Alex de Campi, Devaki Neogi, Lee Loughridge, Jack Morelli (2019). Josie and the Pussycats in Space. Archie Comics/Comixology
Alex de Campi aproveita para pegar num dos títulos mais camp da Archie Comics para brincar com as iconografias da FC e do horror. Josie and the Pussycats é puro bubblegum pop, mesmo para a estética Archie, talvez a única sobrevivente do género teenage comics dos anos 40 a0s 60. de Campi leva-as para o futuro, onde terão de enfrentar uma criatura alienígena assassina que se oculta na nave que as transporta entre concertos. Uma aventura com buracos negros, distorções espaciais, referências pop e vénias tão óbvias a Alien que são virtuais setas a apontar para o que inspirou de Campi. Se a história é divertida, o nível gráfico não a acompanha, o trabalho de ilustração é demasiado elementar, nem sequer se enquadra na iconografia retro da Archie.
Scott Peteresen, Kelley Jones (2019). Batman: Kings of Fear. Nova Iorque: DC Comics.
Em luta contra Scarecrow, Batman é afetado por uma versão especialmente potente do soro do medo criado pelo supervilão, que aproveita a oportunidade para dissecar a mente do homem-morcego em busca do seu pior medo. Que, por ironia, é ele próprio, a ideia que a existência do Cavaleiro das Trevas seja o que provoca o crime, o surgimento de violentos vilões, e a decadência da cidade de Gotham. A história em si segue o caminho previsível. O que torna este livro interessante é o sempre grotesco estilo de Kelley Jones, a assentar como uma luva numa história de assombrações mentais, de medos e dilemas interiores colocados a nu.
