifradas, e os comandantes no tereno tinham um forte desdém pelas informações secretas, com resultados muitas vezes desastrosos. Uma contribuição para se conhecer melhor um lado da II Guerra que, geralmente, é tratado como um grande sucesso, mas como Hastings demonstra, a história real tem mais nuances.
