quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Comics: X-Men by Roy Thomas & Neal Adams Gallery Edition; L'Envol; Shangri-la.


Roy Thomas, Neal Adams (2019). X-Men by Roy Thomas & Neal Adams Gallery Edition. Nova Iorque: Marvel Comics.

Em destaque, a elegância e dinamismo do traço de Neal Adams, que é o grande foco desta edição. Um dinamismo que se traduz não só no desenho em si, como na composição gráfica das vinhetas, que são usadas com mestria como mais um elemento narrativo. Ação old school nos argumentos de Roy Thomas, mas é o grafismo explosivo que lhe confere carácter duradouro.


Jean-Charles Kraehn (2016). L'Envol. Paris: Dargaud.

Na África Ocidental alemã dos tempos da I Guerra, o jovem filho de um pastor luterano e médico de moralidade muito restrita vive a sua primeira grande aventura. Aprende a voar, apaixona-se por uma mulher casada, e contrariando em tudo os ditames do pai, rouba o avião do pai para ajudar uma coluna de tropas alemãs a atacar um depósito de materiais inglês. É a história de origem de um aviador aventureiro, queimado pela vida (o seu nome é um trocadilho com o clássico francês Tanguy e Laverdure). O livro distingue-se essencialmente pelas belas vinhetas da savana africana sobrevoada por um biplano Albatros.


Mathieu Bablet (2016). Shangri-la. Ankama.

Estamos no passado, e um viajante isolado assiste a uma explosão de uma supernova. Estamos no futuro, e a humanidade abandonou a Terra, demasiado poluída para sustentar vida. Vive-se em estações espaciais e, essencialmente, consome-se para manter um sistema industrial vivo. Entretanto, há projetos para terraformar Titã, e alguns cientistas afadigam-se a criar uma nova humanidade. Para o fazer, começam a trabalhar com anti-matéria, o que leva a um acidente terminal que acabará de vez com a Terra. Mas uma nova humanidade irá nascer em Titã. Shangri-la joga com a ideia de paraísos futuristas, entre distopias e utopias fabricadas. Bablet tem um estilo convincente, que nos leva a um eterno subúrbio orbital.